O sono da meia tarde
deprimente,
Eu acordo e acredito
um novo dia,
Mas eis que a noite surge
da calmaria,
Fria, artificial, doente.O que eu vejo, o que eu faço, o que eu sei,
me aflige,
Olho-me no espelho
e o reflexo finge,
Sentir uma alegria
que eu jamais terei.Minhas certezas se conjugam
no passado,
Sou um vencedor completamente
derrotado,
A cada dia fico e parto
pra mais perto,
Mais perto de meu fim
sou um deserto,
Estou dentro de mim
aprisionado.
