CAP 5 - MORTE

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Não consigo prestar atenção na aula, Augustus percebe e me cutuca.

- Ta bem cara? – ele me pergunta.

- To – minto e olho pra frente.

- Então eu vou passar um trabalho em dubla... – o professora começa a falar. Como eu estou sentando junto com o Augustus , eu e ele vamos fazer o trabalho juntos.

- Vai ser legal fazer o trabalho com você – ele fala mas não consigo prestar atenção em nada. Tem algo errado.

- É – falo e percebo que Philippe passa no corredor e com isso começo a sentir uma falta de ar, saio da sala e corro pro banheiro. Entro e me olho no espelho e vejo que estou muito pálido, ai alguém entra.

- Tem que tomar cuidado garoto - Philippe fala mas não entendo o que ele quer dizer com isso.

- Cara – Augustus fala entrando no banheiro – Já bateu e eu trouxe seus materiais – ele fala e Philippe sai do banheiro – esta tudo bem? – ele pergunta encostando no meu ombro. Com esse toque me sinto seguro.

- É so o primeiro dia de aula – falo sorrindo – obrigado – falo se referindo aos meus materiais.

- O Nick falou de eu ir com vocês na casa de sua vó? – ele pergunta.

- Sim – falo.

- A gente pode ir em casa antes, ai eu deixo minha moto em casa e vou com vocês no jipe – ele fala colocando a mão da nuca.

- Ok – fala olhando bem dentro dos olhos dele, não sei mas me sinto bem perto dele.

A gente vai andando em direção a saída e percebo os olhares de algumas meninas nele.

- Por que essa loucas estão olhando pra mim? – ele pergunta.

- Você é carne nova na escola – falo sorrindo.

- Elas estão perdendo tempo – ele fala olhando pra mim.

Não entendi o que ele quis dizer com isso, talvez ele tenha alguma namorada e por isso que falou isso.

Vamos andando em direção ao jipe do Nicolas.

- Vocês demoraram – Nicolas fala.

- Foi mal – falo – vamos em casa ai o Augustus pode deixar a moto na casa dele.

- Ok – Nicolas fala.

- Você pode me chamar de Gus se quiser – Augustus fala.

- Dave nunca chama as pessoas pelo apelido – Nicolas fala sorrindo. Verdade nunca chamei o Nicolas de Nick ou qualquer outra pelo apelido.

- Assim como você não chama ele pelo o primeiro nome – Augustus fala olhando pra Nicolas.

- Exato – Nicolas fala olhando pra mim.

Com isso Augustus vai em direção a sua moto, enquanto entramos no jipe. Percebo olhares de Luke e Emily, mas não me importo com isso.

- O que achou do Gus? – Nicolas pergunta.

- Por que esta me perguntando isso – falo sem entender.

- Você se entrega tão fácil – ele fala dando risada – eu vi como vocês se olham, ta rolando um sentimento ai, tenho certeza.

- Nicolas so porque sou bissexual não quer dizer que vou me interessar por todos as pessoas bonitas que aparecem a minha vida – falo pra ele.

- Então quer dizer que você achou ele bonito – ele fala sorrindo.

- Para – falo dando risada – e sim ele é bonito mas é hetero, então tenho que ficar longe.

- Ele pode ser bi também – ele fala.

- Vamos mudar de assunto ta bom – falo pensando no Augustus.


Uns minutos passam e a gente chega em casa e esperamos Augustus deixar sua moto em sua casa.

- Cara você esta mais pálido que antes – Augustus fala se aproximando do jipe.

- Não sei o que tenho – começo a falar – desde que entrei na escola estou me sentindo estranho com uma sensação estranha.

- Tem certeza que quer ir pra casa da as vó? – Nicolas pergunta.

- Algo me diz que tenho que ir pra lá – com isso Augustus entra no jipe e Nicolas acelera.

No caminho a gente fica conversando sobre os lugares que Augustus já morou. Ele e o pais são do Canadá mas eles mudam bastante por causa do trabalho, o ultimo lugar que ele morou foi na Inglaterra

Quando a gente desce do jipe, sinto um vazio um aperto no coração e começo a ficar preocupado. Bato na porta mas minha vó não aparece.

- Será que ela esta em casa – Augustus fala.

- Sim, eu falei ontem e hoje que eu e o Nicolas íamos vim – com isso olho meu celular e ela ainda não visualizou – vou ligar pra ela – o telefone diz que esta desligado – nada.

- E agora? – Nicolas pergunta. E eu começo a ficar preocupado.

- AHHH lembrei – falo pegando a chave no vaso de flor, tinha esquecido dessa chave. Com isso abro a porta e quando entro sinto um arrepio na nuca – vou ver se ela no andar de cima – fala subindo as escadas enquanto os dois ficam na sala.

Vou em direção ao quarto dela, quando abro a porta percebo que ela esta dormindo, era o que pensava. Mas quando chego mais perto percebo que ela não ta respirando.

- Não não, não pode ser – falo sacudindo ela – vovó acorda – grito – NICOLAS SOCORRO – grito e com isso as luzes começam a piscar, uma corrente de vento entra no quarto fazendo as janelas abrirem, não sei por que isso ta acontecendo so consigo chorar.

- Meu deus – Nicolas aparece com Augustus logo atrás.

- Vovó acorda por favor – falo chorando. O porta retrato cai no chão, a porta fecha sozinha e as luzes ainda continuam piscando.

- Nicolas liga pra ambulância – Augustus fala se aproximando de mim.

- Ta bom – Nicolas fala saindo do quarto.

- Thomaz vai ficar tudo bem – Augustus fala se aproximando de mim.

- POR QUE ESTA CONTENDO ISSO DE NOVO – grito e lembro do dia da morte da mamãe e do Andrew.

- Thomaz olha pra mim – Augustus fala pegando no meu rosto e ele olha bem no fundo dos meus olhos – estou aqui, vai ficar tudo bem – assim ele me abraça forte.

- Chamei o senhor Bryant também – Nicolas fala entrando no quarto.

- Thomaz vem – Augustus fala me levantado do chão mais calmo. As luzes pararam de piscar – estou aqui, vai ficar tudo bem – ele me abraça mais forte e eu so consigo chorar.

Com isso gente desce as escadas. Augustus continua me abraçando forte, e eu vou me acalmando, Nicolas me olha com os olhos cheio de lagrimas. A ambulância chega com meu pai logo atrás com isso corro ate ele.

- Pai..... A vovó esta.... – não consigo terminar a frase, meu pai me abraça e ele também começa a chorar.

Eles passam por mim trazendo a vovó numa maca e colocam ela dentro da ambulância. Com isso vejo Emily e Luke nos observando no outro lado da rua e por um estante pensei que Luke estava chorando, fecho meus olhos por um estante quando abro eles não estão mais lá.

DIÁRIO DE UM BRUXO: O COMEÇOOnde histórias criam vida. Descubra agora