31 de dezembro.
Itália.
O mês de dezembro passou voando.
Natal.
E já era ano novo.
Diferente da outra vez, Rico participara das comemorações. Elena fez um jantar de natal e juntou toda a sua família para a comemoração e com o ano novo não poderia ser diferente.
Estavam todos na casa de Carmen. A cor das roupas não eram padrão e isso com certeza não importava. Elena vestia um vestido azul escuro, e pelo leve vento daquele dia, também tinha um casaco de pele por cima. O cabelo liso amarrado e nos pés, uma sandália branca, alta. Aos poucos ela ia retornando a vaidade.
Rico trajava seu terno caro, com uma camisa de algodão branca, por dentro. Theo estava a coisa mais linda de se ver. Rico encomendara uma roupa idêntica à sua, só para vê-lo vestido. Claro, o garotinho não demorou muito a se incomodar com o sapato e rapidamente jogou-o para longe.
Todos estavam felizes. Elena tocava o piado da casa da sogra enquanto alguns conversavam na sala de estar, apreciando a música. Theo estava nos braços do pai, enquanto via Henrique tentar fazê-lo sorrir.
- Esse moleque tem o mesmo senso de humor que o pai. Inacreditável - disse Henrique, após não conseguir fazê-lo sorrir.
- Você não me irrita falando do meu humor, Henrique.
Rico havia mudado todos os seus costumes desde que entregara, de vez, seu coração.
- É, confesso que você está mudado. Devo agradecer a Elena?
- Completamente.
Os dois viram seus rostos para mulher que ainda toca no piano branco, na sala de estar. Rico se levanta, deixando Theodoro com o tio babão, ainda tentando-o fazer sorrir e vai até Elena. Se senta no banco, junto à ela.
- A minha vida está tão leve quanto essas teclas - ela diz, sem parar de tocar.
Rico não entendeu nada do que sua esposa falara.
Ela sorriu.
- Eu tinha uma vida perfeita e nunca desejei mudar, Rico. Aí você me aparece e eu achei que era leve, mas olha só... - aponta para a sala, onde todos estão, inclusive seu filho.
Rico sorri e beija sua bochecha.
- Obrigada por comemorar. Eu sei que você nunca teve esse costume - ela continua.
- Não estou fazendo por você ou pelo Theo. É por mim.
- Fico ainda mais feliz ouvindo isso. Próximo ano, as duas comemorações serão na nossa casa.
Ele concorda, sorrindo.
- Estava pensando em nos mudarmos - ele comenta.
- Para onde? Acho ótima, aquela casa. Comporta a todos muito bem.
- A Royale tem ilhas que não se encontram no mapa. Gostaria que ficássemos mais protegidos, ainda mais agora com Theo.
- Meu pai já nos garantiu mais soldados, meu amor. Não há o que temer. Está preocupado? Tem ouvido algo? Não esconda-me nada - nesse momento Elena já não toca mais o piano.
Ele sorri leve.
- Não. Fique tranquila. Era só um pensamento que tive, sabe que me preocupo com a segurança da nossa família.
Ela encosta seus lábios vermelhos nos de seu marido.
- É por isso e outros mil motivos que eu te amo incansavelmente.
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DONO DE TUDO - Trilogia: Guerra por Amor #1
Roman d'amourUma Dalylova prometida a um Salvatore. Elena, filha de um dos homens mais poderosos da máfia italiana teve que se casar com o braço direito de seu pai, Rico Tuniê Salvatore. Um homem alheio a qualquer sentimento e sem intenções de um dia amar, se v...