Já se passaram quase 2 horas desde que saímos de Ambler, faltava apenas uma hora até chegar em Stamford para que eu possa ver minha mãe, no meio do caminho eu percebi que a Emma desviava o olhar para mim, mas não me perguntou o motivo de estar indo ali. Chegando na cidade a gente parou em frente a um posto, pois a gasolina já estava na reserva.
- Chegamos, tem um lugar específico que queira ir? - perguntou a Emma olhando para mim.
- Hospital da cidade.
Perguntamos para o funcionário do posto e ele nos informou. Chegando lá fui até a recepcionista e perguntei em que quarto ela estava, corri até lá, quando eu a vi deitada com varios fios eu não pude conter o choro, me ajoelhei ao lado dela e segurei a sua mão, olhei para o lado e a Emma estava escorada próximo a porta.
- Essa é a minha mãe.
- Ela é muito linda. - respondeu com um sorriso sincero.
Passando uns 30 minta que estávamos ali o aparelho dela começou apitar muito rápido, varias enfermeiras começaram entrar muito rápido, eu estava sem entender nada, fiquei avulso a cada minuto, senti alguém segurando minha mão, era Emma.
- hora da morte 13: 23
- Eu sinto muito, fizemos todo possível. - disse um médico que havia chegado.
Eu senti como se meu chão estivesse desaparecido, eu não estava conseguindo acreditar no que estava acontecendo.
- Mãe, mãe, acorda por favor, mãe. - disse enquanto deitava próximo a ela. - Fiquei deitada ao lado dela por tanto tempo que acabei pegando no sono, acordei com a Emma me chamando.
- Ficou ai esse tempo todo? - perguntei
- Sim, estava mandando mensagem para meu chefe, disse que não iria hoje.
- Desculpa.
- Não tem que se desculpar por nada. - respondeu
Passando alguns minutos o médico chegou ao quarto e disse que a gente precisaria entrar com os papéis para retirar o corpo, liguei para meu pai e disse o que aconteceu, como só tinha eu e minha mãe, decidir enterra-lá onde estou morando, pois vou poder visitá-la. Avisei a enfermeira e dei todas as informações, ela disse que poderíamos voltar que o pessoal iria levar o corpo até lá. Dei um último abraço na minha mãe e me despedi.
- Vamos? - chamei a Emma
- Sabe, estou com um pouco de fome, vamos parar em uma lanchonete? - Emma perguntou.
- Sim, claro.
Pedimos informação e fomos até um restaurante, terminamos de comer e ficamos conversando lá, por uma fração de segundos meu pensamento saiu da morte da minha mãe, me senti bem por minutos, depois tudo voltou à tona. A hora foi passando que até o dono do restaurante disse que precisaria fechar o estabelecimento, então ficamos rodando a cidade e por um tempo e paramos em frente a um hotel. Nós decidimos dormir por aqui e amanhã cedo iríamos pegar estrada.
- Dois quartos para um, por favor. - pedi a recepcionista.
- Dois para um não estou tendo, só tenho vaga em um quarto para casal.
- Pra mim não tem problema. - disse a Emma
Peguei a chave e subimos até o décimo terceiro andar, o quarto era lindo, tinha uma vista maravilhosa.
- Vou tomar um banho. - disse a Emma
Fiquei ali na varanda do quarto, olhando para cidade, olhando os carros passando, prestando atenção em cada detalhe, tudo é tão monótono que não damos valor a nada, em uma hora temos e no outro acaba. Comecei lembrar de momentos com a minha mãe e ri sozinho de algumas coisas. Mandei mensagem para meu pai dizendo que passaria a noite aqui, pois estava tarde, ele achou uma ótima ideia.
- Terminei, se quiser pode ir. - disse a Emma só de roupão.
- A gente não trouxe roupa né, vamos ter que vestir a mesma.
- Sim, por isso vou dormir de roupão
Fui tomar o banho, assim que terminei notei que a Emma estava deitada no sofá que tem dentro no quarto.
- Pode dormir na cama, eu fico aí.
- Fica tranquilo, gosto de dormir no sofá
- Então nós dois vamos dormir na cama, eu não mordo e acho que você também não.
Ela concordou, desliguei a luz do quarto e deitamos, ela ficou de costa para mim, comecei reparar no seu cabelo loiro, tão loiro que chega quase ser branco. Levei minha mão até perto, porém não toquei, virei para o outro lado e fui dormi.
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O INVERNO ( + 18 )
FanfictionEsta obra conta inicialmente a história de Jhon, um adolescente rebelde de 19 anos, onde ele é obrigado a morar com o pai em outra cidade depois de ser expulso do seu quarto colégio. " Posso ser fogo e te aquecer e ser frio o bastante pra te congela...