Parece que estou sempre a míngua.
Sempre pendente.
Sempre ausente.Cambaleando entre a desistência e ambição.
A garra e o cansaço.
A dor e a satisfação.Não sei.
É tudo muito ambíguo, não tenho forças para tentar entender o que sinto, ou o que tem me faltado.
Estou perdida, mas ao mesmo tempo estou no lugar certo.
Não penso em sair.
As vezes quero simplesmente sumir, porém não tenho para onde ir, e talvez eu nem mesmo queira sair ou sumir, penso em fugir.
Porém, não me movo.
Nem pisco.Virei uma estátua de pedra;
Fria e morna se adaptando ao clima que lhe cerca, porém, sempre parada, sempre estática e imobilizada.Já não dedicos meus dias a buscar me entender.
Satisfaso-me da dúvida e na simples existência de meu ser.
É tudo muito ambíguo.
Nem mesmo sei se quero compreender.
É difícil parar e se analisar.
É tudo errado.
É tudo certo.Amo à todos.
Odeio tudo.É ambíguo em toda sua plenitude, e seu compreedimento é deverás inútil.
Me contento em ser uma estátua, embora não goste de estar assim, sempre parada.
Me contento, pois é tudo que tenho, e que ainda sustento.