O sentir é particular

Capítulo 2

**Aqui a história começa a ser narrada apelas pela Maiara

Acordei no susto com falta de ar. Eu estava pingando de suor, meu corpo estava quente e dolorido. Merda, será que eu estava com febre? Era só o que me faltava, ficar doente.

Me levantei e senti uma fraqueza no corpo. No quarto da Maraisa tinha um termômetro, eu fui até lá pegar e medir minha temperatura.
Esperei e quando ele apitou eu vi que tinha me ferrado por ter pego uma chuvinha. 38 graus estava marcando.

Desci até a cozinha, abri o armário onde guardávamos remédio e peguei um para febre e um para gripe. Tomei e fui tomar um banho. Quando voltei a deitar senti meu corpo moído. Eu não poderia ficar doente, Maraisa iria me matar porque cancelaríamos os shows da turne e não só nossa agenda que fica com risco, mas a da Marília também. Voltei a me deitar e senti meu corpo melhorar um pouco a febre. Voltei a dormir.

Acordei com o barulho do meu celular tocando. Olho no visor e era a Maraisa. Me mecho na cama e sinto meu corpo muito pior e meu estômago revirar.

- alô- digo atendendo

- oi meu amor, bom dia- escuto a voz da minha irmã

- bom dia- digo sentindo meu estômago me sacaneando

- que voz é essa? Tá tudo bem?- ela pergunta

- tá sim irmã, só acabei de acordar- omito

- sei... eu não consegui sinal ontem, estava uma chuva aqui na fazenda. Chegou bem né? Comeu? Não aprontou né dona maiara?- ela pergunta

Dou risada

- não, eu não aprontei. Só encontrei a Lila, fizemos uma caminhada e fofocamos. Comi sim mamãe- falo tirando uma onda

- eu sou a mais velha, alguém tem que cuidar de você- ela fala

- 5 minutos só Maraisa, se acha não- falo

- 5 minutos é muita diferença tá?!...

Eu paro de prestar atenção nela, sinto uma pressão no estômago, ele revirando e um mal estar. Eu estava quase vomitando.

- irmã, eu preciso desligar, mais tarde te ligo, vou no banheiro. Te amo beijo- nem esperei ela falar e desligo

Corri pro banheiro do meu quarto e vomitei minha alma. Sabe quando a gente vomita de 2 em 2 minutos até não ter mais nada pra vomitar e mesmo assim continua aquele mal estar e o estômago forçando o vômito. Foi assim. Toda comida e líquido que tinha em mim eu vomitei.

Passei a manhã toda no banheiro. Quando meu estômago deu uma aliviada, eu não tinha quase mais força. Estava quase desmaiando já. Fui engatinhando até meu celular q estava em cima da cama e liguei pra primeira pessoa que estava no meu what's.

- alô, mai?- escuto a voz da Marília

-lila eu to mal, vem pra cá rápido- falo

- que? Como assim? O que você tem?- ela pergunta

- eu to vomitando sem parar, com febre, dor no corpo. To mto fraca. Vem rápido- peço

- eu já to indo, segura os bofe aí que eu to chegando pingentinho- ela fala

- beijo- desligo

Eu tava me sentindo mto mal. Só queria fechar os olhos um instante e descansar. Eu fechei os olhos e provavelmente dormi.

- MAIARA, MAIARA FALA COMIGO- escuto

Abro os olhos e vejo Marília desesperada.

- oi Lila- falo

- eu vou chamar uma ambulância- ela fala pegando o celular

- que? Não precisa.- digo rindo

- você tava desmaiada aí no chão.

- que? Não mulher, eu só fechei os olhos pra descansar e devo ter dormido. Eu to me sentindo bem fraca- falo

- olha aqui eu deveria te matar, você me assustou com essa cara pálida, esse cheiro de vômito e caída no chão. - ela fala me levantando

- eu to com cheiro de vômito? Eca- falo

- sim está, e eu to ficando enjoada de sentir- ela fala e faz uma careta

- idiota, me ajuda a tomar um banho então é escovar os dentes- falo- eu não tenho forçar mais. Acho que desidratei

- tu acha? Eu tenho certeza- ela fala

Com a ajuda dela eu voltei pro banheiro e tomei um banho na banheira. Fiquei com vergonha porque Marília me viu nua, ela me segurou pra eu não cair enquanto tirava a roupa. Ela percebeu que fiquei constrangida e fingiu olhar pro outro lado, mas tenho certeza que ela me olhou. Tentei pensar em outra coisa enquanto ela me ajuda a me secar e me vestir, mas minha cara parecia um pimentão e a dela também.

- desculpa- falo

- pelo o que?- ela pergunta

- essa situação- sorrio sem graça

- tá tudo bem nanica, seu corpo é lindo não precisa ter vergonha de mim- ela fala e sorri tímida

- obrigada, eu to fazendo dieta- falo e dou risada e ela ri também

- eu percebi- ela ri

Depois de me sentir mais à vontade e  com um banho eu fui pra sala.

- você precisa forrar esse estômago. Precisa se hidratar e tomar um remédio pra febre porque você está bem quente- ela fala

- eu sei, você pode pegar pra mim o remédio? Acho que não tem nada leve pra eu comer aqui em casa, podemos ir no mercado- falo

- mercado? Pra você vomitar tudo lá? Nem pensar. Eu como uma pessoa muito esperta, passei no mercado e comprei algumas coisas.- ela fala indo até uma sacola.

- toma esse isotônico aqui, vai te fazer se sentir melhor e essa bolacha de água e sal que é bem leve.- ela fala- com e ai toma o remédio.

- eita, mais adulta que eu você- falo impressionada

- eu sou, tu tem a cabeça no mundo da lua dona Maiara- ela fala

Pego as coisas que ela comprou pra mim e como é depois todo o remédio pra febre.

- você vai ficar aqui comigo?- pergunto

- claro, vou te deixar morrendo aqui sozinha? Eu não- ela ri- depois a Maraisa me mata

- maraisa não pode saber, se não ela me mata. Eu pensei que fosse só uma gripe.

- com certeza não é. Deve ser alguma virose- ela fala

- é e se a Maraisa descobrir ela vai fazer cancelar os shows e aí bagunça nossas férias e sua agenda e toda nossa vida- falo

- e tu vai ir fazer show doente? Tá doida?- Marília fala indignada

- eu vou melhorar, só não conta pra ela.- falo

- você quem sabe, depois se a Maraisa vir brigar comigo você vai ter que me defender e enfrentar a fera.- ela ri

- fechado- digo

Marília ficou comigo na sala vendo tv e conversando.

Se passaram quase três horas e eu sinto meu estômago revirar novamente. E o que aconteceu? Eu vomitando e Marília segurando meu cabelo.

Tentei comer algo novamente porque estava morrendo de fome já que não tinha nada no estômago, mas acabei vomitando novamente. Eu estava me sentindo mto mal. A febre não baixada, o estômago não para de revirar e eu já tinha começado e ter diarreia.

- Mai não da, precisamos ir no hospital. E não adianta dizer nada, você vai sim.- Marília fala

Eu não protesto. Apenas pego uma bolsa com meus documentos e vou com a Marília pro hospital.

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