13. Respeite a mãe do seu filho!

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Sentei no sofá de couro preto, meu pai estava na poltrona e minha mãe, bem, ela estava praticamente bufando na minha frente.

Eles esperaram todos irem embora e meu pai me disse depois do jantar que eu não me atrevesse a ir dormir antes da última pessoa sair daquela casa:

- Daniel, você tem noção da saia justa em que nos pôs hoje?

Fui pedir desculpas, mas antes que qualquer sim saísse dos meus lábios minha mãe levantou o dedo.

- Nós não gostamos de ver que você traz suas parceiras sexuais para cá, mas aturamos, afinal você é um homem adulto, agora a história é totalmente diferente quando toda a família está reunida - a voz da minha mãe parecia mais estridente que o normal - seus sobrinhos pequenos foram ouvir atrás da sua porta e vieram nos fazer perguntas do que você e a sua "amiga" - ela fez aspas no ar - estavam brincando.
- Fora que a Olivia veio pra cá jantar já que ontem não deu tempo de conversarmos com ela e ela viu a menina saindo do seu quarto com os cabelos molhados e ela ficou muito triste, não conseguiu disfarçar - falou meu pai.
- E a Ana Luisa? Não pensou que a sua sobrinha poderia trazê-la aqui novamente? - perguntou minha mãe - Você não raciocina Daniel Cavallero? Qual é o seu problema?

Eu até queria tentar me explicar, mas naquele momento o melhor seria apenas ouvir o sermão de boca fechada.

- Por mais que você e a Olivia não estejam mais juntos você deveria respeitá-la, afinal ela é a mãe da sua filha... Grávidas não podem passar nervoso, quer que nós relembremos o que aconteceu com a Nanda quando ela estava grávida do Felipe? - disse meu pai.
- Acho incrível que você tem 20 anos e age de forma mais infantil do que quando tinha 15.

Meus pais se entreolharam, dali não viria coisa boa. Então meu pai ficou em pé, veio até a minha frente e disse:

- A vida não é só curtição, meu filho, em breve você será pai e nós não vamos deixar que você descarte a mãe da sua filha como uma lata de refrigerante. Mesmo que não queiram namorar e casar, vocês precisam ser amigos...
- Sim, e também, as suas irmãs já estavam encaminhadas quando engravidaram, a Nanda já tinha iniciado o curso de direito e a Ali tinha se formado em jornalismo, então chegou a hora de parar de viver para o vôlei e cursar alguma coisa que lhe dê meios de sustentar a você e a essa criança - completou minha mãe.

Não podia ser! Era loucura! Vôlei era a minha paixão e eu queria me dedicar integralmente a isso!

- Nós continuaremos lhe dando todo o suporte financeiro até concluir a faculdade e arrumar um emprego, também daremos a pensão da criança até que conclua o Ensino Superior, mas deverá entrar na faculdade mês que vem e comece a encarar o vôlei como um hobbie e não como uma profissão - pediu meu pai.
- Até porque carreira de esportista é curta, meu filho - disse minha mãe - Você precisa de um plano B e por mais que não acredite agora, um dia ainda vai nos agradecer.

Saí da sala em silêncio e fui para o meu quarto sem acreditar no sermão, meus pais queriam que eu abandonasse a minha paixão para trabalhar numa coisa que eu não amo? A vida pode piorar?

Saí da sala em silêncio e fui para o meu quarto sem acreditar no sermão, meus pais queriam que eu abandonasse a minha paixão para trabalhar numa coisa que eu não amo? A vida pode piorar?

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Responsabilidade indesejada - Livro 05 (Série Família Cavallero) [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora