Capítulo 13

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Thor sentou-se à longa mesa do banquete, no Salão de Armas, rodeado por seus irmãos da Legião; seus amigos mais próximos e por dezenas de membros do Exército Prata. Kendrick sentou-se frente a ele, Kolk e Brom estavam sentados nos assentos próximos e ele se sentiu mais em casa do que nunca em sua vida. O dia tinha sido um turbilhão de eventos. Antes dele, todos viam a Thor como um forasteiro, ou na melhor das hipóteses, apenas como mais um membro da Legião. Mais depois daquele dia, Thor podia ver em seus olhares e pela forma como se dirigiam a ele, que agora todos o viam como um deles. Como seu semelhante. Aqueles homens, a quem ele sempre tinha admirado, agora lhe atribuíam o respeito pelo qual ele tinha se esforçado durante toda a sua vida. Não havia nada que ele tivesse desejado mais do que apenas estar ali, sentados com eles, para lutar ao seu lado e ser aceito por eles.

Thor se sentia mais cansado do que nunca. Ele havia estado durante quase dois dias seguidos sem dormir, seu corpo estava coberto de hematomas, cortes e arranhões. Ele não sabia quanto tempo fazia que ele tinha parado para descansar; estava fisicamente exausto, uma parte dele só queria desvanecer, ir dormir sem parar, durante uma semana. Mas ele renovou suas forças, aqueles homens e os rapazes estavam mais festeiros do que ele já tinha visto. A grande tensão havia sido afrouxada e o alívio preenchia a sala. Era mais do que alívio: era alegria. A alegra da vitória. A alegria de salvar sua terra natal. E tudo isso tinha a ver com Thor.

Um após o outros, os membros do Exército Prata vinham e passavam o braço em torno de Thor, davam-lhe tapinhas nas costas, sacudiam-no, entrelaçavam os braços e chamavam de "Thorgrinson." Era um título de respeito e geralmente reservado para adultos, o que implicava que Thor era considerado como um guerreiro de elite. Se alguma vez os garotos da Legião tinham usado aquele título entre si, tinha sido sempre em tom de brincadeira, mas agora aqueles homens usavam o título referindo-se a Thor com total seriedade.

Outra caneca de cerveja espumante foi colocada na mão de Thor, ele tomou um longo gole e logo sentiu a bebida subir-lhe à cabeça. Então, ele estendeu a mão e pegou um enorme pedaço de carne de veado posto diante dele. Ele estava morrendo de fome, mas primeiro ele inclinou-se e entregou um pedaço a Krohn, que arrancou a carne de sua mão, contente. Thor pegou outro pedaço para si mesmo, ele mastigava a carne devagar, saboreando-a. Ele estava faminto e a comida era deliciosa.

Várias servas jovens, vestidas com pouca roupa, serviam a comida, passando pelas fileiras de homens, recarregando suas canecas de cerveja e taças de vinho. Uma delas passou ao lado de um dos guerreiros, ele agarrou-a e puxou-a para seu colo. Ela deu uma risadinha. Outra serva chegou perto de Thor e guerreiro agarrou-a e tentou empurra-la para o colo de Thor, porém Thor ergueu as mãos e gentilmente afastou de si.

"Você não gosta de mulheres?" O guerreiro perguntou a Thor.

"As mulheres me agradam." Thor disse. "Mas há uma em particular para quem eu estou me aguardando."

"Apenas uma?" O guerreiro insistiu desapontado. "Tome duas ou três. Não se dedique apenas a uma. Você é muito jovem. Tome tantas quanto suas mãos puderem agarrar." Ele disse, e com isso, ele agarrou a jovem e levou-a por cima do ombro, para uma pilha de tapetes macios que estavam em um canto mais distante da sala. Ela deu um gritinho de alegria.

"Não ligue para ele." Disse uma voz.

Thor olhou e viu Reece sentado ao lado dele. Ele estendeu a mão e colocou-a em seu ombro.

"Gwen estaria orgulhosa." Reece disse. "Eu estou orgulhoso. Isso era exatamente o tipo de resposta que eu esperaria de um cunhado."

Thor sorriu ao pensar nisso.

"Se eu a pedisse em matrimônio, você realmente iria iria me aceitar em sua família?" Ele perguntou.

"Que classe de pergunta é essa?" Reece perguntou. "Você já é meu irmão. Em todos os sentidos da palavra. O meu verdadeiro irmão."

Um Grito de HonraOnde histórias criam vida. Descubra agora