Capítulo 18

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Cinco dias depois...

Elena estava em seu quarto, que agora era somente seu, escrevendo mais um capítulo do seu livro. Rico havia se mudado para o quarto de hóspede, pensou em dar o devido tempo a sua esposa, sabia que aquela história não era fácil de digerir.

O fato de ainda tê-la na casa, a ver todos os dias, não amenizava em nenhum por cento a saudade que estava de Elena. Sentira falta do cheiro, dos beijos, das frases carinhosas, dos afagos no cabelo e até mesmo das brigas, já que a mulher mal o responde ou puxa alguma conversa. Está quieta, no seu canto.

Rico adentra o quarto e avista a esposa concentrada no seu notebook. Ele se senta na cama e recebe um olhar de Elena, que ainda sim não liga para saber o porque de seu marido está sentado, a olhando firme. Ele continua quieto, esperando uma posição dela... nem que fosse para reclamar.

Após minutos naquela mesma posição, admirando-a, Elena se irrita.

- O que quer? - pergunta, girando a cadeira e olhando-o.

- Falar com você.

Ela arqueia a sobrancelha, como se pedisse para ele continuar a falar... e rápido, pois estava incomodando-a.

- Eu fui atrás de Paola no outro dia daquele acontecido...

- Nossa, que rápido. - ironiza ela.

Rico revira os olhos.

- Não para isso que estás a pensar. Eu queria saber o porque ela inventou aquilo... o porteiro do prédio disse que ela estava viajando e não tinha previsão para voltar. Pedi para um dos soldados ir atrás, acompanhar seus passos, porque eu realmente precisava saber o que ela estava aprontando.

- E aí? - Elena inclina o corpo pra frente. Tinha realmente ficado interessada no assunto.

- E aí que ela estava no Brasil.

- Brasil? O que ela estaria fazendo por lá?

- Não consegui descobri isso, porque quando o soldado a encontrou, seu corpo estava em um tal de Instituto Médico Legal, algo assim. Parece que não havia reconhecimento e pelas informações, a encontraram com o carro capotado em uma estrada.

Elena fica horrorizada com o que acaba de ouvir. Paola estava morta. Seu filho também. Por mais que ela a cercasse tanto e desejasse seu mal, não a desejava de volta. Era humana demais para reconhecer que ela apenas estava loucamente apaixonada por o seu marido e entende que as pessoas confundem amor com loucura.

- E o filho? Quer dizer... ele não merecia. Cazzo! - disse baixo e começou a chorar.

- Não fique assim, Elena. Você sabe de tudo que Paola nos fez. - se ajoelhou perto da cadeira em que ela estava.

- Mesmo assim... ela carregava um filho.

- Que não era meu e que ela fez de tudo para que você acreditar que fosse, que tínhamos algo... ela quis nos separar e conseguiu.

Elena levanta seu olhar e encontra seu marido a sua frente. Ele acaricia suas pernas nuas, afim de acalmá-la.

- Deixe-me voltar para o quarto, pra nossa vida, amore. - quase suplicou, acariciando seus cabelos longos.

DONO DE TUDO - Trilogia: Guerra por Amor #1Onde histórias criam vida. Descubra agora