DONO DE TUDO - Trilogia: Guerra por Amor #1

Capítulo 16

Agora sentadas de frente uma para a outra em um enorme sofá no centro da sala, Elena ainda analisa a barriga maior que a sua. A mulher é realmente linda, o que não assusta, levando em conta os gostos com mulheres que Rico sempre tivera.

Elena pediu para que ela se sentasse e agora, espera que ela comece a falar. Mas a mulher realmente parece esperar alguém. Rico, talvez?

- Você pode começar a falar. - disse, ainda calma.

Viu Susan entrando com alguma bebida. Era um costume servir os convidados. Como se ela fosse uma.

- Obrigada. - agradeceu a empregada. - acho que vou esperar Rico.

- Não, não vai. Ele provavelmente irá demorar e você já ficou tempo demais nessa casa.

Ela distribui o olhar pelo ambiente, como se estivesse analisando.

- Eu gosto dela... vi que mudou as cores. Não deveria, Rico adora cores escuras.

Aquilo só poderia ser piada.

Já davam quase oito da noite e nada do marido aparecer e aquilo estava irritando Elena. Respirou fundo e decidiu levantar-se para subir para seu quarto, não queria seu bebê sentindo aquela energia negativa.

- Não vai ficar para ouvir a conversa?

- Meu marido me contará tudo depois. - quis passar confiança no seu casamento.

Ela sorri.

Ela sorri!

Elena vira-se de costas e continua a andar rumo as escadas.

- Ele esqueceu de avisar sobre ter engravidado outra mulher?

Automaticamente o corpo de Elena se vira e ficam de frente. Paola está em pé, segurando sua bolsa e olhando diretamente para a dona da casa, que alisa a barriga, ainda sem protuberância.

- Você também está, não é?! Olha que legal, podem ser amigos, além de irmãos.

Elena ainda não responde. Pensa em subir as escadas e jogar tudo do seu marido janela a baixo, talvez queimar também, mas prefere ficar e esperá-lo, para, talvez, matá-lo só no dia seguinte.

Assim que Elena pensa em uma resposta descente, Rico adentra a casa. Chegara mais cedo que o combinado. Quem abre a porta inicialmente é seu soldado, garantindo a segurança do patrão. Logo Rico vê as mulheres na sala. Elena cruza seus braços, ergue sua sobrancelha e bate o pé no chão, deixando o homem totalmente aflito, pois já conhece as manias da esposa. Ela está com raiva.

Muita raiva.

- Oi, Rico. - Paola vai ao seu cumprimento, beija seu rosto e ele fica estático, ainda olhando pra Elena.

- Sabe qual era o nosso assunto, Rico Salvatore?

Ele fica quieto. Rico não sabia da gravidez de Paola, há meses não a via. Ela tentara, por vezes, vê-lo, mas ele sequer atendia suas ligações. Já havia sido barrada em todos os locais em que ele frequentava rotineiramente.

- Não, do que se trata?

Vai até sua esposa e beija o topo de sua cabeça. Ela lança um olhar mortal para Rico, que apenas estaciona seu corpo ao lado de Elena e vira-se de frente para Paola, que está a adorar a cena.

- Já que você não atende as minhas ligações e me proíbe de vê-lo, me senti na obrigação de vir a sua casa avisar a família que teremos um herdeiro... um primogênito.

- Está dizendo que esse filho pode ser meu?

Foi a única coisa que conseguiu perguntar.

- Não, idiota. É meu! - Elena disse.