DONO DE TUDO - Trilogia: Guerra por Amor #1

Capítulo 3 - III

- Precisa parar de se concentrar tanto assim nela, Rico. Sei que é início de casamento... - Galileu, um dos componentes importantes da máfia, diz zombando.

- O quê?

Galileu sorri.

- Você. Está aí vidrado na sua mulher que só está há alguns passos à frente.

- Impressão sua.

- Não estou julgando, meu amigo. Eu também era assim há quinze anos atrás - Gargalha, lembrando da época em que conhecera sua esposa.

O celular de Rico toca.

É Joy, responsável por a carga da noite.

- Com licença. É importante. - Sai para atender a ligação.

- Fala, Joy!

- Rico, temos problemas.

- Não me diga que...

- Fomos roubados.

- Roubados? - Ele fala mais alto do que deveria e todos ali o olham e se entreolham. Alguns já estão aflitos.

- Não conseguimos recuperar nada, Rico. Levaram tudo.

- Dylan! - Supõe Rico, lembrando do seu inimigo.

- Não sei te dizer se é mesmo...

- Você não está sabendo dizer nada, Joy! Fique onde está, estou indo resolver essa situação.

Ele desliga sem esperar qualquer resposta do outro lado da linha. Os homens, já a par da situação, deixam as mulheres no salão e partem para uma sala mais reservada, para decidir quais atitudes seriam tomadas a partir dali, deixando Elena com pulga atrás da orelha.

- Não se preocupe, querida. É normal acontecer isso. Ainda tem muito o que se acostumar. - Amélia diz a filha.

- Estou aflita. O que será que aconteceu?

- Nada que seu pai e esposo não possam resolver.

Mordendo os lábios aflita, Elena não desgruda os olhos da porta onde eles entraram, à espera que Rico saía e lhe tire toda essa agonia. Quase meia hora depois ele sai acompanhado de outros cinco homens, que conversam algo que Elena não presta atenção, pois seus olhos estão firmes nos de seu marido. Rico chega até Elena e a puxa para uma conversa mais reservada.

- O que aconteceu? - Ela questiona.

- Me ouça bem: você vai pra casa com Ramiro, ele já está te esperando lá fora e qualquer, um mínimo movimento estranho que você perceber, não hesite em usar essa arma, está me entendendo?

- Hã? Me explica! O que está acontecendo?

- Pode confiar em mim? - ela acena que sim - ótimo. Você vai estar segura em casa. - Deposita um beijo carinhoso em sua testa.

- E você? Pra onde vai?

- Resolver uma coisas.

Simplesmente sai, a deixando completamente perdida. Decide não desobedê-lo, talvez Rico soubesse exatamente o que estava fazendo. Elena sai do salão atenta, não sabendo o que poderia encontrar lhe esperando lá fora. Por sorte, apenas Ramiro estava à postos. Como sempre, com a cara de poucos amigos, o homem a conduziu para casa. Ramiro era um dos únicos de confiança de Rico, então Elena, apesar de não conhecê-lo bem, se sentia segura.

- Sabe pra onde o meu marido foi? - Perguntou Elena.

- Não, senhora.

Mesmo que soubesse, Ramiro jamais falaria. Elena adentra a casa e agora não precisa mais sentir medo, sabe que ali está segura, como seu marido dissera. Não encontra ninguém em casa e respira aliviada... talvez seja melhor assim.