27. Isso não importa

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Liv estava empurrando há quase 20 minutos quando ela caiu no choro e começou a gritar:

- Eu não aguento mais! Me leva para a cesariana!

Beijei sua testa suada e a olhei nos olhos. Aquela mulher era incrível, ela tinha aguentado a gravidez por nove meses e estava dando tudo de si para trazer uma nova vida ao mundo.

- Olivia, agora não podemos fazer cesárea. Só mais um pouquinho e você verá que tudo isso valerá a pena.

Liv olhou para a médica e depois olhou para mim, beijei sua mão e então disse para ela:

- Esperamos por isso tanto tempo, vencemos tantas barreiras, agora falta só mais um pouquinho para conhecermos nossa filha.

Então ela assentiu para a médica e então a doutora começou a recontar:

- Dez, nove, oito, sete, seis, cinco, quatro, três, dois, um e descansa!

Liv respirou fundo e então voltou a empurrar depois de uns segundos:

- Dez, nove, oito, sete, seis, cinco, quatro, três, dois...

Então ouvi um choro, vi a cara de alívio de Liv e olhei minha filha nos braços da médica. Me emocionei, beijei Liv e então ficamos observando nossa filha.

A médica me chamou para cortar o cordão umbilical e me explicou como fazer isso, cortei o cortão e voltei para perto de Liv enquanto os pediatras cuidavam da nossa menininha.

Ela era incrivelmente pequena, então o pediatra enrolou a nossa garotinha, colocou um gorrinho nela e me chamou para pegá-la no colo.

Quando a segurei a sensação que tive foi inexplicável, nunca tinha sentido nada igual. Era como se eu pudesse encarar tudo pelo bem da minha filha. Então fui até Liv e a entreguei para a mãe que a segurou tomando o maior cuidado.

- Oi minha filha - falou Liv - Você nem imagina o quanto esperamos por você.

Fiquei apreciando aquela cena, Liv olhava com tanto carinho para a nossa filha que eu me emocionei novamente.

Era uma avalanche de emoções tomando conta de mim. Depois de um tempo a médica disse que a levaria para fazer todos os exames:

- Vamos tirar sangue da sua filha, se quiser podemos fazer o exame de DNA.

Olhei para Liv, ela olhou para mim e então eu disse:

- Não importa quem é o pai biológico, ela é minha filha e pronto!

Para mim não importava se ela era minha ou de outro cara, essa menininha mal tinha entrado na minha vida e já tinha mudado tudo dentro de mim.

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Responsabilidade indesejada - Livro 05 (Série Família Cavallero) [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora