Último capítulo - O pôr do Sol ao seu lado

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Levy dirigiu alguns minutos em silêncio até perceber que estavam já próximos ao local em que ele queria levar Maite. Ela estava inquieta e sempre perguntavam para onde iriam e contra sua vontade foi obrigada a colocar uma venda nos olhos para que não pudesse enxergar nada. Reclamou um pouco mais e explicou que surpresas assim a deixavam ansiosa e recebeu inúmeras respostas de "calma e paciência" do loiro. Ao chegarem na frente da surpresa, William ofereceu ajuda para que ela pudesse sair do carro e contou até 10 retirando dos bolsos uma chave. Quando ouviu o barulho das chaves, Maite ainda vendada procurou entender do que se tratava até que as recebeu em suas mãos e William retirou a faixa deixando que ela pudesse ver onde estava.

- Bem-vinda à NOSSA casa. A casa da NOSSA família. - Falou entusiasmado erguendo o braço esquerdo em direção a casa. Viu Maite espantar-se com os olhos fixos na casa, aos poucos o espanto se desfez e deu origem a lágrimas

- Meu Deus... – ela sussurrou colocando as duas mãos sobre a boca, olhando do marido para a faixada da casa.

Seus sentimentos eram um misto de alegria, surpresa e incredulidade. Como era possível que ele tivesse feito tanta coisa sem ela nem desconfiar de nada? O olhou balançando a cabeça e sorrindo, mordendo os lábios, sem saber como agir. William encolheu os ombros e sorriu, dando a ela o tempo que precisava para absorver as informações.

Então olhou novamente para a casa, a faixada contemporânea, com um jogo de cores neutros, mas bonitos e impactantes. Cimento queimado, branco e detalhes em preto, com uma iluminação alaranjada, trazendo uma sensação de aconchego que podia ser sentida de longe. Não haviam chegado nem perto da porta ainda e ela já se sentia em casa. Dizem que lar é onde seu coração está e o dela era todinho do homem ao seu lado, saber que aquela casa era deles... Era o suficiente para que ela se sentisse no melhor lugar do mundo.

Olhou ao redor, o paisagismo do jardim era simples, sem exageros e extravagâncias. A grama toda baixinha, e o caminho de cimento contrastava com o verde do gramado. Suspirou, as bochechas doendo pelo sorriso largo que ela não conseguia evitar. Se aproximou do marido e o abraçou com força, um abraço apertado, tentando colocar nele tudo o que sentia, mas não sabia como falar.

- Não sei o que te dizer, cariño, além de agradecer e dizer que te amo até o céu e de volta – foi o que ela conseguiu sussurrar, sendo abraçada de volta, o rosto dele escondido em seu pescoço enquanto ela o abraçava pela cintura, os olhos fechados, sentindo seus corações baterem sincronizados, a respiração quente dele em seu pescoço fazendo sua pele arrepiar.

- Não precisa dizer nada, mi cielo, a sua felicidade me basta – William respondeu afastando um pouco o rosto, olhando-a nos olhos e recebendo um beijo apaixonado, que, inicialmente, o pegou de surpresa, mas ao qual ele correspondeu imediatamente.

Se afastaram depois de um beijo longo, mas calmo, sem malícia nenhuma, e sorriram um para o outro, mesmo que as bochechas doessem, era inevitável.

- Te amo – William sussurrou fazendo carinho no rosto da esposa, sentindo a pele macia úmida pelas lágrimas de emoção que ainda escorriam lentamente.

- Te amo – Maite respondeu passando o dedão de uma das mãos pelos lábios carnudos do marido, um sorrisinho de canto aparecendo na boca dele, a fazendo rir.

- Vamos entrar, você precisa conhecer a casa por dentro! – ele disse empolgado e animado, se afastando e segurando-a pela mão, puxando-a em direção à entrada da casa.

Ao chegarem à porta, William a soltou e rodou os ombros, como que se preparando, um sorriso animado no rosto.

- 1... 2... 3! – contou e abriu a porta, revelando uma sala de estar com pé direito alto, cores neutras, e logo depois uma sala de jantar, tudo básica em decoração e móveis para que os dois escolhessem juntos futuramente.

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