Capítulo 11. Motos.

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"isa ta doida, menina" mando para Alice

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"isa ta doida, menina" mando para Alice.

O assunto Isabella está insana me tirou o sono durante a noite. Precisava compartilhar com alguém.

"O que aconteceu?" a vampira responde depressa.

"Ela está ALUCINANDO com o Edward, seu irmão deve ter o *** de ouro, só pode" mando, esperando ansiosamente a resposta.

"CHOCADA." dois minutos depois Alice manda mais mensagens "Jasper disse que isso já era esperado pois ela tinha/tem sentimentos de devoção e dependência pelo Edward. Quando ele foi embora afetou a coitada todinha e agora ela provavelmente está uma bagunça emocional" e depois de alguns segundos "Quer que eu fale com Edward?"

"nem vem, isso é contigo. não vou ficar com peso na consciência por ter que tomar essa decisão." mando e depois completo "agora tenho que ir, xoxo".

Não vejo a resposta dela, apenas guardo o celular na bolsa e saio do carro. A casa dos Black continua do mesmo jeito. Meu guarda-chuva preto é um ponto sóbrio no meio de tanto verde.

— Daphne! — Billy me chama da varanda.
Sorrio, indo até ele. Deixo meu guarda-chuva no canto e o cumprimento com um abraço.

— Como vai, Billy? — pergunto.

— Muito bem, minha senhora — desisto de repreende-lo por me chamar de senhora.

Jacob rouba minha atenção, vindo correndo na chuva em nossa direção. Seu cabelo está solto e é lindo. Ele é rápido, mal molhando as roupas.

Mordo o lábio, deliciada com a visão. Apesar de ser (tão) mais novo que eu, não consigo resistir a atração que sinto pelo Black. É algo muito forte. E eu não ligo nem um pouco em ceder.

— Oi, Jacob — falo suavemente, ganhando um sorriso simpático e bochechas coradas. Como pode ser adorável e sexy ao mesmo tempo? Ou eu que sou uma doente por gostar dele? Ugh.

— Oi, Daphne — responde — quanto tempo, uhm?

— Sim — passo as mãos pela minha calça jeans preta distraidamente — por isso vim visita-los. Como estão?

— Muito bem — Billy sorri — Jacob, por que não mostra a Daphne o carro?

— Carro? — pergunto, tentando parecer curiosa.

— É, eu estou montando um — o adolescente sorri orgulhoso.

— Impressionante — comento, encaixando meu braço no dele. Ele parece muito mais forte do que antes.

Mas antes que pudéssemos ir, o característico ronco do motor pré histórico de Bella invade o ambiente. Logo ela está estacionando ao lado do meu carro.

A morena sai e corre até a varanda, tropeçando duas vezes no caminho. Percebo a cara que ela faz ao me ver. Parece incomodada. O que ela está tentando me escondendo?

Jacob solta meu braço em uma velocidade digna das Olimpíadas. Não me importo. Já percebi que ele tem um crush na minha prima. Que não é nem três por cento correspondido...

Olho para Billy, que observa Bella com desaprovação e algo mais. Mas quando percebe que esta sendo observado sorri amplamente.

Bella finalmente me cumprimenta com um abraço, tentando parecer apenas surpresa.

— Não sabia que viria — ela comenta.

— Nem eu que você viria — viro-me para Jacob — está tentando fazer alguma coisa aqui, Black?

Ele cora imediatamente e gagueja, mas eu sorrio e bato no ombro dele amigavelmente.

— Só estou brincando — falo.

— O que te trás aqui? Está tudo bem com Charlie? — Billy pergunta a Bella.

— Sim, absolutamente. Eu só queria ver Jacob, faz uma eternidade que eu não o via.

Os olhos de Jacob brilharam com as palavras de Bella. O sorriso dele é tão grande que parecia estar machucando as bochechas dele. Por que ele não me da um sorriso assim?

Disfarço meu ciúmes com simpatia.

— Vamos todos até a garagem então — falo, segurando a mão de Bella. Esta fria demais — nossa, prima. Você está congelando!

— Deve ter sido a chuva — ela comenta, enquanto seguimos o Black.

— Jacob, o que você sabe sobre motos? — Bella pergunta depois de um tempo.

Ele levantou os ombros.

— Um pouco. Meu amigo Embry tem uma moto suja. Nós trabalhamos nela juntos às vezes. Por quê?

— Bem... — Bella torceu os lábios enquanto parecia considerar algo — Eu recentemente adquiri duas motos, e elas não estão em ótimas condições. Eu estava imaginando se você podia fazê-las andar.

— Motos? Você enlouqueceu? — me aproximo dela, raivosa. Era só o que me faltava. Pilotar em Forks é suicídio.

— Claro que não, eu só quero... algo novo — ela tenta olhar para Jacob em busca de ajuda, mas é tão patético que eu sinto raiva.

Estalo os dedos, congelando tudo, menos eu e Bella. Ela me olha impressionada.

— Que tipo de ideia estúpida é essa, Isa? — quase rosno — você é idiota ou o quê? Pare de se colocar em risco!

— O que você tem a ver com isso?  — ela tenta não parecer um filhotinho assustado — tem que parar de se meter na minha vida, Daphne!

— Eu me meto porque você está se matando, garota! Tudo por causa de um cara! Tem noção do quanto isso é doentio? Eu vou contar para o Charlie! Você precisa de ajuda! — aumento meu tom de voz, irada. Como ela pode fazer isso consigo mesma?

— Pois se você fizer — ela treme, mas mesmo assim continua falando — eu conto para todos o que você é.

É claro que a ameaça é algo como uma formiga ao lado de uma bota. Eu sou a bota. Mas mesmo assim me incomoda o fato dela ultrapassar todos os limites, até mesmo nossa amizade, por uma ideia ridícula.

— Eu posso te deixar louca agora mesmo, Isabella — sussurro, me aproximando dela. A Swan tropeça para trás e só não cai porque eu seguro seu braço. Sei que ela começa a sentir uma dor que lentamente vai aumentando, mas não diz nada, apenas me olha apavorada —  louca de verdade. Te fazer ver coisas assustadoras até sua morte. E sabe o pior? Você só vai morrer quando eu quiser que morra. Até lá vai viver atormentada por demônios que só existirão para você.

Ela começa a chorar, mas isso não me afeta. Nunca me ameace.

— Eu não vou me meter mais na sua vida, Isabella. É uma promessa — falo, largando seu braço. Ela arfa aliviada e olha atentamente, não achando nada que pudesse dizer que eu a machuquei — e vou perdoar essa bobagem de tentar me ameaçar, mas não irei esquecer. Tente novamente e eu me esqueço que te amo.

Ela assente sem me olhar. Estalo os dedos novamente Jacob começa a falar algo, mas eu o interrompo.

— Eu preciso ir — digo — nos vemos por ai.

Saio sem esperar resposta.

Dusk till Dawn | CrepúsculoOnde histórias criam vida. Descubra agora