Prólogo

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Determinada, Cait mudou de posição para olhá-lo melhor. Pronto. Agora podia ver Sam perfeitamente, enquanto ele conversava com Domênica.
Ele sempre ficava incrivelmente bem com qualquer roupa, pensou ela. Mesmo naquele momento, vestido de maneira parecida com a maioria dos homens no jardim, Era o tão sonhado casamento de Luke, finalmente Lucy havia conseguido levar o solteiro mas cobiçado de Glasgow para o altar, Riu Cait pra si mesma, voltando ao seu principal alvo, Sam tinha o ar seguro e confiante.
E ela examinou-o com cuidado. Ele com certeza era o homen mais bonito daquela festa, e aquele corpo, aquela boca, pensou ela, maliciosa. Era o tipo de boca que todas as mulheres queriam beijar, era o tipo de homem que podia fazer qualquer mulher estremecer.
Naquele momento, Domênica virou-se para conversar com outra pessoa e Cait viu Sam estreitar Kathryn nos braços e beijá-la intimamente, Sete anos trabalhando juntos, e finalmente ele havia encontrado alguém pra se amarra e infelizmente não era ela, aquele beijo provocou nela uma dor tão inesperada, que obrigou-a desviar o olhar da cena. Aquilo não estava certo, ela como sua melhor amiga, deveria está feliz por ele, porém não estava, por alguma razão desconhecida ou nem tanto.

De onde estava, Sam viu Cait encantar o rapaz com quem dançava. Ele não devia ter mais de trinta e poucos anos e provavelmente mal acreditava na própria sorte, Cait já estava na casa dos quarenta anos mas assim como ele parecia que o tempo não havia passado, ainda parecia a velha Cait de antes, de quando se conheceram, tinha o mesmo sorriso e o mesmo brilho nos olhos, Ele já vira a facilidade com que encantava os homens. Nenhum deles ficara imune ao charme dela.
Era assim desde que a conhecera. Ele lembrou-se da primeira vez em que a vira. Ela havia entrado na sala da audição de Outlander encantando a todos, principalmente ele, que nunca mais havia saído desse encanto.
E mesmo naquela época, Cait já era uma estrela. Ele nunca imaginara que poderiam ser apenas amigos. No entanto, ele nunca tentara tirar vantagem da intimidade que surgira entre eles. Seu papel era o de amigo, do único homem constante em todos os altos e baixos da vida romântica dela.
E ele nem se incomodava, havia aceitado as coisas como aconteceram ou dizia a si mesmo. Assim podia vê-la e ficar perto dela de um jeito que os homens que entravam e saíam da sua vida amorosa não podiam. Eles nunca duravam muito tempo. Ela podia parecer forte, mas por baixo daquele verniz batia um coração verdadeiramente romântico, determinado a não se conformar com alguém que fosse menos que perfeito.
Talvez essa pessoa fosse Henry. Para ele, o babaca não parecia perfeito, mas ele nunca entendera o gosto dela para homens. Ele sorriu ao vê-la na pista de dança, se movendo graciosamente e rindo como de hábito. Enquanto girava, os cabelos castanhos voavam em torno do rosto alegre e a saia parecia flutuar ao redor das pernas espetaculares e dos olhos azuis cintilantes.
_Sam!.- chamou Kathryn e ele se deu conta de que devia estar atento a ela e não preocupado com outra pessoa.
Não teria chance de dançar com Cait até bem mais tarde naquele dia.

_ Eu estou cansada, Sam - Cait desculpou-se quando ele a convidou para dançar.
_Cansada? Você? Nunca! Balfe.
_ Eu estou.- protestou ela._ Estou dançando a festa toda. Determinada, Cait abanou o rosto corado para não revelar sua relutância.
_ Dance com Kathryn.
_ Ela está dançando com o irmão.
_Eu estou exausta, Heughan. Juro. - insistiu ela. Mas Sam estava determinado.
_ Dançou com todos menos comigo. - disse ele quando a banda começou a tocar os acordes lentos de uma música romântica. _ Agora é a minha vez. - Ele estendeu a mão novamente. _Vamos lá, Cait, você agüenta._ Sou apenas eu!
Era verdade. Era apenas Ele. Cait tentou se concentrar naquilo enquanto aceitava a mão estendida e o seguia para a pista. Não tinha como recusá-lo, sob o risco de ele achar que havia algo errado. E não havia. Era apenas Ele.
Apenas os braços dele em torno dela. Apenas o seu peito musculoso tão provocantemente perto. Apenas o rosto repousando sobre seus cabelos. Já haviam dançado daquele jeito incontáveis vezes. Qual seria a diferença naquele momento?
_Lindo casamento.- disse ela, engolindo em seco.
_E você parece estar se divertindo muito. - disse ele, mais divertido que enciumado. _ Quase fiquei com. Ciúmes, Perdi a conta dos caras que você Dançou essa noite. - prosseguiu ele, alegre._ Eles vão passar os próximos vinte anos sonhando encontrar uma mulher como você e a maioria vai acabar decepcionada.
_ Você nunca se incomodou com isso. - disse ela, mais agressiva do que pretendia. Sam afastou-a um pouco e olhou-a, confuso.
_Era diferente.
_Eu sei. - disse ela.
Por quê? Por que ele nunca a desejara como os outros homens? Por que nunca insinuara querer nada além de amizade? Porque ela teria ficado perplexa, lembrou ela, honestamente. De repente, estava sentindo muita vergonha dele. A medida que o silêncio foi se prolongando, ela sentiu-se tentada a perguntar como ele estava indo no trabalho.
_Muito bem. - disse Sam, quase aliviado por ela ter tomado a iniciativa de romper o silêncio. _ As coisas decolaram desde que Kathryn eu estamos juntos. - disse ele

_É mesmo? .- disse Cait, tentando fingir interesse.
_ Sim, estamos muito bem.- disse Sam
_Que maravilha! exclamou Cait.

Assim continuaram dançando, Já fazia muito tempo que já não eram os mesmo, a amizade havia prevalecido, enquanto mantinha a cabeça encostada no ombro de Sam, Cait se perguntava como teria sido se ambos tivesse cruzado aquela maldita linha que eles mesmo haviam criado anos atrás, era inútil tentar negar que estava apaixonada por ele talvez sempre esteve só que era cabeça dura demais pra admitir, todavia agora não daria certo de qualquer forma, ambos haviam trilhado caminhos diferentes e Sam estava a um passo do altar.

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