FALSO

106 14 7
                                    

De tanto me plagiar
me copiei,
De tanto que fingi
me enganei,
De tanto interpretar
acreditei,
E tudo que vivi
eu inventei.

Estive a furtar
felicidade,
A solidão é o preço
de ser livre,
Por todo o lugar
aonde estive,
Eu tive então saudade
de mudar.

Mas sempre há o peso
de mim mesmo,
Queria o passado
apagar,
Eu vi o meu futuro
estive à esmo,
Me dói o fardo de
ter que lembrar.

Eu me conheço sei,
mas quem sou eu?
Quem eu amei,
por quem é que eu ardi?
Enxergo um existir,
será que é meu?
Há tanto me deixei,
que me esqueci.

SILÊNCIOSOnde histórias criam vida. Descubra agora