Apenas eu e você

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- Vamos hija mía, só mais uma golada. - Dona Maite Beorlegui pedia a Maite segurando uma xícara de chá de mel, alho e limão.

- Eu não aguento mais esse chá. - Maite proferiu fazendo careta.

Depois de voltar ao México e acalmar os ânimos , tudo parecia bem até um resfriado atingi-la em cheio quando uma frente fria chegou à cidade. Já se iniciava o terceiro dia naquele martirio que era estar doente. Sua mãe sempre dava um jeito de antes de ir trabalhar passar para vê-la e dar o primeiro remédio da manhã, deixando Luna também de café e banho tomado.
Maite não vira William desde que voltará de viagem e até entendia como estavam corridas as gravações.

Já na reta final era comum dobrarem as horas das intensivas gravações. Falava com o loiro pelo telefone quando ele estava em intervalo, mas logo ambos eram obrigados a desligar. Ela até pensara em sair um pouco de casa e ir até a Televisa, mas sentira o corpo ainda cansado e o melhor a se fazer era repouso. Ao acabar seu chá e trocar algumas palavras com Dona Maite, se despediram e Maite pode voltar a sua cama sendo acompanhada da filha que estava curtindo muito a presença da mãe todos os dias ali para ela. Foi questão de minutos e ambas dormiram aconchegadas. 

A manhã passou rápido e acordou sentindo mãos macias e um pouco pesadas acariciarem seus cabelos... Ao olhar para seu lado, William a admirava sorrindo sem dizer nada. Sua mãos percorreu da cabeça ao rosto da morena e ali ficou em um carinho na bochecha.

- Estou sonhando? - Perguntou Maite fechando novamente os olhos e relaxando o corpo para sentir aquelas carícias.

- Teria sonho melhor? - Contestou William.

- Acredito que não! Mas, você não me avisou que teria folga. - Falou levando suas mãos nos braços da filha que dormia tranquilamente abraçada a ela.

- Foi de última hora. O produtor nos deu esse privilégio. Gravamos muitos dias seguidos. E eu decidi vim cuidar de você.

- Não precisava meu amor. Eu já estou bem melhor. - Maite disse com a voz anasalada.

- Estou ouvindo essa voz ai... Me deixa cuidar um pouquinho de você. Você está sempre tão pendente de todo mundo. Me ligando para saber ate se eu já almocei, acho que merece ser mimada. - Ele levou os lábios até os lábios de Maite em um selinho demorado. - Trouxe chocolate quente do Starbucks e hoje eles estavam vendendo pão de queijo brasileiro. Achei que você ia gostar.

- Desse jeito eu vou ficar mal acostumada. - Ela respondeu o vendo sair para pegar a sacola da loja de cafés.

Ela sentou-se na cama e deu passagem para que ele também se sentasse o enrolando no grosso edredom que já a cobria, podendo encostar sua cabeça no ombro dele.

- Eu sempre me pergunto como você entra aqui sem avisos. - Mai comentou pegando um pão de queijo da sacola que estava no colo de William.

- O porteiro me ama. É simples.

- Se você fosse um maníaco, nessas alturas eu já estaria morta e o porteiro seria o culpado.

- Se eu fosse um maníaco você pelo menos gritaria e ele escutaria já que seu apartamento é praticamente do lado da entrada. E maníacos não trazem café com pão de queijo. - Respondeu.

- Trazem se eles quiserem conquistar a vítima e depois matá-la em silêncio estrangulando-a. - Maite disse e William a olhou assustada.

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