A União

Capítulo 11

Sasuke foi rumo a porta para sair e resolver aquela situação.

- Ele vai estar no campo nos limites da cidade no lado leste.- Maiko diz e logo some novamente dentro da cabana. E foi para onde Sasuke foi, e viu lá o jovem rapaz sentado na encosta do campo, olhando para o horizonte ensolarado.

Sasuke procurou em seu coração toda a calma e gentileza que havia perdido, e para facilitar, imaginou que estaria conversando com um de seus filhos. Devagar ele se aproxima.

- Este lugar é realmente lindo.- O sentimento de vergonha veio com força para Sasuke, mas ele tentou ignorar e seguir em frente. Ele não obteve resposta.- Sinto muito pela sua avó, mas - ele busca as palavras.- Não pedirei que a esqueça...- As palavras sumiram de sua menta como sendo vento as tivesse levado. Uma leve brisa com frescor de cereja bate em seu rosto, e vem a imagem de Sakura em sua mente.-" Diga o que sente."- Sasuke se lembra do dia em que Sakura o aconselhou para que conseguisse se desculpar com Sarada, em um momento de raiva da garota.- Acho que - ele se aproxima de Katsuo.- Não vai adiantar eu dizer nada mesmo. Então, ficarei aqui. Porque quando aconteceu isso comigo, ninguém estava ao meu lado.- Katsuo se surpreende com a declaração de Sasuke e de certa forma, sentiu um alívio em seu coração.

- Já aconteceu isso com você? - Katsuo finalmente fala.

- Sim, mas não foi tão natural como aconteceu com você, pode se dizer assim.- Sasuke sente seu coração pesar.- A sua avó lhe falou alguma coisa?

- Sim.- Sasuke para de respirar por alguns segundos.

- O que ela disse? - Sasuke fala de forma firme.

- Que você me contaria uma história.- Katsuo olha para Sasuke, que está com um semblante preocupado.- Não entendi muito bem, mas nem tive cabeça para ir atrás de você para saber do que se tratava.

- Acho que isso  muda um pouco as coisas.- Sasuke diz preocupado.- Começando pela verdade, eu não moro aqui e nem sabia da existência deste lugar.- Katsuo não sabe se fica surpreso ou com medo.- Mas, não se preocupe, não estamos a mando de ninguém a não ser de nós mesmos. A um tempo atrás a minha esposa foi sequestrada, de certa forma, vindo para cá. Em específico, para aquele castelo.- Ele olha para trás, vendo as ruínas do lugar.

- Sim, houve alguma espécie de batalha lá dentro que balançou a terra. Ficamos preocupados pensando que era uma jogo ataque.- Katsuo se lembra do dia.

- Pois bem.- Sasuke prossegue.- Ela estava servindo de receptáculo para um grande poder, e o homem que morava naquele castelo queria este poder.

- Não estou entendendo. O que isso tem a ver comigo ou a minha avó?

- Creio que terei de contar realmente do início.- Sasuke se senta.- Um dia acabou a água na casa de uma aldeã da sua vila, a cerca de dezoito anos atrás. Já era noite, mas o rio era próximo a sua casa. Mal sabia ela que acima, no castelo estava havendo um terrível ataque. Quando chegou no rio, pode ver uma mulher desmaiada no leito do rio. Ela ajudou a mulher, que lhe entregou um bebê e simplesmente disse para que ela corresse. E foi o que a mulher fez, correu e não olhou para trás. A única coisa que soube é que uma pessoa gritou de dor.

- Eu...

- O bebê é você, a mulher no leito do rio é sua mãe e...

- A que pegou o bebê era a minha avó.- Katsuo começa a chorar.- Por que ela escondeu isso de mim por tanto tempo?

- Acho que vou te levar a outro lugar.- Sasuke se lembra de uma coisa.- A sua avó te deu uma coisa?- Em silêncio ele tira um pedaço de uma colar de dentro da blusa.- Ótimo. Então, eu estava certo. Agora vamos, antes que aconteça algo a você.

Sasuke se levanta em um sobressalto, Katsuo se levanta também. Os dois vão para a cabana de Sasuke.

- Maiko, Sarada e Takato.- Sasuke entra rápido no lugar.

- Oi? - Takato aparece.

- O que foi?- Sarada se preocupa. Maiko foi a única a permanecer em silêncio.

- Não tenho tempo para explicar. Maiko...

- Sim.- Ela se levanta e vai já direção de Katsuo.

- Ótimo.- Sasuke abre um portal.- Vão.- Maiko pega o pulso de Katsuo e o leva portal a dentro.- Sarada e Takato, já conseguiram o que pedi?- Os balançam a cabeça concordando.- É hora de por o plano em ação.

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- Senhor, inimigo começou a se mover. Não sabemos o que estão planejando. Mas, nosso informante já está no encalço deles.- Um soldado repassa as informações.

- Ajeitem as tropas, quero todos preparados.- Hideki da as costas e segue para os seus aposentos.

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- O que ele vai fazer lá? - A moça que avisou Katsuo sobre sua avó pensa em um canto da cidade, após vê-lo entrando na cabana de Sasuke.

- Ei Yome, vamos. O líder vai dar um aviso.- Uma outra moça a chama, o que a faz ficar surpresa. As duas seguem para a praça central, onde todos os avisos são dados. Havia menos da metade da cidade ali.

- Cadê o resto das pessoas? - Ela sussurra para a amiga, que fica calada. Katsuo surge no alto do pequeno morro e ergue a mão para que façam silêncio, e todos se calam.

- Como sabem a minha avó faleceu a alguns dias.- Ele segura as lágrimas.- E até onde todos sabem, ela morreu por causas naturais.- Yome engole em seco.- Bem, era o que eu pensava também.- Ela tenta sair dali, só que Sarada estava atrás dela, Takato a sua esquerda e a moça que a chamou segurava seu braço. A pequena multidão que estava a sua frente abre um corredor, onde no fim estava ela.- E lhes apresento a culpada deste crime. A mulher que acompanhou a minha avó nestes últimos três anos, e minha avó mal sabia que estava sendo envenenada aos poucos. Agora lhes pergunto, o porquê de tudo isso?

- Eu estava seguindo ordens.- Ela se debate.- Ordens! Se não fizesse isso, eles iriam matar o meu filho. Por favor...- De repente, ela foi atingida com uma flecha no coração. A flecha saiu de dentro das árvores. As pessoas começaram a correr desesperadas, ficando apenas Katsuo, as crianças e o cadáver. Maiko ia atrás do assassino, mas foi parada por Sasuke.

- Aconteceu do jeito que havia planejado.- Sasuke diz friamente.- Agora as coisas seguirão seu curso.

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O assassino volta para o castelo de Hideki. Dando as informações de que a traidora estava eliminada, e que o inimigo se preparava para a batalha.

- Vamos acabar logo com isso.- Hideki vai até a janela que da vista para o pátio.- Quero todos os batalhões em ordem, partiremos em cinco minutos. Deixem o líder deles vivo, quanto ao resto, matem.- E uma chuva de gritos e grunhidos banha o lugar.

Os dois lados se preparam para a batalha. Será um árduo caminho até a vitória, somente um vencedor, com o peso nas costas pelos soldados mortos em batalha que se dedicaram para conseguirem a vitória.