A União

Capítulo 1

Flash Back On

- Sakura está em um sono profundo. por sorte você trouxe a tempo, caso contrário...- Shizune faz uma pausa com um semblante de tristeza.- Enfim, não sabemos como fazê-la acordar. Até onde sabemos ela está sob uma forte energia, que a qualquer tentativa de extração o resultado é um efeito colateral negativo em Sakura.

- Ou seja, você não podem tirá-la deste estado.- Sasuke diz parecendo sério, mas com o coração menor do que um grão de areia.

- Até então, não temos nada. Mas, não precisa se preocupar, estamos estudando todas as possibilidades possíveis para trazê-la de volta.- Shizune tenta tranquilizá-lo.

- É melhor não contar nada para as crianças no momento. Não quero preocupá-las. SE perguntarem alguma coisa, não diga nada.- Sasuke adverte.

- Por que não dá um tempo de tudo isso. Desde que voltaram, você tem vindo aqui todos os dias para vê-la.- Sasuke se espanta, pois achava que ninguém soubesse disso. Shizune percebe, mas não diz nada e continua.- Eu possuo uma casa no interior, ela não fica muito longe daqui. Seria um bom lugar para você e as crianças passarem um tempo longe de tudo isso.

- Não posso abandonar minha esposa num momento desses.- Sasuke diz com certa indignação.

- Não pense assim. Querendo ou não, você não tem muitos recursos para ajudá-la aqui e agora. Se não se desligar um pouco, a aflição e o cansaço vão te consumir. E neste momento você não pode ficar doente, pois tem três filhos que precisam de você.- Ela diz isso se referindo as profundas olheiras que surgiram gradativamente no rosto pálido de Sasuke, cada vez que ela o via.- Deixe me adivinhar, você não está comendo ou dormindo direito, não é?

- Sarada lhe contou.- Ele diz com um leve sorriso no rosto e Shizune acena a cabeça.

- Esta garota está dando tudo de si para ser forte, por você, Takato e o bebê. Mas, nos dois sabemos que isso não é apropriado para uma menina que está entrando na fase de pré-adolescência. Então, aceite minha proposta.

Flash Back Off

Era manhã, por volta de sete horas. Sasuke não havia dormido um segundo sequer, durante a noite passada. Estava pensando no que Shizune lhe disse, e tinha tomado sua decisão. O bebê começa a chorar, e aquilo o impulsionou a levantar.

- Ok, ok. Já estou indo, não precisa se desesperar.- Sasuke diz de uma forma preguiçosa e se arrasta até o berço. Pega seu filho no colo e o leva para o banheiro, ele ainda estava chorando.- Vamos, não precisa chorar tanto. Só me deixe escovar os dentes.- Ao colocá-lo de frente para o espelho, ele se cala instantâneamente.- Vai ser rápido, prometo.- Sasuke agilmente pega a escova e o creme dental, e começa o processo de escovação. O bebê dá indício que irá começar a chorar novamente, e Sasuke mais do que depressa dá uma escova de cabelo para o filho, que logo fica satisfeito.- Preciso comprar brinquedos para ele.- Sasuke conclui, fazendo uma expressão de cansaço.

Depois, de mais alguns minutos ele termina de escovar os dentes. Por incrível que pareça, o bebê gostou tanto do "brinquedinho" que até deixou Sasuke se trocar. Ele o pega e leva para cozinha, como de costume, Sarada já estava acordada e com a mamadeira do bebê pronta.

-Bom dia pai.- Ela diz sorridente.

- Bom dia.- Sasuke diz dando um leve bocejo.- Obrigado.- Ele diz pegando a mamadeira.- Onde está seu irmão? Preciso falar com vocês.

- Eles está...- Ela fica um pouco apavorada.- No quarto, acho que dormindo.- Não acreditando na resposta dada pela filha, Sasuke dá meia volta e vai até o quarto de Takato, que não estava lá. Sasuke volta para a cozinha e dá de cara com Sarada roendo as unhas.

- Ok, agora me diga onde ele realmente está.- Sasuke diz indo se sentar a mesa, e coloca o bebê em sua cadeirinha próxima a mesa, aquela altura ele já havia bebido todo o leite e já começava a se distrair com um pedaço de maçã que Sasuke deu para ele comer.

- Fui ver a mamãe.- Takato responde, surgindo as costas de Sasuke, passando pela porta da cozinha.

- Como ela está? - Sarada pergunta prontamente.

- Do mesmo jeito.- Takato responde desanimado e um pouco triste.

- Sentem-se.- Sasuke ordena, e os dois obedecem mais que depressa.- Shizune disse, que eles não sabem como tirar a mãe de vocês daquele estado. Toda vez que tentam, algo de ruim acontece com Sakura.- Os dois se surpreendem e Sarada começa a chorar.

- Por não disse isso antes? - Takato diz em tom de revolta e com voz de choro.

- Não adiantaria de coisa alguma. Ninguém pode ajudar a mãe de vocês no momento, a nossa única escolha é esperar.- Sasuke tenta dizer tudo o quer da forma mais suave possível.- Shizune ofereceu sua casa, no interior para passarmos uma temporada lá.

- Como é? Não vou abandonar a minha mãe.- Takato bate a mão na mesa, o que assusta o bebê que começa a chorar. Takato se desprende de sua raiva por um momento, para pegar o irmão e sentar com ele para tentar acalmá-lo.

- Não a abandonaremos. De qualquer forma, não lembro de tê-los proibido de irem vê-la. Por isso não entendi o motivo pelo qual esconderam isso de mim.- Takato sente o peso em sua consciência.- Vocês poderiam ir vê-la a qualquer momento. O que quero dizer, é que só precisamos dar um tempo. Vamos continuar a lutar pela melhora de sua mãe, mas não dá para lutarmos por ela doentes. Sei o quanto estão se debilitando por causa do que aconteceu. E acredito que Sakura, não iria gostar de como estão agora, por mais difícil que seja ela iria querer nos ver bem.- Sasuke conclui seu discurso.

- Por quanto tempo ficaremos lá? - Sarada se pronuncia, enquanto limpas suas lágrimas.

- Pelo tempo que quiserem, mas não menos de três dias.- A contradição era clara em suas palavras.- Porque não adiantaria de nada.- Ele responde prontamente. Takato troca olhares com a irmã, e os dois parecem entrar em um consenso. Sasuke assim como bebê os olhavam de forma confusa.

- Aceitamos a proposta. Mas, só ficaremos lá pelos três dias, nada mais do que isso.- Takato diz firmemente. O bebê solta uma alta gargalhada e sacode os braços.

- Feito. Partiremos em dois dias. Antes de irmos, todos iremos ver a mãe de vocês.- Os dois se surpreendem com a declaração do pai, que até então se mostrava distante e indiferente com esse assunto.