2. TRAGEDIES & SECRETS

295 27 42
                                    


Lost my time, my life is going on.

SEUL, 12 de junho.

A semana se passou, a vida seguia. Senhora Kim estava organizando todos os papéis, contratando os melhores advogados, tudo para ganhar a guarda das crianças para si. Ela estava sendo apoiada por todo bairro.
Era segunda feira de manhã, todos do bairro estavam em suas casas tomando seu café da manhã em família. Aquele era um bairro que prezava pelo comunhão em família, mesmo que a realidade de todos ali seja diferente — Aparências em primeiro lugar.
Na casa da família Jeon, o mais novo deles continuava com dúvidas na sua cabeça. A conversa com seus Hyungs não ajudou em muita coisa. Por isso ele decidiu pedir aos seus pais uma ajuda, resolvera perguntar aos seus pais como aquilo funcionava, se aquilo era certo, aquela dúvida o matava aos poucos. Enquanto todos estavam envoltos em uma conversa banal sobre trabalho e estudos, a jovem criança, resolveu que aquela era a hora de perguntar aos seus pais. Hesitante começou uma conversa sobre:

- Omma?- A mulher murmurou algo como "Diga meu coelhinho". Jeon mais novo respirou fundo e continuou.- Eu queria saber se... Se...- Engoliu em seco.- Eu queria saber se meninos p-podem bei-beijar outros meninos?- Imediatamente todos ao redor pararam o que estavam fazendo. O Jeon mais velho tinha seu olhar em uma mistura de confusão e irritação. Já Junghyun mantinha seus olhos arregalados. Senhora Jeon estava totalmente confusa sem saber o que dizer, fora pega de surpresa pelo menor.

- Oh! Ora meu filho... Isso...- Olhou para seu marido como se fosse um pedido de ajuda. Ele apenas assentiu com a cabeça, como uma permissão para que sua mulher continuasse. Já estava na hora de ter aquela conversa com o mais novo.- Meu filho preste atenção, eu e seu pai vamos ter uma conversa super importante com você, você já está bem crescidinho.- Junghyun preparou-se para levantar — ele não tinha saco para aquelas conversas, era sempre a mesma coisa: homem com mulher, casamento, sexo e filhos. Aquilo era um saco, principalmente quando começavam a falar sobre as abominações divinas ao homossexualismo, aquilo sim era um porre —, mas antes que pudesse se retirar fora impedido por sua mãe:- Oh, meu filho não saia! Essa é uma conversa em família. Fique e nos ajude a ter essa conversa com seu irmão.- O garoto apenas assentiu e voltou a se sentar. Então senhora Jeon deu início aquela conversa irritantemente chata.

...

  Na casa do outro lado da rua a conversa era diferente, diante da mesa do café não existia apenas as comidas típicas coreanas, haviam papeladas e papeladas sobre o caso da adoção. Senhora Jennie e seu marido Jongin estavam fazendo de tudo para que aquelas pobres crianças habitassem em sua casa.

- Appa, Omma, ontem eu estava passeando, e vi uma loja enorme com vário brinquedos...- Jin dizia tudo animadamente, mas não obteve atenção de nenhum dos dois. Com aquela correria de ler papéis, conversar com advogados e juízes, os pais do pequeno Jin mal tinham tempo para escutar o garoto. Ele só queria dizer que acharia uma boa ideia dar alguns brinquedos aos seus primos como um presente de boas-vindas. O garoto assim que não obteve resposta, apenas suspirou e abaixou a cabeça.
  Não é que ele não estava gostando da ideia de seus primos morarem com si, muito pelo contrário, essa era uma forma de ficar mais próximo de seu primo, ele só não queria que seus pais o deixassem de lado. E era justamente o que estava acontecendo.
  Jin foi tirado abruptamente de seus pensamentos quando sua mãe começou a pular e gritar escandalosamente, o garoto mal percebera que alguns segundos antes o celular de sua mãe começara a tocar, e ela atendeu.

- Meu amor... Nós conseguimos.- A mulher mal conseguia falar, era uma mistura de choro, beijos e gritos. Ela beijou seu filho com tanta força, que fez o menos rir formando um biquinho fofo no mesmo.- Meu filho, nós conseguimos! Jin meu amor, nós vamos precisar de toda ajuda sua. Dê carinho a eles, cuide deles, você é mais velho, mesmo que seja apenas uns meses, mas mesmo assim eu confio em você meu bebê.- A mulher chorava e ria ao mesmo tempo, segurando o rosto de seu filho com as duas mãos. O garoto assentiu confiante.

FAKE - JIKOOK/ NAMJIN/ TAEYOONSEOK Onde histórias criam vida. Descubra agora