CAP 6 - UMA APROXIMAÇÃO

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Já se passaram dois dias que a minha vó morreu e eu me tranquei no quarto, não vejo ninguém durante esse tempo so meu pai. Nicolas me mandou algumas mensagens mais não respondi nenhuma, nem as mensagens do Augustus.

Meu pai bate na porta pedindo se pode entrar.

- Sim, pode entrar – falo.

- Você não esta pronto? – meu pai pergunta. Hoje é o enterro da vovó.

- Não quero ir – falo olhando bem no fundo dos olhos do meu pai.

- Por que não? – ele pergunta sentando da minha cama.

- Não quero ir – falo, não quero que minha ultima lembrança da minha vó num caixão.

- Ta bom – ele fala me abraçando – vai ficar bem sozinho? – aceno que sim. Com isso ele sai do meu quarto.


Depois disso vou tomar um banho e depois do banho a campainha toca, descendo as escada lembro que estou sem camisa. Quando abro a porta me surpreendo.

- Oi – Augustus fala.

- Oi – respondo com vergonha por estar sem camisa.

- Tudo bem? – ele pergunta com a mão na nuca e eu não sei o que responder – pergunta idiota – ele fala sem jeito.

- Quer entrar? – pergunto e com isso ele passa pela porta.

- Vi teu pai saindo sozinho dai pensei em vim te ver – ele fala olhando pra minha barriga. Acho que ele não percebeu que eu vi ele olhando.

- Meu plano era tentar dormir – falo e ele fica com uma cara triste.

- Se quiser posso ir embora – ele fala.

- Não pode ficar, so espera eu colocar uma camisa – falo subindo as escadas pro meu quarto.


Depois que coloco uma camisa desce e encontro ele sentando no sofá.

- Então como foi a escola? – pergunto pra ter um assunto.

- Nada demais – ele fala – o Nick esta preocupado com você.

- Não queria falar com ninguém – falo olhando pro olhos azuis dele – queria ficar sozinho.

- O Nick falo que você e sua vó era bem próximos – ele fala e aceno que sim e fico com vontade de chorar, algumas lagrimas caiem e ele percebe – desculpa falei algo que não devia.

- Não, ta tudo bem – falo limpando as lagrimas.

- Vamos mudar de assunto – ele fala – vamos falar de você ser bissexual – com isso olho com os olhos arregalados.

- Como que você... o Nicolas te falou? – pergunto com um pouco de medo.

- Não. Quando eu te vi eu já soube – ele fala e eu olho pro chão – então eu sou gay.

- Serio – falo surpreso e voltando olhar pra ele – nunca desconfiei – falo ele sorri, um sorriso de lado.

- Quando eu vi vocês dois pela janela – ele começa a falar – vocês estavam abraçados, dai pensei que vocês podiam ser namorados – no fundo estava sorrindo – dai no primeiro dia eu o jeito que vocês falavam dos horários que não iam ficar juntos, com isso fiquei com mais certeza que vocês podiam estar juntos.

- Mas você tava enganado – falo olhando pra ele.

- Sim, percebi quando o Nick não parava de falar na amizade de vocês e como vocês eram amigos e senti que ele meio que tava tentando me jogar pra você – ele fala e fico serio – brincadeira, ate falei que era gay mais ele não falou que você é bi.

Sorri com isso é bom saber que Nicolas nunca vai contar meus segredos pros outros.

- Que bom que estou fazendo você sorrir – ele fala e acabo ficando vermelho.

- Seus pais sabem que você é gay? – pergunto por curiosidade.

- So minha mãe sabia – ele começa a falar – ela morreu uma semana depois que contei pra ela.

- Sinto muito – falo olhando pro chão.

- Isso faz um ano – ele fala – e seu pai sabe que você é bi?

- Não, so a minha vó e o Nicolas sabem – falo lembrando da vovó.

- Sempre o assunto acaba tocando nela – ele fala se aproximando de mim – eu sei que a gente se conhece a pouco tempo, mas se precisar estou aqui – com isso ele me abraça, sinto uma sensação de segurança. Quando íamos separar o abraço nossos rostos ficam próximos, consigo sentir a respiração dele, com isso a porta se abre e ele se afasta rápido.

- Oi – meu pai fala entrando na casa – saiu do quarto... – meu pai para de falar quando ver Augustus – Oi Gus.

- Oi senhor Bryant – ele fala.

- Nicolas esta lá fora – meu pai fala olhando pra mim. Com isso a gente sai de dentro de casa e vejo Nicolas sentado no cabo do jipe

- Oi... Desculpa por não te responder – falo correndo em direção dele e abraçando ele.

- Ta tudo bem, eu entendo – ele fala sorrindo – eai Gus – ele fala cumprimentando Augustus – não sabia que vocês estavam amiguinhos – ele fala sorrindo e olhando pra mim e eu sei o que significa.

A gente ia entra na casa mas sinto que devo ir pra casa da vovó.

- Nicolas você pode nos levar pra casa da vovó? – pergunto pra ele – sinto que devo ir pra lá.

- Tem certeza? – Nicolas pergunta e Augustus me olha.

- Sim – falo – Augustus quer vim junto? – pergunto.

- Vamos então – ele responde.

Com isso a gente entra no jipe e vamos em direção a casa da vovó.

DIÁRIO DE UM BRUXO: O COMEÇOOnde histórias criam vida. Descubra agora