Trégua.

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— Pronta? — Leah me pergunta, parando o carro de frente para a escola. Apesar de parecer que ela prefere a morte que isso, a morena está dirigindo o carro de Sam, já que o de Sue foi destruído na luta com os Cullen. Respiro fundo, olhando para os alunos animados no estacionamento. Hoje é começo da última semana, é claro.

— Sim  — sussurro, dando um sorriso fraco para Leah e recebendo um encorajador em resposta. Saio do carro e vou para minha primeira aula, sentindo o olhar da loba queimando nas minhas costas.

Tomo o cuidado para sempre estar cercada de pessoas. Até mesmo puxo conversa com algumas, o que não fiz desde que me mudei. Elas se surpreendem, mas parecem gostar da atenção da garota nova e misteriosa.

O intervalo é como uma tortura medieval. Sento em uma mesa vazia, mas quando vejo os Cullen vindo em minha direção, recolho tudo rapidamente e ando até a mesa mais cheia: a dos jogadores e líderes de torcida.

— Posso ficar aqui hoje? — sorrio de maneira que fazia antes.

— Claro, gata — um dos jogadores diz, sorrindo simpático. Ninguém tem nenhuma objeção.

Respiro aliviada e me sento na ponta da mesa, ladeada por dois brutamontes.

— Você era líder de torcida, não? — uma garota loira me pergunta, curiosa.

— Sim, fui por anos — continuo sorrindo, começando a comer.

— E por que não quis aqui? — uma morena questiona.

— Ah, você sabe — dou de ombros — estou quase me formando, precisava me focar nos estudos.

— Compreendo — outra morena suspira e sorri — mas seria legal você no time.

Retribuo o sorriso, ela deve ser a capitã.

— Ah! — o loiro, Mike, vem para a mesa que estamos — tudo bem, Singer? O Cullen te deixou em paz?

Sinto todos os olhares em mim agora.

— Sim — me forço a sorrir — obrigada, rapazes. Não sei o que seria de mim sem vocês — eu realmente quero revirar os olhos agora — tipo, ele está descontrolado. E eu nem entendi o por que.

— Os Cullen são assim mesmo — uma garota se mete — doidos.

— Uns esquisitões — concorda um dos jogadores que me ajudou.

— É, mas tem festa deles depois da formatura — uma loira lembra e da um sorriso malicioso — todo mundo foi convidado. Quero só ver quem vai perder essa oportunidade, tipo, do século.

Todos concordam, começando a conversar animados sobre a festa. Me limito a assentir e falar uma vez ou outra sobre roupas.

Passo o resto da semana sentando com eles. Era como uma sessão nostalgia diária.

Já em La Push, saio da casa de Sue e passo uns três dias com Embry e sua mãe. Delilah é uma mulher amoroso e cheia de energia, que trata o filho como seu bebezinho. Ela amou minha estadia na sua casa e mesmo sem saber nada (oficialmente) sobre lobos ou vampiros, ela sempre foi compreensiva. Também fez amizade com minha mãe por telefone.

Quinta foi a apresentação do meu trabalho sobre os quileutes. Me matei em frente ao notebook tentando organizar todas as informações que consegui, tentando não revelar nenhum "segredo" da tribo. Tirei A+ e impressionei o professor, já que ele era fascinado pela cultura indígena, mas os quileutes eram fechados demais para darem alguma informação para ele além das que está no Google ou livros populares.

Na sexta eu fui para casa da Emily, com a aproximação da minha formatura no domingo e a volta da minha mãe, Sam queria que nós nos preparassemos, pois o alfa estava pensando em ter uma reunião com os Cullen. Isso me deixou furiosa, então preferi sair da sala.

haunted • twilightOnde histórias criam vida. Descubra agora