Katsuo fitou aquela cena, se sentindo um pouco deslocado. Era a primeira vez que estava na presença de sua verdadeira família, mas já se sentia tão acolhido, não sabia explicar.
- Akihiko, também estou feliz em te ver novamente.- Harumi diz.
- Como cheguei até aqui?- Ahikiko a solta.
- Eu tentei trazê-lo de volta, mas isso iria contra as regras. A porta só seria aberta quando verdadeiro herideiro regressasse - ela dá visão para Katsuo.- E ele regressou.
- Nosso filho?- Akihiko não entende de imediato.- N-nosso filho.- Harumi sorri, com os olhos marejados.- Você se tornou um grande homem, não é mesmo?- Katsuo não sabia o que responder.
- Pois é.- Harumi diz.- E poderemos ficar com ele, por mais cem luas cheias.- Os dois a olham.- Sim, a minha mãe me disse que não daria pra irmos todos, pois nós dois estamos com assuntos pendentes, e quando eles se resolvessem a lua já não estaria no período correto.- Akihiko iria comemorar, mas o semblante sério de sua esposa não permitiu que o fizesse.- Estou com tanto medo por você, meu filho.
- Não precisa ficar assim minha mãe, vai dar tudo certo.- Katsuo a abraça.
- Claro que vai.- De repente, Akihiko se contorce de dor.- O que está havendo?
- É este lugar, sugando para si aquilo que lhe foi dado pelo meu tio. Somente desta forma, podermos ficar juntos.- Harumi se compadecia da dor do marido, porém era impotente na questão de ajudá-lo. Katsuo ficou confuso com o que estava acontecendo, e ficou preocupado quando pai parou de se mexer.
- Ele morreu?- Katsuo sentia suas forças se esvair de seu corpo imóvel.
- Não.- Harumi se senta e põe a cabeça de Akihiko sobre seu colo, com o rosto virado para cima.- Só desmaiou.- Katsuo estava mais perdido do que tudo, com seu corpo recebendo doses alarmantes de adrenalina a cada segundo que se passa. Não sabia quando e de onde viria uma nova surpresa. Novamente ele se senta, e a mãe fitava o rosto do marido.- Ela gosta de você.- Katsuo fixa seus olhos em Harumi, e sente seu coração disparar a mil.
- Q-quem?- Ele tenta disfarçar e Harumi sorri, olhando para ele agora.
- Que bom que é recíproco.- Ela volta seu olhar para o horizonte.- Não fique chateado se ela disser que gosta do seu pai, pois ela tem tanta gratidão por ele que acabou a confundindo com amor. Akihiko foi como um pai para ela, um pai que Hideki nunca conseguiu ser, porque teve este direito roubado dele.- Katsuo sentiu outra onde de adrenalina, agora mais forte, tão forte que chegou a deixá-lo tonto.
- Será que dá para parar com os enigmas, mais uma surpresa e eu acho que vou desmaiar.- Ele sacode a cabeça, enquanto Harumi ri alto olhando para o filho novamente.
- Eu sei, eu sei. Mas, é o que temos para o momento.- Harumi continua olhando para ele.- Você adquiriu muita responsabilidade me pouco tempo, mas não esta sozinho. Neste momento, meu tio esta contando tudo para a jovem garota. Os dois poderão dar suporte um ao outro.- Katsuo a olha, com as bochechas levemente coradas.- É tão lindo ver um amor florecer em meio a tantas responsabilidades, faz com que ele nasça forte e capaz de suportar todos os problemas.
- Acredita mesmo?- Katsuo sentiu um fio de esperança nascer em seu coração.
- Sem dúvida.- Harumi sorri ternamente.- Uma última coisa - ele se atenta as palavras dela.- Você agora tem a força que acabará com este ciclo de sofrimento, não tenha medo de usá-la. E use seu senso de justiça em prol do que acredita ser realmente certo.- Antes que Katsuo pudesse dizer alguma coisa, a imagem de sua mãe se tornou turva, e aos poucos foi desaparecendo.
Quando acordou de seu transe, percebeu que havia o corpo de um homem deitado sobre o gramado do lugar. Era seu pai, que havia devolvido ao lugar o que tinha pegado. Havia deixado Maiko com o tio de sua mãe, agora só estava o homem segurando o pequenino dorminhoco em seus braços.
- Ela está la fora, na sacada oeste do castelo. No quarto que era de seu pai.- Hiroshi diz calmamente, e Katsuo sai correndo atrás dela.
Foi um tanto difícil encontrar o lugar, mas ele encontrou e teve a visão de Maiko de olhos fechados, sentindo a brisa fresca que batia em seu rosto, fazendo voar alguns poucos fios de cabelo. De início ele pareceu retraído, não queria dizer nada errado, mas precisava saber se ela estava disposta a ajudá-lo.
- Você vai matá-lo?- Perguntou Maiko subtamente.
- Não.- Katsuo responde firme, mas com peso no coração só de imaginar a possibilidade. Os dois sabiam que naquele momento só precisavam do silêncio um do outro, não havia muita coisa a ser feita. Coisas importantes foram postas em suas mãos, e eram jovens demais para poderem assimilar tudo de imediato. Ficaram ali, por um tempo admirando o pôr do sol.- Já é noite?- Katsuo pergunta alarmado.
- Não se preocupe.- Hiroshi os assusta.- Dei um jeito para que o tempo aqui passasse em uma velocidade diferenete do lado de fora da barreira, enquanto aqui já se passou um dia inteiro, lá fora não se passaram mais do que alguns segundos.
- Mas, por que fez isso?- Maiko finalmente diz alguma coisa.
- Ora pois, os dois precisam saber mais sobre suas respectivas habilidades. Ou acharam que era só um banho de informações iam deixá-los prontos para a batalha?- Hiroshi se vira para sair, foi quando Maiko percebeu uma coisa.
- Mas, o bebê não vai sofrer com esta alteração temporal?- Ela o segue.
- Não, pois ele não esta mais aqui. Mandei ele para sua terra, esta com uma tal de Tsunade, se não me engano. Ela disse que cuidaria bem dele.- Ele baixa a cabeça.- Nunca ouviu a voz da mãe, isso enche meu coração de tristeza.- Ele murmura baixinho. Os dois que viam atrás acharam melhor presar pelo silêncio.
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A União
FanficA família Uchiha se deparam com a possibilidade de Sakura nunca mais voltar. Mas, graças a acontecimentos do passado esta horrível realidade pode desaparecer de vez. Eles embarcam na grande missão de suas vidas, a de salvar a mulher mais importante...