Capítulo 3

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No outro dia, Rico acordara cedo. Era domingo, não precisaria ir à empresa, o que não significava que não havia trabalho à ser feito. Tomou seu café e tratou de preparar uma bandeja para Elena, que dormia serena, ainda às oito da manhã.

Tratou de começar logo a resolver o que tinha que ser resolvido aquela manhã. Uma carga de armamento estaria entrando na fronteira até o fim do dia e nada poderia dar errado. Sua tensão foi jogada pro lado assim que viu Elena descendo as escadas, com um short minúsculo e uma blusa que marcava muito bem os seus seios redondos.

- Já está trabalhando? - Foi o que disse. Ainda estava com sono.

- Sabe que horas são, senhora Salvatore?

Aquilo soava tão bem a voz de Rico.

- Sete?

- Quase onze.

- Deus! Por que não me acordara?

- Tinha algo importante pra fazer?

- Não... mas isso é muito tempo. Se sua mãe aparecesse, que Deus me livre - levanta a mão pro alto - iria achar-me uma péssima esposa. A propósito, adorei o café. Obrigada!

- Minha mãe te adora, Elena.

- Eu também. E o que temos pra hoje?

- Aulas de tiro. O que acha?

- Tiro?

- É, tiro. Você fica em casa sozinha a maior parte do tempo, eu sei que tem os seguranças, mas nunca se sabe...

- Você que vai me ensinar? - Sorriu, duvidando.

- Claro. Eu sou um ótimo atirador, ou como você acha que venho me protegendo todo esse tempo? - Ele se levanta e vai até o balcão.

- Eu treino tiro desde os meus quinze anos, Rico. - Gargalhou.

- Como não imaginei isso? - Sorriu. Era óbvio que seu sogro a ensinaria.

- Você já matou? - Elena foi direta.

- Oi? - Disse no mesmo tom.

- Você já matou alguém? - Ele a olha.

- Quer mesmo saber?

- Talvez.

- Não vai mudar a opinião que tem sobre mim?

- Não.

- Já. Não foi melhores sensações que tive.

- E quando foi? Quer dizer... tem pouco tempo? Foram muitas vezes?

- Poucas. Mas foram situações em que ou eu matava, ou era morto. E eu prezo por a minha vida.

- Não queria chegar a esse ponto. Bem, eu sei que quando papai me incluir, se incluir um dia, eu precisarei ser mais durona e talvez chegue a uma situação dessa, mas até lá, não saberei o que fazer.

- Na hora você sabe. Não seria capaz de entregar a vida à outros.

Elena fica quieta... pensativa. Rico está na cozinha, enquanto ela continua sentada à mesa, ainda pensando sobre o que acabaram de conversar. O aparelho celular dele vibra. "Paola" é o nome que aparece na tela.

Quem diabos é Paola?

Elena logo se intriga e não demora a atender o celular.

- Alô? Rico? - A voz feminina do outro lado, chama seu marido.

- Quem é?

E simplesmente desligou.

A vadia desligou.

DONO DE TUDO - Trilogia: Guerra por Amor #1Onde histórias criam vida. Descubra agora