Acordo primeiro que a Marília. O quarto estava todo escuro e um frio intenso, mas eu estava suando muito. Tiro a coberta de cima de mim e tento me sentar na cama, mas um lado do meu corpo parecia mais fraco e eu não consigo ter a força necessária pra sentar. Sinto minha visão ficar embaçada no mesmo lado que sinto a fraqueza e uma dor intensa na cabeça.
- Marília- tento chamar, mas minha voz sai muito baixa Não consigo falar
Cada vez que eu falo doi mais minha cabeça. Uma dor intensa em um lugar específico. Uma parte do meu corpo não estava respondendo aos meus comandos.
- Marília- tento mais uma vez chamar ela, mas sai tudo embolado
Ela se mexe na cama e me abraça, quando ela faz isso na mesma hora ela parece que acorda.
- amor, você está toda suada- ela fala
Não consigo ver direito, mas vejo a luz do quarto ser acesa.
- maiara? Você está se sentindo bem?- ela pergunta
- amor- tento falar, mas sai embolado e cada vez fica pior a dor com o esforço que tento fazer para falar
- maiara? Maiara? Seu olho está todo vermelho está cheio de sangue- ela fala e sinto o desespero em seu tom de voz
Está cada vez pior a dor, eu nunca senti algo tão forte na minha vida. Eu prefiro morrer a continuar sentindo aquela dor.
- amor? Amor?- escuto- fica acordada pelo amor de Deus Maiara, eu vou ligar pra maraisa- escuto a voz da Marília falar comigo
A dor é tão forte que eu não resisto e apago.
- amor acorda- escuto longe- por favor, não faz isso comigo não
Escuto muito choro.
Meus olhos são abertos, sinto uma claridade neles e depois são fechados.
- vamos levá-la rápido pro hospital- escuto uma voz masculina
- eu vou junto, não vou sair do lado dela- escuto uma voz familiar
Mas a essa altura do campeonato, com a dor que eu estava e meio consciente eu não consigo reconhecer nada.
Eu não consigo descrever a dor que eu estou sentindo. Um lado do meu corpo sinto estar adormecido, minha cabeça doi de um forma que parece que a cada segundo alguém enfia uma faca no mesmo lugar. Eu ainda conseguia sentir tudo, escutar vozes muito longe, eu só não tinha controle sobre meu corpo pra poder me mexer, abrir os olhos ou falar alguma coisa. Mas a dor continuava ali.
- ela está sentindo muita dor, esta até escorrendo uma lágrima- escuto longe longe
- já aviso a senhora que tem uma equipe cirúrgica esperando por ela. Nós vamos entrar direto pro centro cirúrgico, cada minuto é valioso- uma voz masculina ecoa
- mas o que ela tem?- escuto
Tudo fica muito longe e eu não consigo escutar mais nada.
Sinto dor mais longos minutos, uma dor que era muito melhor a morte a continuar sentindo aquilo, mas de súbito aquilo para. Sinto meu corpo relaxado, não sinto mais nada, literalmente nada. Aqueles minutos ou horas de dor insuportável que eu senti passaram e eu estava no paraíso agora comparado a como eu estava antes.
Abro os meus olhos e eu estava deitada no quarto da Marília ainda.
- está melhor?- Marília me pergunta me olhando
- estou, nossa nunca senti dor oera quanto essa.- digo passando a mão na cabeça
- eu imagino, mas agora já foi, eu disse que um remedinho pra dor de cabeça ia resolver, não precisava ter vindo aqui e feito aquele drama todo- lá fala sorrindo
- mas eu já estava dormindo aqui com você- falo
- desde quando você dorme comigo?- ela pergunta rindo- tá me estranhando é?
- como assim desde quando Marília? Desde quando começamos a ficar- falo
- ficar? Eu e vc? Osh, tá louca maiara?- ela fala com uma cara surpresa
- eu louca? Você que deve estar louca- falo seria- vai para de brincadeira Marília
- você que deve estar me zuando, nós nunca ficamos, eu gosto de homem- ela fala
- E eu sou o Batman- falo irônica
- então você deve ser, Maiara pelo amor de Deus, tu namora e eu tô ficando, mas não é com você não- ela fala séria
- eu namoro? Com quem é desde quando? E você está ficando comigo- falo brava já com aquilo
- você namora o Luís ue, desde sempre. Na verdade eu não sei né, vocês terminam e voltam toda hora. Mas eu tô ficando com um empresário, você sabe disso- ela fala
- que empresário Marília? Tá doida? Eu terminei com o Luís faz tempo, nós estamos juntas, dormimos juntas desde que começamos a turnê- digo me levantando brava
- maiara, o luis estava aí ontem, você beijou ele no palco, voltaram faz três dias aí já estava todo amor com ele até no palco. E eu estava ou estou eu não sei ainda, ficando com um empresário, o do show de ontem moreno, alto, forte.- ela fala
- você não gosta de mim? Você se declarando pra mim foi tudo um sonho? Você não me ama a muito tempo e não tem coragem de falar até eu descobrir? Você não quer arriscar nada comigo mesmo sabendo do meu medo?- digo seria, gritando praticamente
Vejo o olhar de choque na cara da Marília.
- como você sabe? Eu nunca te falei que gosto de você- ela fala com as bochechas vermelhas
- você me falou sim, admitiu quando Eu escutei seus pensamentos altos- falo
- maiara, eu... eu nunca te admiti nada- ela fala gaguejando mostrando nervosismo
- você não gosta de mim?- pergunto alto
- eu... Eu gosto... Mas... Mas... mas nunca ficaremos juntas, eu tenho medo de admitir algo por outra mulher, jamais contaria.- ela fala abaixando a cabeça
- quem fala isso sou eu, eu que tenho medo de me assumir e assumir algo com você- digo
- Não, a gente nunca teve nada, nunca dormimos juntas, nunca se quer conversamos sobre isso. Não sei nem como você sabe que eu gosto de você- ela fala mais alto
- tá bom, então eu sou louca- falo batendo o pé e sentindo lágrimas escorrendo por meu rosto.
- eu juro que não sei que sonho maluco você teve, mas nós nunca tivemos nada e nem teremos por mais que eu goste de você. Não consigo assumir nada ainda mais com você namorando aí.- ela fala com os olhos marejados
- eu não estou namorando, eu amo você. Eu sou louca, mas nem tanto. Como não quer assumir, todo mundo vai saber um dia isso- digo chorando
Meu coração estava batendo tão forte, parecia que eu ia infartar. Minhas lágrimas não paravam de escorrer. Eu estava desesperada.
- saber o que? Nós não temos nada, você está inventando tudo isso. Vai pro seu quarto por favor, não quero escândalo aqui- ela fala de levantando
- Não acredito que você está negando o nosso amor- digo ainda parada
- por favor maiara, eu nao sei do que esta falando- Marília fala com a porta aberta
Saio do quarto dela em prantos.
Sabe o que é desespero? É o que eu estou sentindo. Sem chão algum eu estou, se aquilo é uma brincadeira, é a pior que alguém poderia fazer comigo.
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Eita, fim do casal ou esse casal nunca existiu?Curtam e comentem muito.
Beijos da Gio
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O sentir é particular
FanfictionAs vezes não recebemos nada, e mesmo assim sentimos. Criamos e cultivamos algo dentro de nós. É particular porque podemos sentir de varias formas e cada um sente diferente. É no meio do nada que surge tudo. Assim como no meio de uma amizade pode s...