DONO DE TUDO - Trilogia: Guerra por Amor #1

Capítulo 10

Elena acordou e se deparou com o horário. Eram nove e dezesseis da manhã, jogou o lençol para longe e constatou que seu marido já havia saído para trabalhar. Droga! Queria ter conversado com ele assim que acordara, pois sabe que o dia ficava agonizante quando não sabia sua situação com seu marido. Rico parecia extremamente raivoso ontem.

Elena tomou um banho com sais perfumados e vestiu a roupa sem lingerie, queria fazer uma surpresa para seu marido. Ela estava errada em partes e queria pedir desculpas por a exposição da noite anterior, mas também estava disposta a ouvir o pedido vindo de Rico, que a tratou friamente desde o acontecido.

- Ramiro, vamos para a empresa do meu marido.

- Ele não autorizou nenhuma saída, senhora. - Ramiro respondeu ainda com o olhar no horizonte.

- E não precisa. Estou indo vê-lo. - disse saindo pela porta - vamos!

Ramiro comunicou outros dois carros e seguiu para a empresa com a Elena. A mulher estava arriscando o seu marido estar em reunião, mas não hesitaria em esperar o tempo que fosse. Precisava resolver-se com ele. Dormiu longe daqueles braços e sentiu falta deles. Assim que o carro parou em frente ao enorme prédio espelhado, a mulher entrou com outro segurança. Ramiro havia ficado para trás.

- Jack, não é, seu nome? - perguntou. Estavam no elevador.

- A sua disposição, senhora.

- Entrarei sozinha na sala do meu marido, tudo bem? Você pode ficar aqui fora a minha espera.

Ela tinha tantos planos.

- Como quiser. - respondeu o rapaz.

Ao chegar no último andar, se deparou com uma mesa e uma moça sentada lutando contra inúmeros papéis nas mãos. Devia ser sua secretária.

- Bom dia.

- Senhora Salvatore... seja bem vinda. - cumprimentou a moça.

Elena sorriu. Ela era simpática.

- Queria falar com Rico, ele está?

- Ah, sim. Há uma pessoa com ele, mas posso avisar que está aqui, tenho certeza que ele não irá se opor para que entre.

- Ah, então vamos adiantar o processo... - disse, indo em direção à porta que dava acesso a sala de Rico.

Elena abriu a porta e se deparou com Liziê sentada em uma cadeira, enquanto Rico estava de frente para ela. Os dois conversavam e sorriam alto, o que incomodou o coração da mulher. Eles perceberam a presença de Elena e imediatamente pararam de conversar.

- Elena... - Rico se pronunciou.

- Desculpe atrapalhar. - voltou o corpo para fora da sala e saiu pelo corredor. Jack acompanhou.

- Espere. - o homem saiu atrás.

Ela não esperou, continuou andando e Rico atrás. Assim que parou para apertar o botão do elevador, o homem a alcançou.

- Elena, espere. Não é o que você está pensando.

- Que frase mais clichê. Seja original nas suas mentiras, Rico.

- Quando eu falo que não é o que você está pensando, é porque eu sei o que você está pensando. E não é nada disso.

- Então o que é? - cruzou os braços, esperando ele responder.

O elevador chegou.

- Não vai e me escuta.

- Em casa conversamos, Rico.