Fui acordada por minha mãe, resmungando por ser uma segunda feira. Ela havia deixado que eu faltasse a aula naquele dia, porém odiava faltar. Não consigo explicar porquê.
Foi um caminho infeliz até a escola pois estava perdendo hora e meu pai corria feito um louco. Mas cheguei no horário, entrei na sala e encontrei Marina, acenei oi porque estava com preguiça de lhe dar um abraço.
- Oiii Laura - ela me respondeu, em um tom feliz como sempre fazia.
Eu sentei em minha carteira com a cara fechada por causa do sono. Ouvi os garotos conversando com Marina sobre coisas aleatórias. Ela passou a ignorar eles e se virou de volta pra mim.
- Ta nervosa hoje? - ela perguntou já rindo. Me perguntava isso todos os dias que eu não falava nada porque era estranho eu não falar nada, sempre falo demais e muita merda.
- Não, tô com sono. Fiquei até umas 3 da manhã no facetime com a minha amiga
- Que amiga?
- De São Paulo, você não conheceria. Lívia.
Passaram duas aulas e então tocou o sinal, avisando o nosso primeiro intervalo. Marina se levantou exibindo seu quadril largo e sua cintura fina, que ficavam ainda mais expostos na legging que ela usava.
Eu levantei atrás dela e passei meu braço por trás de seu pescoço, a trazendo mais perto e saímos andando para baixo, aonde ficava a cantina.
- Senti sua falta esse final de semana - eu falei enquanto andávamos
- Awwwn amor, eu também senti - ela respondeu, colocando sua mão em meu rosto, e colando nossos rostos. Ela adorava quando eu bancava a fofinha.
- Por que a Malu faltou?
- Não sei, acho que porque é vagabunda mesmo - ela respondeu e rimos.
Malu era nossa outra amiga, e era normal nos chamarmos de vagabunda ou qualquer outra coisa ofensiva. Era nosso jeito de amar.
Quando voltamos para a sala, me sentei em minha carteira e Marina sentou em meu colo, descansei minhas mãos sobre sua cintura.
- Os moleques nos chamaram pra ir á praia depois da aula com eles
- E você que ir? - perguntei
- Eu quero - ela riu - é segunda e não teremos o que fazer mesmo. Podemos nos divertir lá. Quem sabe ficar bêbadas ou chapadas em uma segunda-feira em semana de aula não seja tão ruim.
- É, quem sabe... - respondi pensando - tenho que pensar no que falaria pra minha mãe. Se formos, vamos almoçar lá em casa e depois vamos andando até a praia.
- Andando? Você ta louca?! Você sabe que eu não ando na rua nem fodendo. Estamos no Rio de Janeiro, meu amor, nós podemos ser assaltadas ou até levar um tiro - eu ri com seu drama. Ela odiava andar mesmo que fosse um quarteirão apenas. Fazia um drama enorme para nada.
- Nossa, se você acha que é tão ruim assim, podemos ser roubadas por um taxista mesmo né. Se você acha que dinheiro cai do céu - respondi sarcástica esperando ela me chamar de grossa.
- Aff sua grossa - ela respondeu rolando os olhos - eu falo pra eles irem buscar a gente
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