O tempo passou rápido e quando menos esperávamos o grande dia da viagem chegou.
Marquei o relógio para despertar 5h30min. Sairíamos 6h em ponto e eu que não ia me atrasar ne? Pedi minha mãe que me levasse até lá. Fui a primeira a chegar.
5min depois o professor chega, nesse momento o celular da minha mãe toca e ela precisa se afastar.
- Olá querida! Bom dia ~ ele disse e sorriu.
- Bom dia professor! ~eu sorri de volta ~ Não que seja da minha conta, mas cadê o Luiz? ~disse sem graça.
-Ele ficou dormindo disse que não queria vir porque brigou com a Priscila.
- Ah sim!
-Wendy, poderia me ajudar com as listas de chamada ou como vamos encaixar esse povo todo nos ônibus? ~ele riu.
-Claro professor, vou chamar minha mãe. Ela adora essas coisas. ~saí e fui atras da minha mãe, que guardava o celular.
Andei em direção a minha mãe que mostrava um largo sorriso.
-Filha, vou ficar até você ir viajar. Consegui chegar mais tarde hoje. ~ela disse.
-Mãe você poderia nos ajudar?
-Claro.
Ela perguntou em que poderia ajudar. Eu expliquei e ela faltou pular de alegria. Minha mãe é ótima. Enquanto voltávamos para a mesa ela me disse que sempre fazia isso quando estudava.
O professor estava muito concentrado quando chegamos e sentamos ele se assustou um pouco.
-Professor essa é minha mãe.
-Um prazer conhecê-la! ~ele disse.
Minha mãe correspondeu. Em poucos minutos eles estavam resolvendo tudo sem ao menos minha ajuda. Uns minutos passaram e nada do Luiz ou das outras pessoas. Resolvi ligar para ele.
-Com licença. ~eu disse mas era como se tivesse dito para o vento. Eu ri um pouco, me levantei e sai.
*Professor ON*
Assim que a mãe da Wendy chegou e começou a nos ajudar eu senti como se a conhecesse. Era um clima diferente que eu não sabia explicar. Tentei me concentrar mas nada tirava da minha cabeça que a conhecia. Eu reparei em cada detalhe dela, mas isso não ajudou muito. Acho que ela reparou e sorriu pra mim. Fiquei com vergonha. Era como se eu tivesse voltado ao ensino médio.
*P.OFF*
*Mãe ON*
Quando me sentei na mesa para ajudar o clima todo mudou, pelo menos para mim. Meu coração batia forte e eu não entendia nada. Só piorou quando a Wendy saiu para fazer uma ligação.
-A Wendy é uma ótima menina! ~ele me disse.
- Obrigada! Hoje em dia é difícil criar um filho sozinha. ~sorri.
- Me desculpe a pergunta mas o que houve com o pai dela?
-Tudo bem. Ele foi trabalhar em outro país e acabou ficando lá.
- Ah sim. ~ele ficou sem graça ~Mas então, de onde veio o nome da Wendy?
- Peter Pan, claro! ~eu sorri, era meu conto preferido ~Sempre disse que se teria uma menina chamaria Wendy.
- Gosto muito também! Eu tinha uma amiga que falava a mesma coisa. ~ele riu.
-O que houve? A filha dela chama Wendy? ~perguntei.
-Então, eu nem sei se ela tem filha, perdemos contato assim que saímos do ensino médio. Foi muito estranho. ~ele ficou triste ao se lembrar.
-Sinto muito. Passei por isso também.
-Tudo bem. No dia da formatura eu ia me declarar para ela e dar a pulseira que ela tanto queria, mas então, eu nunca mais a vi.
-Que garota sortuda! Ela deve ter tido um motivo muito forte. Tentou ligar para ela?
- Sim, mas dava caixa postal. Com o tempo fui desistindo dela mas ainda a amo, sinto como se fosse vê-la a qualquer momento. Até guardo a pulseira. ~ele sorriu.
*Mãe OFF*
*Wendy ON*
-Luiz, onde você tá? Não iria me dar uma carona? ~eu gritei assim que ele atendeu o telefone.
-Wendy? Eu não vou, briguei com a Priscila. Acho melhor encontrar outra pessoa. Tchau.
-Tchau nada, eu tô indo ai resolver isso, ja arrumou as malas pelo menos?
-Não precisa vir.
-To indo.
Desliguei o telefone. Passei pela minha mãe e meu professor.
-Mãe, professor, eu vou conversar com o Luiz e resolver isso. Beijo. Eu chegou antes das 6:30.
-Tchau filha, te amo. ~minha mãe disse.
-Pode ir com calma a gente ainda vai sair 8h. ~o professor me falou.
Quase dei um pulo quando ele falou 8h. Como assim? O Luiz me falou que iríamos cedinho. Eu mato aquele menino.
Alguns minutos depois eu cheguei a casa.
-Luiz abre essa porta. Aqui fora ta frio. ~eu comecei a esmurrar a porta.
Repeti o processo umas 3 vezes até ele finalmente abrir a porta. Quando ele abriu eu senti meu coração partir. Ele estava abatido, pálido e com o rosto inchado.
-Eu falei para não vir. Sua idiota! Vai embora daqui! ~ele gritou comigo, e tentou fechar a porta.
Quando a porta estava prestes a fechar eu empurrei de volta.
-Luiz... Eu estou aqui por você! Por favor. ~eu falei quase sussurrando.
Ele não disse nada, apenas ouvi seus passos se afastando da porta. Eu entrei e a tranquei.
Ele não estava bem. Era tão visível.
-O que tá fazendo aqui, seu empecilho? ~não só as palavras mas o olhar dele me machucava.
-Eu já te falei, estou aqui por você! ~disse enquanto me aproximava dele, que estava sentado na escada.
-Eu não preciso de você! Vai embora! ~ele cuspia as palavras tão alto e tão forte que eu podia sentir elas me cortando.
-Eu sei que precisa! ~eu o abracei.
Ele gritava para que eu o soltasse mas eu sabia que ele precisava de mim. Segundos depois ele parou e me abraçou. Em menos de minutos eu senti minha blusa molhar. Eram suas lágrimas.
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Oi gente, eu só consigo agradecer as pessoas incríveis que estão vendo e me pedindo pra continuar. Vocês são perfeitos!
Por isso, sinto que deveria explicar o sumiço.
Então, eu tenho um tipo de ansiedade e só quem tem um familiar ou tem a "doença" consegue entender realmente como é. Pois bem, eu estou passando por uma crise muito grave.
Só faz duas semanas que eu estou voltando a vida ''normal'' e só por causa da faculdade e da formatura da minha irmã. Está muito difícil escrever. Esse capítulo eu demorei uma semana para escrever. Eu juro que estou fazendo o meu melhor.
Bom, obrigada por tudo que vocês fizeram por mim. O livro tomou proporções que eu jamais imaginei que tomaria. Vocês me ajudam muito na minha luta diária. Obrigada pelo apoio!
Com amor, Liz.
