Capítulo 14

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Agora, não podia mais fazer isso. Estava tudo claro. Era evidente que estava apaixonado por ela e a verdade era que sempre esteve. Enquanto conseguira convencer a si mesmo de que a amava como amiga, tudo havia ficado bem, mas agora que a verdade fora exposta, não havia mais como negar: não era só amor que sentia por ela. Ele precisava dela, a desejava, suas mãos tremiam para tocá-la, tomá-la e fazê-la sua.

E agora ele não conseguia pensar em mais nada a não ser nela, na forma como ela sorria e andava, no calor suave do seu corpo, na textura suave da pele, no brilho de seus cabelos sedosos , na vivacidade dos olhos, na risada contagiante e no seu perfume que enchia o ar mesmo depois que ela havia saído.
Ele sofrera ainda mais quando ela passou por ele com aquela canga sugestiva que implorava para ser aberta. Ele a beijaria e a puxaria de volta para o quarto e para a cama fresca e convidativa.
E naquela noite, teria que se deitar ali com ela e fingir que ela era apenas uma amiga. Como faria aquilo? As coisas estavam ficando mais complicadas do que ele realmente achou que ficaria, antigamente ele teria feito o que sentia vontade mas havia muita coisa em jogo mas e agora? Não havia nada, nada o que o impedia de finalmente ficar com ela.

E naquela noite, deitado sem dormir ao lado dela, A luz da lua penetrava no quarto por uma abertura das cortinas e banhava Cait, deitada de costas, com o rosto voltado para a janela e os cabelos espalhados sobre o travesseiro. A luz acinzentada iluminava a curva dos ombros e o canto da boca dela, lançando uma luz suave pela face e pintando os cabelos castanhos de cinza, e só ali sem conseguir dormir, muito ciente do corpo feminino ao seu lado se deu conta de que sempre gostou de observa-la dormir.

As mãos hábeis eram frias em contraste com a pele quente e nua, despertando todos os instintos femininos. Ele cobriu seu corpo com o dele, a boca ardente percorrendo a pele, enquanto os lábios e a língua exigente encontravam os pontos mais sensíveis de prazer. A língua acariciava, provocante, os mamilos aveludados e eretos. Ela contraiu todos os músculos quando a boca ardente desceu pelo ventre, e depois mais para baixo... O toque erótico dos lábios contra a parte interna da coxa e a respiração ofegante fizeram-na estremecer. As carícias da língua dele podiam levá-la ao paraíso, e estava quase chegando ao clímax. Ela se mexeu, tentando acomodá-lo melhor, mas de algum modo ele conseguira lhe prender as pernas com as coxas fortes, impedindo-a de experimentar o prazer maior de tê-lo dentro dela, penetrando-a profundamente, até levá-la ao auge e...

Cait acordou de repente. Piscando, viu-se sozinha na enorme cama de casal do quarto, com os raios de sol filtrando-se pelas cortinas da janela que dava para a praia. A respiração estava ofegante, e o corpo ardia de desejo.
Ela gemeu diante da frustração de ter acordado antes de poder vivenciar o fim daquele sonho tão maravilhoso.
Esperando que toda a excitação em seu corpo se acalmasse, tentou virar-se de lado para levantar e percebeu que suas pernas estavam realmente presas. O lençol de algodão enrolara-se nas pernas, o que explicava a sensação que tivera. A brisa da manhã tocava-lhe a pele, como o beijo de um amante ardente.
Era tudo ilusão, e não Sam, como imaginara no sonho.
Com um suspiro de desapontamento, que preferia não analisar, livrou-se dos lençóis e saiu da cama.

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