PAX

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Baldes d’água
Costas tortas
O arado da inanição
Passou por nossos estômagos
E plantou fome.
Vasilhas na cabeça
Esperando Deus chorar
Quando virá a próxima chuva?
“Eu nunca vi chover.”
A guerra desabou no teto da minha casa
Todos os cômodos do meu lar
Fundiram-se numa piscina rasa
Cheia de ondas de destruição.
Nosso desejo é voraz:
Sangue pintando a poeira
Qual o caminho da paz
A paz é cidadã estrangeira.

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