No outro dia, Rico acordara cedo. Era domingo, não precisaria ir à empresa, o que não significava que não havia trabalho à ser feito. Tomou seu café e tratou de preparar uma bandeja para Elena, que dormia serena, ainda às oito da manhã.
Tratou de começar logo a resolver o que tinha que ser resolvido aquela manhã. Uma carga de armamento estaria entrando na fronteira até o fim do dia e nada poderia dar errado. Sua tensão foi jogada pro lado assim que viu Elena descendo as escadas, com um short minúsculo e uma blusa que marcava muito bem os seus seios redondos.
- Já está trabalhando? - Foi o que disse. Ainda estava com sono.
- Sabe que horas são, senhora Salvatore?
Aquilo soava tão bem a voz de Rico.
- Sete?
- Quase onze.
- Deus! Por que não me acordara?
- Tinha algo importante pra fazer?
- Não... mas isso é muito tempo. Se sua mãe aparecesse, que Deus me livre - levanta a mão pro alto - iria achar-me uma péssima esposa. A propósito, adorei o café. Obrigada!
- Minha mãe te adora, Elena.
- Eu também. E o que temos pra hoje?
- Aulas de tiro. O que acha?
- Tiro?
- É, tiro. Você fica em casa sozinha a maior parte do tempo, eu sei que tem os seguranças, mas nunca se sabe...
- Você que vai me ensinar? - Sorriu, duvidando.
- Claro. Eu sou um ótimo atirador, ou como você acha que venho me protegendo todo esse tempo? - Ele se levanta e vai até o balcão.
- Eu treino tiro desde os meus quinze anos, Rico. - Gargalhou.
- Como não imaginei isso? - Sorriu. Era óbvio que seu sogro a ensinaria.
- Você já matou? - Elena foi direta.
- Oi? - Disse no mesmo tom.
- Você já matou alguém? - Ele a olha.
- Quer mesmo saber?
- Talvez.
- Não vai mudar a opinião que tem sobre mim?
- Não.
- Já. Não foi melhores sensações que tive.
- E quando foi? Quer dizer... tem pouco tempo? Foram muitas vezes?
- Poucas. Mas foram situações em que ou eu matava, ou era morto. E eu prezo por a minha vida.
- Não queria chegar a esse ponto. Bem, eu sei que quando papai me incluir, se incluir um dia, eu precisarei ser mais durona e talvez chegue a uma situação dessa, mas até lá, não saberei o que fazer.
- Na hora você sabe. Não seria capaz de entregar a vida à outros.
Elena fica quieta... pensativa. Rico está na cozinha, enquanto ela continua sentada à mesa, ainda pensando sobre o que acabaram de conversar. O aparelho celular dele vibra. "Paola" é o nome que aparece na tela.
Quem diabos é Paola?
Elena logo se intriga e não demora a atender o celular.
- Alô? Rico? - A voz feminina do outro lado, chama seu marido.
- Quem é?
E simplesmente desligou.
A vadia desligou.
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DONO DE TUDO - Trilogia: Guerra por Amor #1
RomanceUma Dalylova prometida a um Salvatore. Elena, filha de um dos homens mais poderosos da máfia italiana teve que se casar com o braço direito de seu pai, Rico Tuniê Salvatore. Um homem alheio a qualquer sentimento e sem intenções de um dia amar, se v...