A Torre - Parte 7: Say Goodbye

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7 – Say Goodbye

Leonardo pegou o ônibus na segunda-feira no horário que sempre fazia, se sentando no fundo perto de umas crianças idiotas que não calavam a boca e só falavam merda. Colocou seus fones de ouvido e ignorou tudo. Escutou uma música eletrônica de fritação e não ouviu mais nada.

Ao chegar, cumprimentou seus amigos e ficou um tempinho conversando com eles enquanto o sinal não batia.

Ao bater, ele seguiu, colocou seu dedo no identificador, teve que cantar a musiquinha com Jensen e tentar mais umas três vezes até passar. Passando, então, ele seguiu para a sala e conversou sobre séries com os garotos na frente da porta antes dela ser aberta.

A primeira aula seria de química. Cantaram um hino antes da aula começar, fizeram uma oração e começaram. Entregaram um trabalho, tiveram matéria nova, alguns exercícios e começou a outra aula.

Religião foi mais legal. O professor fez brincadeiras, zoou, todos riram, e então ele falou uma coisa séria. Aí a aula acabou.

Tiveram recreio. Leonardo não comprou nada pois estava sem dinheiro, mas filou o lanche dos amigos e ficou tudo bem.

Ao voltarem, tiveram aula de filosofia com o mesmo professor de religião. Tiveram conceitos filosóficos que eram bem familiares para Leonardo.

Depois tiveram geografia, tudo certo, a aula acabou e ele foi para casa. Pegou o ônibus, ouviu música e então, ao pisar na rua de casa, sentiu um peso. Tudo havia sido tão bom até aquele momento que ele tinha se esquecido. Seguindo para casa parecia estar voltando ao cativeiro da tristeza, aonde a mesma reinava.

Ao entrar, Leonardo se surpreendeu em encontrar Joy Florença e Annabelle em sua casa, conversando com sua mãe, que chorava. Elas haviam a chamado para tomar um sorvete com a classe dos solteiros, pedindo para ele ajudá-la a se arrumar.

Joy o aconselhou a não deixar ela querer voltar para o Rio de Janeiro. Ele assentiu.

Se arrumou junto da mãe, que ficou bonita, mas com um olhar perdido. A levou para a praça do bairro universitário, aonde encontrou todos da classe dos solteiros sentados em mesas à frente de uma sorveteria. Eles pagaram pelo sorvete de ambos.

Leonardo montou o seu sorvetão com menta-chips, açaí, leite em pó, vários tipos de confeitos e um pouco de chocolate quente. Levou para pesar e ver o preço, tendo a sugestão do vendedor de que se ele acertasse o peso, levaria de graça.

Errou por dez gramas.


Tomou seu sorvete enquanto sua mãe socializava. Pôs uma música e ficou ali, feliz por vê-la sorrindo com amigos, que brincavam e riam.



Leonardo pegou o ônibus na terça-feira, se sentindo triste por sua mãe mal levantar da cama para fazer sua comida. Estava lenta, não fazia mais tão boa quanto antes. Mas prosseguiu: sabia que encontraria seu consolo no colégio.

E assim foi. Começou com a aula de matemática. Cantaram um hino e fizeram uma oração.

A matéria não era difícil, mas também não era fácil. Leonardo conseguiu tirar de letra, pois a turma se ajudava, seja ficando quieta na hora da explicação, seja cooperando para conseguir as resoluções. Tudo correu bem.

Naquele dia ainda teve sociologia, biologia, história e física. Todas as aulas foram divertidas, com deveres interativos e conhecimento fácil de se adquirir. O recreio foi rápido, mas ficaram na sala jogando Uno da mesma forma como sempre faziam. Divertimento era a palavra.

Minha Amiga MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora