— Não queria que fosse, mas com certeza você vai estar mais segura longe daqui — mamãe me abraça pela terceira vez essa manhã.
Logo cedo fui acordada para me preparar para ser levada para casa do tio Bobby. Mamãe disse que só vou voltar quando a luta já estiver acabada. E caso ela não esteja, estou proibida de voltar.
Não pude me despedir de ninguém além dos Cullen e Riley, causando um aperto no meu coração. Como ir embora sem me despedir dos quileutes? De Jacob? E se fosse um adeus? Riles não me deixou pensar nisso por muito tempo. Ele diz que tudo vai dar certo, afinal, Victoria tem os números, mas nós temos estratégia. E um estranho entusiasma. Seres sobrenaturais tem um senso de tédio muito distorcido.
Agora estou esperando minha carona nos limites da propriedade dos Cullen. Não faço ideia de quem vem, já que mamãe disse que Bobby não é.
Um carro para a nossa frente e imediatamente reconheço as duas figuras.
— Jo? Ellen? — abraço com força a mais nova, a ouvindo rir da minha empolgação.
— Assim vai me quebrar, Sarah — reclama ela, mas continua rindo.
Abraço Ellen e Jo abraça minha mãe. Finalmente nos soltamos e eu bato palmas animada. Uma atitude bem Alice Cullen, penso comigo mesma.
— Não acredito que são vocês que vão me levar até meu tio — comento.
— As coisas estão meio paradas no bar, então quando Lisa ligou para nós pedindo ajuda, decidimos que te dar carona não iria nos atrapalhar em nada — diz Ellen.
— Já estava entediada — Jo conta — gosto de cair na estrada.
Ellen olha feio para ela, que nem liga.
— Está com uma bela encrenca em mãos — Ellen comenta com minha mãe. Me pergunto se ela sabe de algo — quer que eu... você sabe, chame alguém?
Isso me surpreende. Ela sabe? E quem poderia nos ajudar?
— Ela sabe? — pergunto a minha mãe.
— Ela sabe? — Ellen pergunta, parecendo muito surpresa.
— Não — mamãe olha para Ellen bem enfática. Então se vira para mim — divirta-se com seu tio. Não faça besteiras. Nem nada perigoso. Fique sempre perto dele. Não fale com estranhos.
— Sério? — interrompo ela indignada. Eu pareço ter seis anos?
— Encare tudo isso como férias — ela sorri e beija minha testa — e quando voltar, talvez possamos tirar férias de verdade.
— Se cuida — falo, a apreensão me tomando novamente — tenha cuidado, mãe. Sério. E me liga... qualquer coisa, qualquer coisa que acontecer.
— Eu te amo — ela me abraça novamente e eu a aperto firme.
— Eu também te amo — sussurro, beijando sua bochecha e me afastando.
Despedidas são feitas e eu coloco minha mala no carro, me jogando no banco de trás das garotas.
— Beba, querida — mamãe me entrega uma garrafinha com água, mas percebo algo se dissolver no fundo dela — vai ajudá-la. Quando acordar, já estará lá.
Eu poderia não tomar, poderia passar a viagem conversando com Jo e Ellen. Mas percebo que talvez acabasse falando demais ou só pirando com o tédio e nervosismo. Bebo tudo.
— Boa garota — mamãe sorri e acena enquanto Ellen da partida.
— Te acordamos quando chegarmos, Sadie — Jo sorri para mim e eu sorrio de volta. Senti falta dela.
Deito no banco e deixo-me ser embalada pelas músicas da rádio.
•
— Ash disse que tudo vai bem, mas eu senti ele meio bêbado — ouço Jo dizer. Me sinto nas nuvens. Será que estou escutando ela das nuvens?
— É melhor irmos logo — Ellen suspira, parecendo cansada.
— Ok, hora de acordar a Bela Adormecida — Jo sem fazer piada sobre mim não é a Jo.
Sinto alguém me balançar e fico tentada a falar "só mais dez minutinhos". Em vez disso eu esfrego bem os olhos e bocejo.— Já chegamos, querida — avisa Ellen. Assinto, me sentando e alongando. Meu corpo dói.
— Quer que a gente te leve até a casa? — Jo pergunta.
— Não precisa — sorrio — obrigada pela carona. Vejo vocês em breve.
— Tchau, Sarah — Ellen diz e Jo acena.
Saio do carro e pega minha mala no porta malas. Aperto mais minha mochila no ombro. Assisto as duas partirem, deixando apenas poeira para trás. Respiro fundo, sendo invadida por lembranças enquanto ando pelo ferro velho até a casa do Bobby. Tudo parece igual, mas ao mesmo tempo diferente. Não venho aqui desde antes da morte de Riley. Senti falta.
Deixo a minha mala na varanda e bato na porta por uns minutos.
— Tio Bobby? — grito, frustada por ter que esperar. Ele sempre muda o lugar da chave reserva escondida, então não tem como eu entrar.
Bufo e me viro, pronta para procurar entre os carros amassados. Mas levo um susto ao ver um homem parado bem atrás de mim.
Ele parece ser alguns anos mais velho que eu. Cabelo preto, lindos olhos azuis e uma expressão séria. Ele está vestindo um terno e por cima um sobretudo bege.— Quem é você? — pergunto, desconfiada.
— Castiel — e só. Ficou parado me encarando.
— Ok, Castiel... você é um cliente do Bobby? — tento.
— Não — talvez eu esteja com um pouco de medo? É, talvez.
— Um amigo?
— Não exatamente — ele tomba suavemente a cabeça para o lado, como uma criança — não estou muito familiarizado com amizade.
— Ok... — recuo alguns passos. Ele é bem estranho — você está esperando meu tio?
— Sim, ele vai chegar em um minuto — anuncia. E ele realmente chega. Fico impressionada.
— O que está fazendo aqui? — meu tio parece um pouco nervoso por Castiel está esperando por ele. Mal me olha.
— Precisamos conversar — Castiel diz, sua voz grave contrasta com sua carinha de anjo.
— Claro — meu tio rapidamente abre a porta de casa e da palmadinhas em minhas costas — vá se acomodando, querida. Seu quarto continua o mesmo.
— Ok — murmuro e aceno em despedida para Castiel, que parece estranhar o gesto, mas o imita. Parece desajeitado, mas eu sorrio em incentivo. Ele sorri de volta e é adorável.
Entro na casa que eu conheço bem, uma onda de nostalgia me atingindo. O cheiro de livros velhos toma conta do lugar, me fazendo sorrir e observar ao redor. Parece tudo igual. A TV é mais moderna, mas os móveis parecem os mesmos. Os livros espalhados, os símbolos estranhos... Eu definitivamente estou em casa.
aaaaa finalmente Supernatural foi introduzida a fic, estava ansiosa por isso. eles serão importantes mais pra frente. algum palpite?
gente o castiel é aquele da terceira, quarta temporada, ainda tentando se adaptar aos humanos e com 0 entendimento k
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haunted • twilight
FanfictionQuando Riley Biers sumiu, a vida de Sarah Singer se tornou uma confusão de dor e tristeza. Agora morando em Forks e tentando seguir com sua vida, a jovem é jogada no mundo sobrenatural, sendo assombrada pelo seu passado. ▶ Fanfic Crepúsculo. ▶ + 16...