Opinião - Segunda Leva - #rodada04 (janeiro/2019)

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Nosso projeto visa, além do concurso, ajudar os escritores. Então aqui está uma crítica construtiva de todos os livros que estavam competindo nessa rodada. Caso não gostem, peçam para retirar a crítica e jamais levem para o pessoal. Para alguns livros, fizemos algumas sugestões. Então não se sintam ofendidos, por favor, todos tem talento, nós só queremos ajudar. Algumas das avaliações foram feitas com a união de 2 avaliadores, algumas com 1 só, mas como somos bem diferentes, algumas avaliações ficaram enormes e outras curtinhas.

Coisas importantes que em quase todas as avaliações foram citadas. Desliguem o corretor. Ele só serve para atrapalhar a escrita. Muitos errinhos de português bobos. Falta de revisão ou atenção durante a escrita. Muitos erros no uso da vírgula. Cuidado com narrador Stalker - ele pode deixar a narrativa muito chata e repetitiva. Clichê é normal em qualquer livro, mas deixar de trabalha o enredo e enriquecer a trama é o que faz toda a diferença.



FICÇÃO GERAL

Nada como uma história inteira criada para desenvolver a imaginação e até pensar como uma novela mexicana rs


Livro: Sentimentos Geográficos SarahLSKarafiol

Capa: É muito poética. Alguns elementos da história podem ser encontrados na capa, como a materialização da bússola e os gatos das personagens. As cores da aquarela são belíssimas e harmônicas ao contexto, fazendo da composição imagética um conjunto extremamente poético. As fontes usadas para o nome da autora e obra arrematam de maneira brilhante a capa.

Entretanto, as frases em verde são pequenas e difíceis de serem visualizadas. Esse é o único ponto negativo que se pode encontrar nesse quesito e que pode ser melhorado caso o tamanho da fonte seja aumentado.

Sinopse: É extremamente chamativa. O mais interessante na estrutura geral do livro é a capacidade da autora de transformar todo o contexto da obra em um poema, sendo que na sinopse não foi diferente. O texto é lindo e há, inclusive, menção a um acontecimento da narrativa, a queima dos livros de autoajuda. Nos demais sentidos, foi bem escrita e não fere os quesitos ortográficos.

Foco no Tema (Ficção Geral/LGBT): Está plenamente dentro do tema em que foi inscrita.

Ortografia: Impecável. A obra foi muito bem escrita e poucos erros podem ser encontrados. Entretanto, nesse quesito, fica clara a inclinação da autora em sua escrita. Nos capítulos em que a linguagem poética se sobressai, como os primeiros, praticamente não é possível encontrar erro algum. Porém, quando se avança no enredo, o leitor é jogado em acontecimentos tristes e capítulos um pouco mais longos. Neles, a autora demonstra, talvez, não se sentir bem em narrar conjecturas melancólicas ou sentimentais e, nesse contexto, parte da rima se perde, bem como o preciosismo no texto. Isso significa que nesses capítulos os erros são mais fáceis de serem encontrados e geralmente estão em um aposto explicativo ou em uma vírgula não pontuada. Embora não conceitue erro ortográfico, é preciso apontar nessa avaliação as facetas da escrita da autora para que até ela esteja ciente de sua evolução. Nos primeiros capítulos, a escritora faz uso preferencial e dinâmico de advérbios de longa extensão, aqueles terminados em mente. Porém, com o passar da história, esse uso diminui e quase desaparece nos capítulos de alta carga sentimental. Talvez essa seja uma atitude proposital e, assim, demonstre preparo estilístico da autora em relação ao livro. Ou, ainda, seja completar a evolução natural de sua escrita em direção a frases mais concisas e diretas.

Criatividade: Trata-se de uma obra inovadora não pelo enredo, mas pela maneira como foi construída. O livro traz a história de duas lésbicas vivendo em conjunto. Mostra os dramas, vivências, histórias, devaneios e romantismos da narradora, lembrando que a obra é um relato. Não é uma história das mais emocionantes ou criativas por esse fator, mas não chega a ser um clichê. Porém, justiça seja feita, o chamariz e diferencial da obra estão em como ela foi estruturada e em sua linguagem tão tocante. Nesse sentido, o livro é extremamente criativo e singular dentre muitos outros, quase uma verdadeira obra de arte. Ao misturar elementos da geografia como parte de um poema narrativo, a autora transformou o amor e o sentido de amar em uma estrada, não em um efeito do acaso. As análises profundas e líricas deixam o sabor de um texto bem leve e macio, trazendo sensações e emoções ao leitor muito complexas e reflexivas. Assim, pode-se dizer que a obra é uma joia da plataforma.

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