P.O.V Clara
- Depois de comparecer à sala do diretor e ganhar uma advertência eu voltei para a rotina de aulas. Elas foram passando devagar, mas passaram. Quando minha última aula acabou, uma felicidade se apoderou de mim, mas ela logo foi embora, pois ainda tinha a detenção. Eu realmente achei que ia ver algum clube para eu participar, mas dessa vez não deu. O diretor realmente foi me buscar e quando entrei na sala indicada por ele dei de cara com muitas pessoas. Eram mais ou menos 20 e quase todos meninos. Até tinham umas meninas, mas eram umas 5. Enfim, sentei na primeira cadeira para não arranjar mais confusão no fundão. Mas é claro que nem todos pensavam assim.
Xxx: Clara Gomez? Clara Gomez? - eu ignorava. - Esse é mesmo o nome dela?
Xxx': É, cara. Chama ela logo.
Xxx: Calma, tô chamando. Clara Gomez! Clara Gomez! - continuei ignorando, mas eles não paravam. Será que não entenderam que não quero falar com eles? - Mano, ela não responde.
Xxx': Cutuca ela lá.
Xxx: Tá ficando doidão? Eu não vou mexer com ela não.
Xxx': Por que não?
Xxx: Depois da resposta e do soco que ela te deu eu não quero arrumar confusão com ela não, Will.
Will: Deixa de ser frouxo, Emanuel.
Emanuel: Chama ela você. Eu não quero pegar mais um dia de detenção não.
Will: Ai, que saco Emanuel. - cruzou os braços em sinal de desaprovação. - Ô, garota barraqueira, tô falando com você. - continuei plenamente o ignorando.
Emanuel: Sou eu ou você não entendeu que ela vai continuar te ignorando independentemente de como chamá-la?
Will: Ah, ela vai me ouvir. Ah, se vai. - levantou de sua carteira e veio até mim. Decidi ignorar sua presença, mas foi extremamente difícil quando começou a me chacoalhar. Aliás, a essa altura da detenção, o professor incumbido da função já não estava mais na sala. - Garota, garota, garota...
Eu: O QUE FOI SEU INÚTIL? - não consegui me aguentar. Ele é muito chato, mano.
Will: Ótimo. Vamos lá. Preciso que faça algo para mim. Como recompensa por me enfiar nesse inferno e em outro pior.
Eu: Não.
Will: Como não?
Eu: Não, ué. Não quero me pôr em outra enrascada.
Will: Mas você me deve.
Eu: Não devo não. Você procura a coisa ruim. Saiba que cada ação possui consequências e essas são as consequências de suas ações. Pronto. Justo.
Will: Você vai me pagar de qualquer jeito. - chegou tão perto de mim que eu sentia sua respiração.
Eu: Sai, garoto. - o empurrei e ele riu. - Eu não vou te pagar nada não. Cuida da sua vida e para de ser um babaca com as pessoas. - me levantei, pois já passava das cinco e meia, e me retirei da sala, esperando encontrar Victoria o mais rápido possível, mas não deixei de ser perseguida pelo Will, até ele cansar e gritar: "VOCÊ VAI PAGAR!". Acho que ele tem algum problema psicológico, não é possível. Enfim, encontrei Victoria em um armário, que por obra do destino, se localizava ao lado do meu.
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Trust Fund Baby
JugendliteraturSinopse: Clara e Victoria são blogueiras em ascensão no Brasil. O grande salto de suas carreiras acontece quando são chamadas para uma entrevista internacional com a banda Why Don't We. Mas o que elas não sabiam é que não seria apenas uma simples en...