O ARREPENDIMENTO

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As férias de verão estavam se aproximando, desde o último incidente a Emma não falava mais comigo, como eu poderia culpa-la, fui uma criança na hora de lidar com meus erros, se ela soubesse o quanto me arrependo eu tenho certeza que ela me perdoaria. É quinta-feira, falta só mais um dia para as férias, tem que ser hoje.

- Emma, será que a gente pode conversar?

- Estou ocupada Jhonatan

- Eu espero.

Ela revirou os olhos e parou na minha frente

- O que você quer?

- Bom, olha, eu sei que eu errei, por favor me desculpe.

- Era isso? Depois de todos esses dias isso foi a melhor coisa a dizer? Se duvidar até um urso de pelúcia fala essa frase. – Ela terminou de falar, pegou a bolsa e saiu da sala.

Peguei o carro e fui até o cemitério. " Mãe, não sei se pode me ouvir, mas estou desesperado, eu errei com a pessoa que me apoiou quando eu mais precisei, não queria magoá-la e parece que foi exatamente isso que eu fiz, como eu posso mudar isso, o que eu devo fazer, por favor mãe, me ajude."

- Olha só, se não é o órfão de mãe

Olhei em minha volta e estava cercado por garotos, eu conhecia apenas um deles, tive uma "briga" na escola com ele.

- Aqui não tem professor pra te salvar playboy

- Bom, esses seguranças ai é pra salvar você então?

Todos vieram pra cima de mim, alguns deles estavam com taco de beisebol, levei uma pancada na cabeça que minha visão ficou toda turva, cai no chão e eles não paravam de me chutar, até que escutaram a sirene da policia, então correram, o que me ajudou bastante, já que chamou a atenção da policia, se não fosse eles, eu não iria conseguir me levantar do chão. Eu adormeci assim que avistei eles vindo em minha direção. Acordei doze horas depois no hospital local, meu pai estava sentado em uma cadeira próximo a cama com a cabeça baixa.

- Oi. – disse

- Ai meu Deus, graças a Deus. – Ele terminou a frase e começou chorar. Depois me explicou que a pancada na minha cabeça foi tão forte que precisei fazer uma neurocirurgia de emergência.

- Os médicos falaram que você poderia não acordar, então sentei aqui e implorei a Deus que me desse outra chance de ser pai, parece que ele ouviu as minhas preces.

Minha cabeça estava doendo tanto que eu mal conseguia fazer alguma expressão facial, mas meus olhos sorriram ao olhar para a porta e ver uma bela mulher ali parada.

- Como você está?

- Precisei quase morrer pra você vir falar comigo, Emma?

- Vê se não faz isso de novo

Ela se aproximou de mim e me deu um selinho, meu pai foi saindo de finhinho pra deixar nós dois a sós. Ela se deitou ao meu lado, no mesmo leito que o meu e ficamos ali, deitados e calados, como se tudo entre nós tivesse se resolvido. Acabei pegando no sono, quando acordei ela já não estava mais lá.

- Oi meu filho.

- Oi rosinha

- Quer me matar do coração?

Antes que eu pudesse responder meu pai entrou no meu quarto.

- Filho, os policiais querem que você diga quem fez isso contigo.

- Não vou fazer denúncia

- Filho..

- Eu disse que não. Me deixe sozinho

Ele saiu e a dona rosa acabou saindo também.

O INVERNO ( + 18  )Onde histórias criam vida. Descubra agora