14. O que seus pais acham disso?

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Mal podia acreditar que a conversa da noite anterior tinha sido verdadeira, só me toquei que não tinha sido um pesadelo quando acordei pela manhã e encontrei Liv na mesa tomando café com os meus pais.

Cumprimentei todos e peguei uma xícara enorme de café expresso, ainda estava tentando raciocinar quando minha mãe disse:

- Eu estava conversando com a Liv sobre os seus planos de retomar os estudos.

Assenti.

- Eu iria morar em São Paulo para que você possa ficar perto da nossa filha.
- O que seus pais pensam sobre isso? - perguntou meu pai.

Ela nunca falou sobre os pais dela, ou sobre qualquer membro da família, então fico curioso.

- Meus pais morreram quando eu tinha 16 anos em um acidente de carro e desde então eu vivo com o meu irmão mais velho, ele cursa medicina veterinária na capital e vive com a noiva dele, Isadora, em um apartamento, então ele até que gostaria disso...

Ela era órfã, isso explicava muita coisa! Depois disso comecei ver a Liv com outros olhos e decidi que não custava nada tirar um tempo para tentar conhecê-la melhor.

Foi isso o que fiz, pedi para ela para passar os próximos dias da semana na casa dela e, por incrível que pareça ela aceitou de bom grado.

Eu já conhecia aquela casa como a palma da minha mão, era um pouco menor do que a minha casa, mas contava com três quartos, sala duplo ambiente, copa cozinha, lavanderia, dois banheiros, uma suíte, uma piscina enorme, salão de festas, sala de jogos e estava sendo construído um playground que faria qualquer criança se sentir sortuda.

- Sinta-se a vontade, mi casa es su casa - disse Liv.
- Obrigado.
- Os três quartos estão vazios...

Eu sabia que não daria para dormirmos juntos na suíte depois de tanto tempo, então escolhi um quarto que era todo branco. Desfiz minhas malas e desci para pegar alguma coisa para comer.

Quando entrei na cozinha vi uma senhora com a cabeça toda branca cozinhando, quando me viu ela perguntou:

- Senhor Daniel, não é mesmo?
- Pode me chamar só de Daniel

Antes que pudéssemos falar mais alguma coisa Liv surgiu atrás de mim e disse:

- Essa é Karen Torres, minha empregada. Ela trabalha para a nossa família desde que eu me dou por gente.

Assenti. O almoço estava uma delícia, ela fez tacos de forno e eu até repeti o prato, mas não cheguei nem perto de Liv que comeu cinco tacos!

Depois do almoço fomos para a sala e Liv pediu para conversar comigo. Sempre que alguém te pede isso, o assunto nunca será agradável:

- Eu queria falar com você sobre a Ana Luisa Assunção e sobre a ruiva misteriosa que ia saindo sorrateiramente da sua casa.

Como disse, o assunto nunca é agradável...

Como disse, o assunto nunca é agradável

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Responsabilidade indesejada - Livro 05 (Série Família Cavallero) [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora