O que você acha?

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- Vai Maite, conta tudo... – Era sábado pela manhã quando Jéssica chegou à casa da mãe de Maite já alvoroçada querendo saber tudo o que tinha acontecido no dia anterior. Dona Maite Beorlegui fazia o almoço que haviam combinado e ria da forma como a amiga da filha entrou na casa. Não tinha nada que pudesse ser escondido por muito tempo de Jéssica Coch.

- Primeiramente: Hola! Segundamente, você sente-se ai que eu estou com sede e vou pegar água na cozinha. – Maite respondeu segurando a amiga pelo braço e a sentando no sofá vintage creme da grande sala de estar.

Dona Maite morava na mesma casa desde a época que Maite começou em Rebelde e lhe deu de presente de dia das mães. Era grande e muito espaçosa, em tons claros a sala era dividida em dois ambientes, estar e jantar. Uma escada grande levava ao segundo andar onde existiam vários quartos. A cozinha era em conceito aberto dando vista para os outros dois ambientes. Tudo no estilo mais clean e calmo, assim como a mãe de Maite.

Mas todo o silêncio e calmaria se acabavam quando Jéssica chegava. A loira trazia agitação e muita alegria, se tornando uma das visitas que Dona Maite Beorlegui mais amava.

- Sem problemas! Vou junto! – Jéssica levantou-se do sofá e acompanhou a amiga.

- Mãe porque a senhora ainda deixa o porteiro liberar a entrada dessa louca? Eu fingiria que nem conheço. – Maite pegou um copo de água em um dos armários da cozinha e o encheu com água filtrada. – Quer? – Ofereceu à amiga e levou a boca.

- Não e pode beber essa água rapidinho porque você não vai me enrolar não. – Disse cruzando os braço encostando-se na parede. – Vai bebendo e falando...

Mãe e filha soltaram gargalhadas e Dona Maite olhou para a filha pedindo para que ela contasse tudo logo, já que também não sabia.

Maite respirou fundo e começou a explicar. – Depois que você saiu, ele perguntou se eu não queria conversar em um lugar mais reservado e fomos para o hotel.

- NÃO CREIO! – Jéssica falou irônica. – Eu fui dar uma espiadinha em vocês e cadê vocês? Como diz Luna "mamãe fufiu dinda". – Imitou a afilhada rindo.

- Eu só aceitei porque estava ficando muito mal mesmo. Eu não tinha cara para falar com ele, Jessy. – Maite levou o ultimo gole de água a boca e pôs o copo na pia. – Acho que eu nunca fiquei tão apreensiva na minha vida. Ele foi lindo, esperou o meu tempo de falar. Entendeu a minha aflição e depois me abraçou.

- E depois do abraço... – Jéssica fez cara de suspense e esperou a resposta final.

- Acho que eu não preciso saber. – Dona Maite falou rindo e saindo da cozinha.

- NÃO SRA. MAI... Vollltttaaaaa, a senhora esperou esse momento tanto quanto eu. Foi minha cúmplice, minha amiga nas horas em que eu não tinha amiga... – Jessy abraçou a mãe da amiga e apressou Maite para dizer. – Vocês transaram?

- COCH! – Maite repreendeu a amiga, mas ela continuava esperando a resposta e não tinha jeito, teria contar tudo quase nos mínimos detalhes, apenas pouparia a mãe. – Sim. – Ruborizou na mesma hora.

- AI MEU ARROZ QUEIMANDO. – Dona Maite falou alto soltando-se de Jéssica e correndo para o fogão. Ela não sabia dizer, mas nunca se acostumaria ouvir seus filhos dizerem que também mantinham relações, ainda mais Maite, sua única menina. Ela sempre seria sua pequena menina.

- EU SABIA! – Quando Jéssica gritou, apareceu uma menininha abraçada ao unicórnio que sempre dormia junto a ela na casa da vó, perguntando o que a madrinha já saberia.

- Nada meu amor. Coisas de adultos. – Maite pegou a filha e a abraçou. – Bom dia minha pequeña.

- Bom dia. – A menina respondeu deitando a cabeça de forma ainda sonolenta no ombro da mãe.

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