Capítulo 38

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Foi assim...

Assim se foram três longos meses na maldita companhia daquele cafajeste, uma ajudando a outra. Uns ajudando os outros. Prometemos entre nós mesmos investigar o que de pior ainda tinha no histórico daquele homem, além do que sabíamos, e que não importasse o perigo que correríamos, abandonar o outro nunca seria uma opção.

Sendo bem sincera, não durou muito para que encontrássemos relatos de mulheres que... Bom, acho que vocês sabem.

Demorou cerca de 2 meses para que tivéssemos provas o suficiente contra ele. O último mês foi o mais difícil com certeza. Agora que tínhamos consciência das coisas horríveis que ele fizera, nojo e medo foram sentido, principalmente, por mim e Lenna, que tivemos de conviver a maioria dos dias na presença dele. Apesar disso, sentíamos um pouco melhor por acreditar que logo tudo aquilo acabaria.

Quando um amigo de Noah, cursante em direito, explicou-nos que não seria tão fácil assim colocar Joey na cadeia, ainda mais com acusações tão graves como aquelas e ao mesmo tempo tão sem coerência. Pelo o que entendi, teríamos que ter provas físicas e concretas, ou seja, as forças das testemunhantes e humilhadas mulheres não seriam suficientes. É nessas horas que percebemos o quanto, nós, mulheres, não somos valorizadas nem mesmo pela justiça.

Continuamos à procura, secretamente, e dessa vez, das tais provas físicas. Fotos, filmagens de motéis pela cidade, etc. Acabou não dando em nada, já que o nojento nem saia mais de casa, ficou as últimas semanas que eu ainda estivera no Brasil enfurnado dentro de casa.

Tive de voltar para onde, agora, meu local de trabalho seria, Toronto, não ficando o tempo que pretendia no Brasil. Meu pai, há algumas horas, dissera que a volta era "por motivos do coração, não profissional". Sim, ele está certo, meu pai sempre está certo.

Robert: Encontrei Manny esses dias, quando todos esses rumores rolavam. Ele perguntou sobre você, se estava tudo bem.

Apesar de ser só Manuel, sei que ele se importa bastante comigo, então só sorrio de leve para meu pai.

Robert: Também disse, como um assunto entre marido e ex-casado, que Karen estava preocupada pela falta de notícias sobre você.

- E o que você disse?

Robert: Fui sincero, oras. Acha mesmo que eu mentiria à um amigo ainda mais como Manny? Disse que você estava no Brasil com a família e para ela não se preocupar.

Murmuro um "hum" tão baixo, que só eu consegui ouvir. À partir de hoje, entraria numa espécie de bolha super protetora onde eu me guardaria por indeterminado tempo, o que significaria me isolar de tudo e todos.

Robert: Filha, eu de verdade não acho que esse relacionamento deles durem por muito tempo.

Não. Eles se amam, óbvio que vai.

Murmuro outra vez. Dessa vez ele bufa, indignado.

Robert: Dá pra tentar me escutar???

Franzo o cenho, tampando a vista com um travesseiro que jogo na cara.

- Que saco!! Eles não vão se separar, pai! Não me ilude, seja realista comigo. Você sabe muito bem que não precisa inventar nada pra me fazer sentir melhor.

Robert: Mas eu não tô inventando, é só o que parece. - dá de ombros, revirando os olhos depois. - Eu sou empresário, sei reconhecer uma relação suspeita quando vejo, e isso não tá me cheirando bem.

- O senhor não tem que cheirar nada, não é da nossa conta.

Levanto de seu colo, calçando minha chinela quando vejo-a, seguindo em direção à cozinha pegar um grande pote de sorvete. Volto, já comendo. Entrego uma colher a meu pai e ele aceita.

ʏᴏᴜ'ʟʟ ɴᴇᴠᴇʀ ʙᴇ ᴀʟᴏɴᴇ | s.ᴍ (HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora