Capítulo Dezesseis

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Passei um bom tempo desse sábado lendo sobre fraturas expostas e lesões internas. (esforçada ela)

Achei que seria bom mostrar o esforço da @Truehscolors então está ai.

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Eu estava caindo, sendo engolido pela escuridão que não tinha fim. Meu corpo batia em pedras fazendo com que minha queda não fosse rápida; senti a minha pele ser rasgada em vários lugares. Berrei quando meu corpo atingiu o chão duro e meu braço ser atingido por um dor insuportável.

Eu o apertei contra meu corpo e senti a pele rasgada. Uma merda de fratura exposta. Tentei me controlar, tentando pensar através da dor e descobrir onde diabos eu havia caído.

Estava escuro, mas consegui ouvir vozes de outros homens; alguns estavam desesperados e outros gritavam com raiva tentando encontrar uma saída.

Eu me afastei até encontrar um lugar para que conseguisse me apoiar; continuei apertando meu braço e solucei prestes a desabar no choro.

Me movi um pouco e senti meu pé tocar em algo, movi mais uma vez e realmente era tinha alguma coisa ali. Na curiosidade eu tateei com o braço bom e prendi um berro assustado ao perceber no que havia tocado.

Ossos.

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Junghyun P.O.V

"Nós caímos!"

"Não há como voltar, estamos mortos!"

"Não vamos conseguir voltar! Estamos perdidos!"

"Fomos mortos no momento em que caímos nesse buraco!"

Eu queria gritar para que todos calassem a boca. Meu braço doía como o inferno e eu tinha certeza de que estava quebrado.

Alguém apareceu na abertura e iluminou com lamparinas, não ajudou muito, mas foi o suficiente para eu ver que tinha um corpo atravessado com uma rocha pontuda. Andei em volta do corpo e vi que milagrosamente o cara ainda estava respirando.

- Sinto muito, cara. – Me aproximei, medi seu pé com o meu, e arranquei seus sapatos quando vi que eles serviriam. A calça ainda não fora manchada pelo sangue então também a tirei. – Descanse em paz, idiota.

Respeito com os mortos? O que é isso?

Deixei o cara morrendo ali e fui procurar o causador dessa merda toda. Enquanto isso, uma corda estava sendo jogada para nos resgatar e quem estava muito ferido estava sendo ajudado por quem tinha condições.

Encontrei o moleque de nariz arrebitado sentado enquanto segurava um braço sangrando com a ponta do osso exposta. Ri internamente, pelo menos meu braço não estava tão fodido como o dele.

Me aproximei mais e parei no meio do caminho com uma cara de nojo. Tinha a porra de um esqueleto do lado dele!

- Não sabia que era Halloween. – Debochei chamando a atenção do brinquedinho do meu irmãozinho. – Olá!

Ele me ignorou e focou a atenção em algo atrás de mim; percebi que ele estava muito pensativo e parecia remoer alguma coisa na mente.

- Estão puxando com uma corda. – Me impressionei por sua voz sair firme, ao contrário do que a aparência demonstrava. Seu rosto estava suado e mesmo com a pouca luz pude ver que ele estava prestes a desmaiar, seu braço parecia uma fonte que não parava de jorrar sangue.

- Vejo que você não está cego. – Me aproximei e o ajudei a levantar, foi um trabalho meio difícil, pois meu braço também não estava em boas condições.

Aprisionado (Reescrita)Onde histórias criam vida. Descubra agora