Já é noite de sábado, e depois do acontecimento na escola Wissahickon, tudo que eu preciso nesse momento é sair. Liguei para minha mãe e contei a ela o que aconteceu, eu senti o quão triste ela ficou apenas pelo tom de voz que mudou, me senti falho no mesmo instante, conversamos sobre outros assuntos e desligamos. Desde que cheguei nessa cidade eu não sai pra conhecer a cidade, então peguei uma jaqueta, as chaves e minha carteira e fui rodar na cidade. Parei em frente um bar e sentei em uma das cadeiras do lado de dentro do estabelecimento.
- O que é, veio ser ignorante comigo aqui também?- Disse uma moça próxima a minha mesa, quando olhei era uma pessoa familiar.
- O que está fazendo essa hora aqui Emma? – perguntei
- Eu trabalho aqui, nem todos tem papai rico, então, o que vai querer?
- Um Chopp.
Ela anotou meu pedido e foi até o balcão, minutos depois ela volta com o copo e me entrega. O sabor da bebida estava horrível, era como se tivesse batido a cerveja no liquidificador pra fazer espuma e colocado no copo.
- O que achou da bebida? – Disse ela
- Achei horrível.
- São sete dólares.
- Fica com o troco. - Disse enquanto colocava uma nota de 10 na mesa.
- Volte sempre.
Levantei-me e fui para o meu carro, fiquei rodando a cidade por horas, é bem provável que eu tenha passado por cada rua, já ia da meia noite, então fui fazendo a rota indo pra casa. Estava a dois quarteirões quando vi a Emma andando pela calçada, fui andando devagar ao lado dela.
- Entra no carro, te levo pra casa.
- Não, obrigada
- Entra logo menina, está tarde.
Ela entrou e levei-a até um bairro sem calçamento, não tinha uma boa iluminação e cheirava esgoto alguns lugares.
- Para o carro, é aqui que eu moro. – disse ela abrindo a porta do carro.
- Muquifo maneiro.
- Obrigado pela carona.
- Tranquilo. – respondi e fui embora
No meio do caminho de volta pra casa eu encontrei uma boate aberta, estacionei o carro e fui até lá. Se minha mãe soubesse disso provavelmente estaria enfartando, mas quem iria contar né. Fui até o balcão e tomei algumas bebidas quentes, depois de umas quatro doses de álcool puro eu fui até a pista, comecei dançar e percebi que tinha uma garota me encarando, fui até onde estava sentada e puxei-a pra dançar.
- Ou eu bebi muito, ou você quer se aproveitar de mim. – falei próximo ao ouvido dela.
- Acho que você deve parar de beber. – respondeu com um sorriso malicioso no final
Segurei na nuca dela e comecei beija-la, depois de um tempo apareceu um cara e me deu um murro no rosto, nem tive tempo de descontar pois os seguranças do local interviram.
- Fica longe da minha namorada seu pedaço de merda. – escutei o cara gritando em meio a multidão.
Depois desse murro na cara a melhor opção é ir pra casa, já era 3:48 da manhã e estava morrendo de fome. Chegando em casa meu pai estava sentado no sofá, como se ele estivesse alí apenas me esperando chegar.
- Onde você estava?
- Na rua
- Olha a hora Jhonatan, você poderia pelo menos me manter informado.
Revirei os olhos e fui até a cozinha.
- O que foi isso no seu rosto? Quem te bateu?
- Como se você se importasse.
- Claro que eu me importo, me deixa te ajudar. – Disse ele parando na minha frente.
- Você está atrasado 8 anos Dylan, não vem querendo bancar o pai agora.
Peguei um pacote de bolacha no armário, enchi um copo de suco e fui para o quarto. Depois de comer e sem mais nada para fazer, eu tomei um banho, escovei os dentes e deitei na cama até pegar no sono.
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O INVERNO ( + 18 )
FanfictionEsta obra conta inicialmente a história de Jhon, um adolescente rebelde de 19 anos, onde ele é obrigado a morar com o pai em outra cidade depois de ser expulso do seu quarto colégio. " Posso ser fogo e te aquecer e ser frio o bastante pra te congela...