Capítulo 11

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Marco anda de um lado para o outro, preocupado e analisando quais atitudes seriam certas à ser tomadas agora. Amélia está ao lado da filha, segurando sua mão e alisando sua cabeça. Teve tanto medo.

- Eu não acredito que aquele figlio di puttana teve coragem... Dio! Eu ia ficar sem a minha filha. - O homem esbraveja.

- Estou bem, papai.

- Rico, eu sinceramente achava a sua segurança bem preparada, mas depois dessa, espero, gentilmente, que você troque-a. Não vou arriscar a vida da minha filha por incompetência de seus homens.

- Não é culpa de Rico. Quando eu entrei no quarto Dylan me agarrou. - Elena disse.

- Não, Elena. Deixe. Seu pai tem razão, não posso ficar arriscando sua vida. Hoje mesmo mudarei meus seguranças.

- Melhor assim. - parou de andar de um lado para o outro - vamos nos reunir. Chame-os pra cá.

Eles não tinham costumes de se reunirem em residências, mas Marco não iria sair de perto da filha tão cedo. Rico ligara para os homens, mas antes, precisava mudar sua segurança. Decidiu deixar apenas Ramiro do grupo anterior. Ele era seu homem de confiança e conhecia os costumes de Elena. A segurança das famílias da máfia é feita exclusivamente por a Royale. Há um grupo de seguranças muito bem treinados e capacitados, eles são distribuídos igualmente entre as casas dos membros de cargos mais altos e quando não aprovados pelos mesmos, voltam.

- Quero todos mortos. - Marco disse se referindo ao grupo de Dylan.

- Eles são ingleses, provavelmente já não estão mais por aqui, se o líder morreu. - Oto disse, com o corpo ereto no sofá.

- Não me importa. Quero esse grupo morto. Não há, no mundo, quem tente pela vida da minha filha e saia vivo para contar história.

- Não há porque arrumarmos brigas agora, Marco. Só trará holofotes e estamos prestes a comprar as maiores casas de prostituição. Só vai nos atrapalhar. - Garcia disse. Era sensato, não agia por impulso.

- Ele tem razão, Marco. - Rico disse ao sogro.

Marco bufou.

- Oto, troque os seguranças de Rico... são um bando de incompetente.

Rico já havia feito o pedido de troca a Oto, antes da reunião começar.

- Já pedi. E ele vai deixar apenas Ramiro, do grupo anterior. - o marido de Elena se pronunciou.

- Tire-o também. Não foi útil. - Marco ordenou e lancou um olhar desafiador para Rico.

- Ramiro salvou a vida da sua filha e nos meus seguranças, mando eu. Você está de cabeça quente por o acontecido, eu entendo, mas não misture isso nas nossas reuniões. - Rico se levantou. Entendia o sogro e não queria discutir. - já que tudo foi resolvido, vou subir para ver como a minha esposa está.

- A nossa conversa não findou, Rico. Espere. Não fuja de outras responsabilidades. - Oto pediu.

- Não estou fugindo das minhas responsabilidades, é que eu preciso ver a minha esposa.

- Amélia está com ela, Rico. Sente-se. - Marco pediu calmo.

- Vocês podem resolver sem mim?

- É... acho que sim. Depois eu te comunico das decisões. - Benito, pela primeira vez, falou. Ele era muito observador, mas por sua experiência, suas opiniões valiam ouro.

- Então, com licença, subirei para ficar com a minha esposa. Peço desculpas aos demais, mas ela passou por um momento de bastante nervosismo e preciso me certificar de que ela está bem.

DONO DE TUDO - Trilogia: Guerra por Amor #1Onde histórias criam vida. Descubra agora