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Olha eu aqui como se não tivesse ficado um tempinho sem postar, gente, sério, minha vida está uma locura e minha criatividade está quase zero, então mil desculpas. Segue lá no insta, vcs podem me cobrar por lá @luanamuller02 .... Dois beijo 🙅❤️🌈

S/n

Olhar aquela cidade parecia diferente, claro, era diferente, eu estava em outra terra. Mas as familiaridades que ainda tinham me davam arrepios ruins, eu não era natural de Porto Alegre, mas conhecia muito bem a cidade, foi o primeiro lugar que fiquei depois que sai de casa, em uma cidade que fica a 40 minutos daqui, São Leopoldo. Foi complicado, não foi uma saída amigável, foi mais como uma fuga de um hospício, gritos e ameaças, e eu apenas peguei minhas roupas e sai. Eu era uma fodida e nem tinha 18 anos ainda, eu tinha acabado de fazer 17 e arrumei um emprego em um mercado em Porto Alegre, assim que recebi meu primeiro salário eu saí sem olhar para trás e fui morar na cidade grande, basicamente meu salário ia todo no aluguel e contas de casa, não foi um tempo muito fácil, porém eu terminei o ensino médio naquele ano com todas as dificuldades. Logo comecei um curso na faculdade, eu iria ser professora, tranquila, uma pessoa pacifica, isso só aconteceu no primeiro ano de faculdade, porque quando comecei o segundo as coisas começaram a pegar um rumo diferente. Eu consegui um estágio remunerado no meio da educação, mesmo sendo remunerado era um estagio e isso implicava em receber pouco, então eu tive que dar meu jeito e não foi um jeito muito pacifico ou tranquilo como eu achei que seria minha vida, longe disso, todas as pessoas que pensei que estariam comigo sempre, todas foram embora e eu não tive escolha alguma. Provavelmente a culpa seja minha, quer dizer, você só afasta alguém quando faz merda, eu devo ter feito muita merda.

(Pensem nesse vídeo como um pouco da locura que virou a vida de vcs até tudo melhorar... Boates, corridas ilegais, lutas ilegais, más companhias...)

- Hey, tudo bem? - Kara apareceu ao meu lado no telhado do hotel, vestida de Supergirl.

" Não, nada bem, eu sou horrível"

- Yeah, tudo certo. - Olhei para ela e tentei sorrir. - O que faz aqui Supergirl? Achei que tinha vindo com Kara Danvers.

- Bom, eu precisei ir até os Eua para encontrar Alex, a Supergirl é mais rápida do que um avião e queria estar aqui antes de vocês acordarem.

- E está tudo bem por lá?

- Não tão bem como eu gostaria. - Suspirou. - Coronel Haley está querendo descobrir a identidade da Supergirl a todo custo.

- Isso é um problema? Quero dizer, ela seria capaz de descobrir?

- Eu não sei. - Ela olha para o sol que nascia. - Mas de qualquer forma, tenho que estar preparada. - Suspira pesado. - Enfim, eu preciso fazer uma coisa agora e Rao queira que dê certo. Bye!

Assisti ela sair voando, provavelmente indo para o seu quarto e resolvi voltar ao meu, de elevador é claro.

Quando cheguei olhei para todos os lados, nada para fazer. Revirei os olhos por ter acordado cedo e não estar com um pingo de sono, nem uma rassaca descente. Me olhei no espelho do quarto e percebi como mesmo parecendo tudo familiar, nada era igual! A cidade não era igual a como eu conheci, a situação é outra, eu sou outra. Quando que a garota do jeans rasgado se imaginou em um quarto de hotel 5 estrelas, com roupas caras e "importadas"? Por mais que eu tenha usado jeans rasgado e coturnos, ou algo assim, a minha vida toda, confesso que sempre tive um fetiche por empresárias gatas, ou imaginava como seria isso de conseguir tudo que quero com facilidade só porque usava alguns panos chiques e era amiga de alguma pessoa multimilionária. Lembro que as vezes ficava observando alguns velhos ricos que iam beber no bar que trabalhei por um tempo, na verdade, estava mais para boate. Ficava imaginando quanta gente deu duro para aqueles velhos gananciosos estarem torrando dinheiro em uma boate, cheguei a conclusão de que eles eram uns sortudos filhos da mãe porque eu com certeza era o tipo de pessoa que odiava ser a que servia as bebidas ao em vez de ser a que pedia e pagava por elas.

"Bom, você é uma pessoa ruim e tem panos caros, alguns dólares na carteira, porque não assume o que é?"

Foi o que pensei antes de colocar uma das melhores roupas que Lena me fez comprar, maquiagem, um salto de grife e uma bolsa que eu realmente nunca seria capaz de pagar. Fui até o espelho de novo.

(Essa não é vcs, apenas o look)

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(Essa não é vcs, apenas o look)

- Meu Deus, eu tô uma burguesa safada de primeira.

Sai do quarto e vi Kara entrando no de Lena com um carrinho do hotel, fui até lá e deixei um bilhete em baixo da porta, com sorte elas veriam ele só depois que eu já estive fora do hotel. Hora de ser a burguesa safada!

Lena

- Pronta estou! - Falei saindo do banheiro pronta para começar nossas buscas, Kara me esperava sentada na cama comendo o resto do seu donut, já eram 9:20 e provavelmente S/n já devia estar impaciente nos esperando.

- Vamos então, acho que S/n está precisando acabar logo com isso. - Disse Kara levantando da cama e indo até o banheiro, a mesma não se incomodou em fechar a porta já que apenas lavou as mãos e logo saiu. - Vamos?

Assenti e fomos juntas até a porta, antes de abrir reparei em um bilhete de baixo da porta, franzi a sombrancelha fazendo Kara olhar na mesma direção. Ela se abaixou rapidamente.

- É da S/n. - Falou levantando novamente. - "Querido Supercorp! Eu tive que sair para me entregar a burguesia, desculpa Lena, estou torrando o seu dinheiro. Não se preocupem, prometo que não vou fazer nada demais, de verdade, eu nem sei direito o que vou fazer. Enfim, vejo vocês no almoço, tem um restaurante Japonês na esquina da rua do hotel, estarei lá com nossa mesa as 12h. Kara estou contando com você para não deixar que Lena Luthor fique entediada, eu confio a sua eficiência Supergirl. Bye, amo vocês, S/n."

- Se entregar a burguesia? Sabe, as vezes eu queria que ela fosse mais específica. - Falei tentando não me preocupar tanto, o que estava sendo bem fácil, S/n tinha toda a minha confiança no momento. - Tá legal, Supergirl, o que você tem em mente?

- Espera, você tá levando isso a sério? - Kara me olhou assustada.

- Eu confio em S/n, e pelo jeito ela confia em você, então vou ter que confiar que ela está certa e a Supergirl vai ser capaz de não me deixar entediada por duas horas e meia. Não deve ser tão difícil, né? - Disse debochada e voltei sentando na cama, olhei bem pra ela. - O que temos para agora?

Scar Tissue (SUPERCORP/YOU)Onde histórias criam vida. Descubra agora