Maite correu para o lado de fora do set para poder falar melhor ao telefone e viu William preocupar-se ainda do lado de dentro. Mas ele não poderia deixar de gravar naquele momento e tentou se concentrar novamente na cena que estava fazendo.
- Como assim Cristian? - A morena perguntou sentindo o corpo tremer. - Como assim?
- Eu.. Eu não sei explicar! Eu não sei como aconteceu. - Koko estava realmente assustado.
- COMO NÃO SABE? - Segurou-se na parede com uma mão e agachou para sentar-se ali mesmo no chão quando sentiu um calafrio lhe percorrer o corpo.
- Ela estava bem ontem. Eu não notei nada nela. Brincamos o dia todo. - Koko ficou mudo ao telefone...- Ela não tinha nada além de algumas bolinhas vermelhas pelos braços e barriga, achei que podia ser uma alergia que sabemos que ela sempre tem. Passei pomada após o banho e a levei para a cama.
- Como você ACHA alguma coisa e não a leva em um pronto atendimento? A alergia dela NUNCA foi assim Cristian! - Passou a mão pelos cabelos ainda mais nervosa. - E COMO FOI QUE A INTERNARAM? PORQUE? - Sua garganta estava seca e não conseguia mais manter o controle da voz.
- Eu preciso que você pare de gritar. Já não basta como estou me sentindo... - Pediu. Ele realmente não imaginava o que poderia ter acontecido para a filha ser levado ao hospital e ir direto para a internação.
- ENTÃO ME EXPLICA COMO? COMO!!!
- Ela acordou de madrugada me pedindo colo, quando a peguei a senti quente demais e medi a febre. Marcava 39 graus. Corri para colocar um casaco nela e vim para o hospital mais próximo. Quando o médico a examinou só pediu para uma enfermeira levar para uma área de contágio e que iria interná-la. Agora estão lá dentro com ela. Eu não pude entrar, só me disseram que fariam coleta de sangue.
- Eu vou tomar o primeiro avião que tiver disponível. Não saia do lado dessa menina, por favor Cristian. - Pediu já sentindo as lágrimas caírem. - Por favor.
- Minha mãe está comigo. Quando você chegar aqui me avisa que te busco no aeroporto. - Koko falou tentando lhe passar calma. Maite deveria estar enlouquecendo em questão de minutos. - Só te peço calma, eu estou tentando por ela e você precisa também. - O telefone ficou mudo e logo desligado. Se ele a conhecia bem, em algumas horas ela estaria lá.
Do outro lado, Maite tentava controlar o choro. Imaginava a filha dentro de um quarto de hospital, lugar onde nunca havia ficado, sozinha, com estranhos, sem seu colo. Imaginava como tudo poderia ter acontecido. Se Cristian a havia deixado brincar em algum lugar indevido, se não estava comendo, se estava sendo mal cuidada... Seu coração doía e ela se lembrou de quando não queria deixá-la ir.
Agora entendia porquê. Porquê sentiu aquela aflição. Porquê queria buscá-la e deixá-la consigo.
Limpou o rosto com as mãos e olhou para a porta, vendo William e Jéssica saírem preocupados do set.
- O que aconteceu? - Jéssica perguntou correndo até a amiga.
- Quem ligou May? - William perguntou e ela o abraçou forte se deixando chorar ainda mais. - Hey mi cielo, por favor, fala... - Pediu baixinho tentando olhá-la nos olhos.
- Cristian ligou Jessy... Luna está no hospital, internada. E o melhor é que ele não sabe nem o porquê... - Falou olhando para a amiga, ainda abraçada ao namorado. - Viu porque eu não podia deixá-la ir... Viu!
- May, isso podia ter acontecido em qualquer lugar com qualquer pessoa, amiga. - Tentou se aproximar dela e fazer carinho em seu braço, mas a morena a enxotou com as mãos se separando de William.
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Ao seu lado
RomansaAtenção: - Esta história não possui ligações com a vida real, sendo completamente criada e escrita apenas por uma fã que admira a química e o trabalho feito pelos atores em suas novelas. - A vida e escolha dos atores fora do âmbito profissional dev...