Acordei meio perdido, tomei um susto, pois achei que tinha perdido a aula do dia seguinte, acordei todo molhado de suor, o que é muito estranho pois eu estava sentido muito frio, escutei a dona Rosa entrando na sala.
- O que foi meu filho? - disse ela sentando ao meu lado.
- Nada Rosinha, só estou suando e sentindo frio.
Ela levou a mão até a minha testa e disse que eu estava com febre, logo em seguida foi até a cozinha. Eu me levantei e fui tomar um banho para ver se a febre passava. A ultima vez que eu fiquei doente eu era uma criança, dificilmente eu fico assim, talvez seja o frio extremo da cidade.
- Filho, toma aqui. escutei a dona Rosa do outro lado da porta.
- O que é isso?
- É um cházinho, bebe tudo viu.
O chá era horrivel, amargo e parecia que eu estava mastigando um pedaço da morte. Tomei tudo e agradeci a Rosinha, logo depois fui tomar um banho. A agua chega estava saindo fumaça de tão quente, e mesmo assim meu corpo sentia frio. Terminei o banho, vesti um moletom, deitei na cama e fui mexer no celular.
- Se sente melhor? ( Emma ) - via sms - 18:12
- Me sinto adorável. rsrs ( Jhon ) - via sms - 00-08
Poderia puxar assunto, mas provavelmente ela está trabalhando e eu não quero atrapalhar, já que ela faltou alguns dias por minha causa. No dia seguinte eu encontrei o meu pai pouco tempo antes de ir para a escola, ele estava comendo torradas e tomando um café preto, a Rosinha estava fazendo companhia a ele.
- Bom dia. - disse enquanto pegava um pouco de café
- Bom dia filhão.
- Bom dia, senta aqui, come alguma coisa. - disse a dona Rosa
- Só porque não posso recusar um pedido seu Rosinha.
No mesmo instante que eu me sentei o meu pai teve que ir para o trabalho, não demorei muito e tive que ir para escola também. Chegando lá eu notei que a Emma não tinha chegado, ela nunca se atrasa, tentei mandar mensagem durante a aula e o professor acabou tomando meu celular e deixando em cima da mesa, fiquei sem ele até o final da ultima aula. Quando bateu o ultimo sino eu peguei o carro e fui até a casa dela, eu só fui uma vez, mas como é uma cidade pequena então é praticamente impossivel eu me perder. Cheguei em frente a casa, sai do carro e bati na porta.
- O que você quer? - disse uma mulher que havia saido de dentro da casa
- A Emma está?
- Ela está ocupada. - Respondeu e bateu a porta na minha cara.
Eu estava voltando para o carro quando a porta se abriu novamente, quando olhei era a Emma, ela estava secando as mãos, como se tivesse mexendo com água a muito tempo, pois os dedos estavam enrugados.
- Fiquei preocupado.
- Sem motivos. rsrs
- Você nunca faltou uma aula, tem certeza que é sem motivos?
- Bom, vou ficar sem ir por uns dias, preciso de mais dinheiro, então eu preciso trabalhar mais.
- De quanto precisa? - falei pegando a carteira do bolso.
Acho que ela se sentiu ofendida, pois revirou os olhos e fechou a porta, não foi minha intenção, mas acho melhor não falar mais nada para não piorar a situação, entrei no carro e fui no bar onde ela trabalha, procurei o dono e fui conversar com ele, ele estava disposto a vender e meu sonho sempre foi ter um bar. Aumentei o salário da Emma sem ela precisar cumprir hora extra, mas claramente ela não sabe de nada disso.
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O INVERNO ( + 18 )
FanfictionEsta obra conta inicialmente a história de Jhon, um adolescente rebelde de 19 anos, onde ele é obrigado a morar com o pai em outra cidade depois de ser expulso do seu quarto colégio. " Posso ser fogo e te aquecer e ser frio o bastante pra te congela...