A União

Capítulo 10

Maiko pega suas coisas e as coloca dentro de uma pequena bolsa que se encontra do lado de sua perna.

- Pronto.- Ela diz sozinha, então sai pela porta dos fundos. Seguindo para o sul, e também sendo observada por grandes olhos atentos. A sua missão era clara, sem grandes conflitos, sem chamar a atenção, somente trazer informações.

FLASHBACK ON

As crianças já haviam adormecido, ficando somente Maiko e Sasuke acordados. Com esta oportunidade podiam conversar.

- Bom, o que tem a tratar comigo?- A jovem se senta.

- Preciso que vá até as proximidades do território de Hideki e traga informações.- Sasuke é claro em seu pedido.

- Por que eu?- Maiko pergunta com tom de reprovação.

- Porque Otsutsukis podem sentir a presença de chakras desconhecidos, porém seus semelhantes podem se camuflar.- Sasuke diz calmo como sempre.

- Mas...

- Sim, eu sei. Você não é uma Otsutsukis e nem ele, mas os dois possuem o poder deles. Isso já é o suficiente para nos dar uma vantagem.- Maiko começa a entender o grau de importância daquele pedido.- Não temos muito tempo, precisamos acabar com isso tudo o quanto antes.

- Está bem.

FLASHBACK OFF

Maiko se esgueirou dentre as árvores, para não fazer barulho e não chamar a atenção. E sentinelas em toda parte, o som de pessoas pedindo socorro e  misericórdia podiam ser escutados do outro lado dos muros, o coração de Maiko se encheu de agonia, mas ela precisava continuar com sua missão.

- Vamos seus vermes miseráveis.- Uma voz rígida e estridente é escutada, em seguida o som de chicotes acompanhado de gritos de dor. Maiko procura uma lugar para entrar, só que não foi possível e achou melhor não tentar.

Ela já tinha uma quantidade suficiente de informações, e se tentasse mais alguma coisa ela seria descoberta. Então, ela voltou para a aldeia. No caminho de volta, ela tomou o mesmo cuidado de quando estava indo.

............-×-.............

Todos estavam em posição, com bastões em mãos separados por tamanho. Avisados de que não teriam descanso, não seriam treinados com piedade. Como ensinar jutsus para eles levaria um tempo relativamente longo, Sasuke preferiu nem tocar no assunto. Pois, tempo era a coisa que eles menos possuíam. Já haviam se passado dois dias, e nada. Aquilo queimava Sasuke por dentro, o desespero era certo, mas a tranquilidade teria que vencer.

Ele estava no alto de um pequeno barranco, observando todo o treinamento lá embaixo. Pessoas duelando, seus filhos ensinando os outros pré adolescentes em movimentos sincronizados. Até que Maiko surge atrás dele, aparentando certo cansaço e um fio de preocupação.

- O que houve? - Sasuke pergunta sem alterar sua postura ou semblante.

- Nada. Tudo ocorreu como planejado.- Maiko prefere manter sua posição nas sombras.

- Então? - Sasuke espera pelo relatório falado da missão. Ao longe, três pares de olhos estavam voltados para aquela direção. Katsuo, Sarada e Takato se encontravam em uma situação de plena confusão, mas nenhum deles iria se aproximar para perguntar ou tentar ouvir algo.- Certo, certo. Precisamos nos apressar.

E os dias se passaram, lentos e exaustivos. Os aldeões estavam com uma mistura de satisfação pelos treinos e de medo da batalha. Não queriam morrer, pois queriam viver junto de suas famílias por muito mais tempo. Ver a transição das estações, o que intrigou fervorosamente a família Uchiha e Maiko.

- Eles tem estações a cada dois meses?!- Takato pergunta se forma alarmante para a irmã.

- Shiu!- Sarada ordena, quando percebe que estavam olhando.- Sim, e não se esqueça de que "vivemos" aqui.

- Não entendo.- Ele abre um enorme sorriso.- Mas, acho interessante. Quero estar aqui quando acontecer.

- Estaremos. - Sarada diz com firmeza. O treino do dia tem continuidade.

............-×-............

- E as tropas? - Hideki pergunta ao seu capitão, olhando para o movimento de pessoas no terreno abaixo da sacada do castelo, construído as pressas, mas com um exímio cuidado.

- Estamos com cerca de setenta por cento delas completamente preparadas, em relação a treino e armamento.- O capitão é rápido em suas informações.

- Ótimo.- Hideki se vira e volta para a sala do trono. Ao se sentar, encosta a cabeça no trono e a ergue rumo ao teto, que tem uma espécie de mapa lunar desenhado e com a última Lua destacada com uma luz com cores brancas e amarelas ao seu redor.- Estamos quase lá.

Os dois lados se preparam para uma árdua batalha,  e na vila, os habitantes precisam saber lidar com a dor para que possam seguir em frente.

Alguém bate a porta da cabana, já era tarde e como Sasuke era o único acordado foi ele quem atendeu. Para sua surpresa, era a avó de Katsuo.

- Desculpe incomodar a esta hora, mas será que podemos conversar.- A senhora é direta no quer, o que faz Sasuke se surpreender.

- Claro.- Ele responde de forma calma, mesmo estando confuso por dentro. Os dois saem, e Maiko que acabara de levantar para tomar água estranha aquele convite.

A manhã logo vem, e o treinamento é retomado. Katsuo estava se divertindo em seu treinamento, por ver a sua evolução e a do seu povo. Até que uma moça veio correndo em sua direção.

- Senhor Katsuo! Senhor Katsuo!- Ela grita e quase cai.

- O que foi? - Ele a segura pelos ombros.

- A sua avó - a mulher faz uma pausa para respirar.

- O que tem ela? - Katsuo a sacode, mas não aguentou esperar a resposta, saiu correndo e foi para sua casa. Maiko vendo aquela situação, se vira para Sasuke e pergunta.

- Por acaso você sabe alguma coisa sobre o que aconteceu com ela? - A resposta que Sasuke dá para Maiko é apenas um silêncio massacrante, não aceitando aquilo ela vai atrás de Katsuo.

Momentos depois, vem a trágica notícia. Naquela linda manhã, a senhora Akemi falece diante do neto. O resto do dia se tornou cinzento e triste, algumas pessoas choravam pelos cantos e outras se faziam de forte para não desabar de vez. Murmúrios de tristeza era escutados em  todo lado.

Foram dias desta forma, até que Sasuke, preocupado com o tempo gasto, decide tomar uma atitude.