Natal

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Acordo com o sol batendo no meu rosto e resmungo pra mim mesma. Pego meu celular vendo as horas, 9h34. Vejo o dia de hoje estampado no celular. 24 de dezembro de 2018, véspera de natal.

Levantei num pulo, não sentindo mais a dor de cabeça que me atormentava ontem. Agradeço a Deus e entro no banheiro pra tomar um banho relaxante.

Hoje, minha família faria uma festa natalina enorme como todo ano. E pensar que não estou com um pingo de vontade de ir pra isso, mas sei que será o jeito, se não minha mãe ficará realmente muito chateada comigo. Pensando pelo lado bom, aquele homem não vai está lá depois de tudo que aconteceu.

...

Saio do banheiro com a toalha enrolada em mim. Mas pera aí... Eu não tenho roupa pra trocar. Bato na minha própria testa. Como estou na casa do Noah não há o que fazer. Vesti a mesma roupa de antes do banho e saio do quarto em direção a cozinha, onde eu podia ouvir as vozes dos meus amigos. Entro no cômodo e eles me olham, sorridentes. Devolvo o sorriso, mas fraco.

Lenna: Bomm diaaa. - Veio me abraçar alegremente. Em seguida Noah.

Noah: Bom dia amorzinho da minha vidaa. - Me abraçou e deu um beijo em minha buchecha.

- Bom dia. - Sorrio. E vou abraçar meus irmãos, os dois me deram um beijo na buchecha e outro na testa. Eles sempre fazem isso.

Sam: Dormiu bem?

- Deu pro gasto... - Coço a nuca.

Noah: Mentira, não tem essa de "deu pro gasto", você dormiu na minha cama! Eliza, eu dormi no sofá. NO SOFÁ. - Revirei os olhos.

Lenna: Dramático... - Cantarolou. Ri disso.

Noah: Não sou não. - Se defendeu.

- Claro que não. - Bufei irônica. Encho uma xícara que estava em cima do balcão com café e bebo.

Noah: Isso por que não foi vocês que dormiram no sofá. - Sussurrou e os meninos concordam rindo. Deixo a xícara que estava tomando o café na pia.

Dylan: Mamãe ligou perguntando onde está a gente. Ela mandou voltarmos pra casa... - Me viro e todos estão me olhando. Ergo a sobrancelha.

- O que foi?

Sam: Podemos voltar pra casa?

- An... Claro. - Dou de ombros e Helenna franze a sobrancelha e segura meus ombros.

Lenna: Tem certeza?

- Tenho... Não podemos ficar na casa de Noah pra sempre. - Suspiro. - E além disso mamãe vai pedir a nossa ajuda com a ceia e tudo mais...

Noah: Ok. Então vamos. Já tomaram seus cafés da manhã? - Assentimos. E fomos saindo um por um para fora da casa. Noah trancou a porta e fomos seguindo a pé até a minha casa, que não era muito longe.

Eles riam e conversavam. Noah com os seus braços em cima do meu ombro e no de Lenna. E por um instante podia jurar que tínhamos 13 anos de volta.

Apesar de estarem todos rindo alto e falando de besteiras, eu não estava bem. Sinto que hoje não será um dia tão bom. Sabe quando você simplesmente sente que o dia vai ser ruim?

Dylan: Tá tudo bem Eli? - Me tira dos meus pensamentos com o apelido que chamava quando éramos crianças, me fazendo sorrir pro mesmo.

- Eli... Eu amava esse apelido. - Ri, lembrando dos momentos de quando éramos criança.

Dylan: Sim... Toda vez que eu te chamava assim seus olhos brilhavam, que nem agora. - Me olha com um sorriso. O abraço de lado.

- Saudade daquela época. De quando eu vinha pro Brasil nas férias e a gente brincava 24h por dia. - Rimos. - Naquela época não precisávamos nos preocupar com nada a não ser a hora de comer e a de brincar...

ʏᴏᴜ'ʟʟ ɴᴇᴠᴇʀ ʙᴇ ᴀʟᴏɴᴇ | s.ᴍ (HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora