Trust Fund Baby

A Nova Vizinha

*As frases em itálico estão no idioma português*

P.O.V Clara

- Ao chegar da escola, estávamos famintas e cheias de preguiça para fazer algo para comermos, então fizemos um pedido num aplicativo. Após a nossa comida chegar, nos colocarmos na frente da TV confortavelmente e começarmos a matar a nossa fome, ouvimos algumas batidas em nossa porta.

Victoria: Atende aí.

Eu: Tá.- fui até a porta e na hora que eu a abri, tomei um susto.- Você de novo?

Xxx: Oi.

Eu: O quê que você tá fazendo aqui?

Xxx: Então, a gente agora é vizinha.

Eu: An?

Xxx: Eu vou morar no apartamento da frente.- COMO ASSIM? COMO ASSIM?

Eu: Mas...- Victoria me interrompeu.

Victoria: Oi, Julie. Boa noite. Tudo bem?- fiz uma cara de "an?" e como sempre fui ignorada.

Julie: Olá. Como eu disse para a Clara, meus pais encontraram um apartamento muito bom aqui e nós vamos morar nele.

Victoria: Que legal.- Não sei como essa menina ainda não percebeu que nós não gostamos dela.

Eu: Vai me dizer que vai estudar na mesma escola, também?

Julie: Na mesma que o Zach.

Eu: P.q.p. Vida amargurada.

Victoria: Nossa. A gente também estuda lá.

Eu: Olha que destino.

Julie: Que legal. A gente vai lanchar juntas todos os dias.

Eu: A gente gosta de ler no recreio. Sem ninguém atrapalhando.

Victoria: É. Infelizmente. Mas, você vai fazer vários amigos.

Julie: Eu já conheço a galera toda.

Eu: Melhor ainda.

Victoria: Assim fica fácil.

Eu: Só se for pra gente.

Victoria: Cala a boca.- Óbvio que eu e Victoria falamos em português. A gente é sem noção, mas nem tanto assim.

Julie: O que vocês disseram?

Eu: Nada não. Fica tranquila.

Victoria: É. A gente tem que comer agora.

Eu: É.

Julie: Tchau, então.

Eu: Tchau. Bem vinda ao condomínio.- fechei a porta em sua cara. - SÓ ME FALTAVA ESSAAA. AAAAAAA. - gritei escandalosamente e assustei Rafael, que estava no quarto dele.

Victoria: Para de gritar, louca.

Rafael: É, pode parar de gritar, porque os vizinhos podem ouvir e reclamar.

Eu: EU QUERO QUE ELA OUÇA MESMO.

Rafael: Para, garota. - tampou a minha boca. Como não gosto disso, ergui minhas mãos em rendição e ele me soltou.

Eu: Isso é perseguição, só pode. - me joguei no sofá.

Rafael: Era a tal da Julie?

Victoria: Sim. Ela é nossa vizinha.

Eu: Não sei se vou aguentar ela como vizinha, como colega de classe e como ex do cara que eu gosto.

Rafael: Vai que ela muda e não é tão metida assim.