Y luego te besé y me arriesgue

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- Não, claro que não. Você é a pessoa que eu menos queria incluir nessa bagunça que é a minha vida. – Levou as duas mãos no rosto de forma a escondê-lo, respirando fundo. – Na verdade o problema é esse. Eu não consigo te esquecer.

- Então me olha e me diz novamente. – William pediu colocando uma mão na perna da morena que ainda sem coragem tinha o rosto tampado. Levantou-se e agachou na frente de Maite, tirando a mão de seu rosto e segurando-as. – Eu também nunca consegui te esquecer. Não passamos por pouca coisa juntos e eu sinto aqui dentro... – Levou a mão dela a seu coração. – Que ainda há amor. Que ainda há esperanças.

- Não me sentia preparada para enfrentar o mundo naquela época William, eu tinha medo do nosso relacionamento, de Elizabeth e suas chantagens, de magoar seus filhos e também do que a imprensa falaria de nós. Eu precisava te esquecer e a forma que encontrei foi namorando o Koko. Achei que ele podia me amar e me ensinar a amar além do que eu te amava. Por um momento acreditei, me entreguei e hoje estou aqui levando dia após dia de um relacionamento apenas de aparência. – Disse deixando a primeira lágrima escorrer por seus olhos. E se ela tivesse lutado contra todos que atrapalharam sua relação com William? Ela poderia estar feliz? Eram dúvidas que sempre passavam por sua cabeça.

- Eu acho que você precisa por para fora tudo o que esta te fazendo mal, mas aqui não é o lugar. Logo aparece alguém para perguntar por que estamos aqui. – William observou por sua volta e se virou a ela novamente. - Você se incomoda da gente ir para meu hotel?

- Não. – Ela respondeu sem saber se era certo ou errado. Imagina se alguém os encontrasse juntos!

William pegou seu telefone e pediu para que seu motorista fosse para o lado dos fundos do salão, em alguns minutos de forma discreta conseguiram sair dali. Maite mandou uma mensagem a Jéssica e pediu para se perguntassem, a amiga dizer que ela tinha recebido uma ligação de Luna pedindo para dormir com a mãe.

Quando necessário William sempre ficava no mesmo hotel, assim, tendo amizade com todos os funcionários. Ao entrar na recepção para sua sorte vazia, deu oi para Sr. Juarez, o recepcionista já com uma certa idade que ele havia feito amizade. Sempre que necessário o loiro chamava o amigo para ajuda-lo com um problema ou questão dentro do hotel e assim fez avisando já da presença de Maite. Sr. Juarez sorriu cumprimentando-a e autorizou a entrada de ambos, dizendo que poderiam ficar tranquilos, pois nunca ninguém saberia da presença dela ali.

- Desculpa a bagunça, sai correndo atrasado como sempre. – William comentou fechando a porta e vendo Maite analisar rapidamente o quarto. – Você quer tomar algo? Posso pedir para o Juarez trazer.

- Não. – Respondeu sem saber o que fazer.

- Vem, senta... – Ofereceu para que Maite sentasse na cama. Ambos se sentaram e a morena aparentava estar incomodada com alguma coisa. O caminho todo calada, sua entrada no quarto também calada. Será que ele realmente tinha feito algo? Sua presença na casa dela aquele dia tinha acarretado problemas? – Hey! Se você quiser podemos ir embora, você liga para seu chofer...

- Não! Eu apenas preciso tomar coragem, aceitei vir aqui realmente porque preciso desabafar, preciso conversar, preciso libertar os fantasmas do passado Will. – Maite estava sentada na ponta da cama virada para a porta de entrada do quarto. Se ajeitou e virou-se para William tomando coragem para soltar tudo o que estava em seu pensamento durante dias. Sentiu-se debilitada e não podia deixar de derrubar lágrimas repentinas e teimosas.

William a observava quieto deixando com que a morena liberasse aquele choro que parecia tão dolorido. Pensou em tudo o que acontecera desde que ela voltou de viagem, em todas as mensagens que Jéssica Coch enviava a ele pedindo para ele a ajudasse, pois apesar de imperceptível, Maite confiava nele e o considerava amigo. A distância havia os separado, mas ele não a deixaria sozinha. Ela precisava reconstruir a vida e ele estaria ali para apoia-la. Surpreendeu-a em um abraço apertado, acariciando os longos cabelos da amiga, sentindo aquele perfume que era seu preferido e deixando que ela chorasse em um ombro amigo.

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