Fuga.

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A despedida da minha mãe não foi tão dramática quanto eu achei que seria. Ela partiu cedo, dando mil recomendações e deixando uns dez números de emergência diferentes. Não sabia que ela conhecia tanta gente.

Resolvo deixar minha bicicleta de lado e ir a pé até a escola, assim me daria mais tempo de pensar em como chegar em La Push. Eu deveria pedir ajuda de quem? Será que algum deles me ajudaria? Mamãe comentou que os quileutes são bem fechados com suas lendas. Como diabos eu saberia da cultura deles? Até o Google não sabe muita coisa.

Estou quase chegando na escola quando sinto a agoniante sensação de estar sendo observada. Olho atentamente pelas casas e árvores, sem achar nada realmente. Por um momento penso ter visto... Riley. Mas é como um borrão. Acaba rápido demais.

Meu coração acelera e eu aperto o passo, pisando com força no gramado da escola. Agarro as alças da mochila e olho para o chão, respirando fundo diversas vezes. Digo para mim mesma que estou bem e que hoje mesmo faria novos amigos, quem sabe assim minha cabeça voltasse ao normal. Não pode ser tão difícil. Eu já fui líder de torcida, droga! Ser comunicativa está no meu DNA, como nos filmes As Apimentadas. Ok, má comparação.

De repente meu corpo colide com uma parede. Ou pelo menos foi isso que pareceu. Com a agilidade de uma atleta que se virava nos trinta para não cair nas apresentações, consigo me recuperar em dois segundos e ainda jogo o cabelo para trás — um hábito que não me deixou.

— Ei, calma ai — uma voz masculina rouca diz, fazendo minhas bochechas corarem. Três semanas sem chamar atenção nessa escola e logo agora eu faço merda? — tudo bem?

— Sim — levanto a cabeça com coragem, mas sou desconcentrada pelo cara a minha frente — desculpa, eu estava distraída.

Ele parece ser mais velho que eu, cheio de músculos apesar do rosto jovem, cabelo preto curto e olhos castanhos expressivos. Expressivos demais. Sua feição é de completa surpresa, mas uma surpresa boa. Como alguém que ganha um presente inesperado.

— Sem problemas — ele sorri, muito mesmo, até dou um passo para trás, admirada. Ele parece radiante como o sol — sou Jacob Black e você?

Olho nervosamente ao redor, sem conseguir evitar uma careta ao ver todos nos encarando. Se antes encaravam o casal de populares intocáveis e estranhos, agora é puramente por minha causa e de Jacob. A expectativa sobre a aluna nova misteriosa e o estranho gostoso é quase palpável.

— Sarah Singer — respondo, me mantendo firme. Não vou mais ir seguindo meus dias em eterna tristeza e isolamento — é aluno novo?

Ele ri, negando. Gosto do som da sua risada. Pequenas e simples coisas que me fazem bem, é disso que eu preciso. E eu tenho um bom pressentimento sobre Jacob.

— Só visitando uma amiga, mas acho melhor eu ir antes que alguém chame a polícia — ele sobe na moto — quer vir?

— O quê? — pergunto, chocada. Parece que todos prenderam a respiração ao mesmo tempo. Com um olhar rápido, noto Isabella estática e Edward com uma alegria mal contida. Não entendo nada, mas o que me consola é que ninguém parece entender também.

— Conheço os melhores lugares de La Push. Você já foi lá? — e aqui esta minha salvação! Jacob Black é como um presente dos céus.

— Está brincando? Jacob Black, você é meu herói! — não penso muito, apenas pego o capacete que ele me estende e subo na moto, apertando bem minhas pernas nas laterais para não cair.

— Jake... — Isabella começa, mas é interrompida por Jacob.

— É tarde demais, Bells — ele diz — é ela. E nada mais importa.

Não entendo nada, mas ela parece entender. É como se tivessem esfaqueado a coitada, me fazendo olhar com pena (parece que as posições mudaram, uh?), seu rosto fica tão pálido que eu acho que ela vai desmaiar. Seu namorado olha com desagrado para ela, mas a morena nem sequer repara.

— É melhor segurar firme — Jacob avisa. Coloco as mãos no banco, entre eu e ele, o que causa risadas no quileute — em mim, Sarah. Segure-se em mim.

— Ops — murmuro, colocando as mãos ao redor da cintura dele. Torço para não ter um ataque cardíaco com a proximidade.

— Perfeito — ele finalmente da partida e por um momento tudo que vejo é poeira. Ele vai rápido demais.

— Eu não estou matando aula para morrer! — digo, me preocupando logo depois por não ter gritado. Com aquele vento em nossa cara, ele não escutaria nada.

Mas ele ri.

— Confia em mim, Sarah!

E então eu confiei.

o começo de um casal fofo & cheiroso

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o começo de um casal fofo & cheiroso. amor verdadeiro faz assim, né mores? jarah shipp do milênio e nada mais importa além da minha opinião!

comentem bastante sobre o que acharam da primeira interação do casal ♥️

haunted • twilightOnde histórias criam vida. Descubra agora