Capítulo vinte e um

177 18 2
                                    


Eu estava deitado encarando o teto; ainda podia sentir as mãos de Jeon passeando pelo meu corpo e me marcando, antes de sair ele me jogou contra a parede e transamos. Ele iniciava calmo, com beijos carinhosos e carícias doces.

Depois se tornava animalesco, sem controle. Eu me entregava de uma maneira que me fazia gritar de prazer sem me importar com quem estivesse ouvindo. Com Jeon eu libertava um lado meu que nem eu conhecia. Ele me fazia perder a minha sanidade; com apenas um toque seu o meu controle se esvaia como pó jogado ao vento.

E se tem uma coisa que descobri sobre Jeon, é que ele não se cansa fácil, eu gozei três vezes antes dele vir dentro de mim.

Se fosse assim todas às vezes eu iria enlouquecer.

Depois disso ele se vestiu e foi falar com Dak-Ho. É uma ideia estúpida fazer algo desse tipo, mas eu também tinha pensado nisso então deixei quieto. Mesmo assim, é horrível a ideia de ter Jeon trancado em um quarto com ele.

Não que eu me importe com Jeon; mas se ele morrer eu vou ficar desprotegido e isso não é nada reconfortante.

Eu estava contando os segundos desde que Jeon saiu pela porta. Perdi as contas e ele ainda estava lá fora. Eu estava um pouco preocupado e estava cansado de contar, então vesti uma calça e saí do quarto indo em direção a porta de Dak-ho.

Colei minha orelha na brecha da porta, tentando ouvir algum barulho, qualquer coisa que indicasse que Jeon ainda estava vivo. Escutei vozes abafadas e soltei a respiração, presa desde que saí tremendo do quarto, a voz que escutei era a de Jeon.

- As coisas não estão boas, não sei como vamos passar por isso sem sofrer algum ataque, ou pior, uma rebelião.

- Paciência e sabedoria, filho. – Quis vomitar só de ouvir a voz da coisa. Ele agia como se respeitasse Jungkook, mas eu sabia que ele só queria uma brecha para por seu plano em prática.

Tentei escutar mais alguma coisa, mas escutei passos se aproximarem da porta, tive que voltar o mais rápido possível para o meu quarto me jogando com um baque na cama. Por pouco Jeon não me viu, ele entrou no quarto e não parecia ter percebido a minha pequena fuga.

- Oi. – O recebi com um pequeno sorriso. – Como foi?

Jeon parou no meio do caminho com o pé levantado, ele ia tirar o sapato, e me olhou estranhando a minha pequena gentileza.

- Foi bom... Eu acho. – Ele estava desconfiado. – Dak-Ho disse que isso é coisa da sua cabeça e que você deve estar vendo coisas. Algo como um tipo de trauma por você estar aqui.

- Ah... – Fiquei sem reação diante das palavras saídas da boca de Jeon. – Eu sou doido? É essa a sua conclusão?

- Talvez seja. – Ele sorriu diabólico. – Mas não se preocupe, Doc também é psicólogo.

Peguei um sapato do chão e joguei em Jeon que me olhou bravo. Bufei irritado me levantando indo enfrentá-lo, eu tive que ficar na ponta dos pés, mas isso não diminuiu a minha determinação.

- Que seja. Se aquela aberração diz que eu sou doido e você acredita eu pouco me importo. – Apontei meu dedo indicador para seu rosto. – Saiba que eu só disse isso para você porque achei que você fosse minha única chance, mas vejo que me enganei.

Jeon tencionou o maxilar e fechou os olhos respirando fundo. Ele estava tentando se controlar para não me bater, tremi com essa ideia.

- Jimin, minha mão está coçando para dar uns belos tapas na sua bunda. – Ele puxou o ar com os dentes cerrados. – Você quer isso? Quer apanhar?

Aprisionado (Reescrita)Onde histórias criam vida. Descubra agora